pontopm
Generic selectors
Somente correspondências exatas
Pesquisar no título
Pesquisar no conteúdo
Post Type Selectors

COMANDANTES DO 7º BATALHÃO EM BOM DESPACHO – GALERIA DE RETRATOS

O 7º Batalhão da Polícia Militar (7º BPM) de Minas Gerais (PMMG) realizou uma cerimônia de Inauguração do Retrato na Galeria de Comandantes do 7º Batalhão. Ao evento, compareceram os Comandantes da 7ª Região da PMMG — Coronel Wemerson— o Comandante da Academia da PMMG — Coronel Eugênio Pascoal da Cunha Valadares —, filho do saudoso veterano, Tenente Coronel José Geraldo da Cunha Pinto. Encontravam-se presentes o comandante do 7º BPM — Tenente Coronel Luciano Antônio dos Santos — e a senhora Marlene Valadares Cunha viúva do Oficial Veterano homenageado e mãe do Comandante da APM. Pelo 7º BPM, a homenagem foi assim noticiada: “Na manhã desta quarta-feira (21/02), no Gabinete do Comando do 7º Batalhão, em Bom Despacho, aconteceu a solenidade de Inauguração do Retrato na Galeria de Comandantes da Unidade. A cerimônia foi presidida pelo comandante da 7ª Região da Polícia Militar, Coronel Wemerson Lino Pimenta e contou com presenças ilustres, dentre elas do prefeito da cidade Doutor Bertolino da Costa Neto, os vereadores Marquinho e Keke. Na corporação, a Galeria constitui a mais viva memória daqueles que contribuíram para a construção de sua história. Neste ato, o Tenente Coronel José Geraldo da Cunha Pinto (in memoriam), que comandou o Machado de Prata de 25/05/1992 a 05/10/1992 e, enquanto Tenente, foi Diretor Pedagógico do Colégio Tiradentes Unidade Bom Despacho de 05/01/1976 à 28/08/1981; perpetuou junto àqueles que são ilustres para o 7º Batalhão de Polícia Militar o seu comando, deixando marcas de suas expressões maiores de seus valores pessoais e profissionais. (…) Numa demonstração de amizade e carinho da família do 7º Batalhão de Polícia Militar à senhora Marlene Valadares Cunha, viúva do saudoso Tenente Coronel José Geraldo Cunha Pinto e mãe do comandante da Academia de Polícia Militar, senhor coronel Eugênio, grande colaboradora e incentivadora das ações desenvolvidas pelo Tenente Coronel José Geraldo da Cunha Pinto, que recebeu das mãos da subcomandante da Unidade, Major PM Marianna Atatília Alves Costa um arranjo de flores.”     Nosso Jornalista-Responsável e Professor e Escritor e Poeta João Bosco de Castro foi convidado a comparecer ao 7º BPM de Bom Despacho. Respondendo ao convite recebido, João Bosco de Castro, manifestou assim seu agradecimento: “Boa-tarde, Prezada Majora Mariana Atatília… O Coronel José Geraldo da Cunha Pinto brilha no rol de meus melhores e mais autênticos Amigos, ao longo de muitas décadas de convívio social e policial-militar. Foi meu Companheiro de labutas lusofônicas, durante produtivas jornadas de Professor de Língua Portuguesa, especialmente no Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Bom Despacho. Em setembro de 1973, passei-lhe o cargo de Secretário deste monumentoso Educandário, do qual ele foi zeloso e brilhante Diretor-Pedagógico. Infelizmente, não tenho condições de honrar e prestigiar sua memória de notável Comandante do bravo e operoso Machado de Prata, porque estou em tratamento de Enfisema Pulmonar e, na manhã de amanhã, no horário da Cerimônia Magistral, estarei, aqui mesmo em Bom Despacho, em preparativos para um exame especial de imagem agendado para as 15h de depois de amanhã, no Hospital Madre Teresa/Belo Horizonte. Sairei daqui, na manhã de depois de amanhã, para tal protocolo de saúde e condução dos Trabalhos contidos na Pauta Comemorativa dos Quatorze Anos de Instalação da Academia Epistêmica de Mesa Capitão-Professor João Batista Mariano — MesaMariano, como Presidente do mencionado Sodalício de Saberes e Sabedoria, no Auditório da Fundação Guimarães Rosa — FGR, às 8h30mim da sexta-feira, 23.2.2024. Solicito a V. Sa. a atenção de apresentar ao digno Coronel Eugênio Pascoal da Cunha Valadares, sua Mãe Professora Marlene Cunha Valadares e ao respeitável Major Raimundo Pinto da Cunha esta minha justificativa. Parabéns respeitosos à Memória do Sublime Comandante Cunha, como Almenara da Galeria de Comandantes do Sétimo de Lery Santos! Bom Despacho-MG, 21 de fevereiro de 2024. João Bosco de Castro, Oficial Superior Veterano da PMMG e do Machado de Prata.” Nossos cumprimentos aos comandantes e autoridades presentes e aos demais convidados e familiares e companheiros de jornada o Oficial Veterano homenageado. Somos gratos a todos pela distinção e manifestação de apreço ao camarada Professor e Oficial Veterano da Gloriosa Instituição Militar Estadual do Alferes Tiradentes!

O OURO VERDE BRASILEIRO.

No vídeo abaixo, você saberá o porquê de O Ouro Verde Brasileiro. Verá que o substituto do petróleo está a caminho, e o Brasil, na pontal da Região Nordeste, irá produzi-lo, brevemente. Seu nome é H2v, ou Hidrogênio Verde, mais efetivo e muito menos poluidor daquele que procede de fósseis. Publicado no Canal Elementar do YouTube, pelo vídeo você conhecerá “As diferentes cores do Hidrogênio”; “A Corrida Verde” e o “Brasil: uma potência energética?” Entenderá por que os Estados litorâneos do Nordeste têm potencial à industrialização do Ouro Verde. Pelo Canal Elementar, há possibilidades de saber quais são as formas de participar do projeto futurista proposto e ler os comentários de quem o conhece, vive ou já passou naquelas localidades.

EDMAR DE BRITO TRAJANO – SAUDADE.

Vivemos um turbilhão de emoções a cada segundo, nosso cérebro não descansa, a cada segundo um novo pensamento, a cada pensamento inúmeras memórias e de cada memória uma infinitude de saudades. Saudade é a palavra que me valho, para qualificar o sentimento que se aflora neste momento. Saudade da pessoa que me permitiu, construir memórias e hoje, sentado num canto do meu quarto, no silêncio da minha casa e sentindo a doce brisa que arrefece o calor, de forma memorável, me permitir sentir a frescura do Tucunaré, às margens do Rio Tacutu, no Estado de Roraima, fronteira do Brasil com a Guiana. Sim, foi lá que eu conheci, no mês de novembro de 1990, o destinatário desta saudade, seu nome Edmar de Brito Trajano. Homem sexagenário, com traços da vida entalhados no rosto. Cuja lida diária se fez numa região, que sempre exigiu esforços hercúleos, na criação da família e na manutenção da sua propriedade. Brincava eu, comigo próprio, de ter um propósito em vê-lo e a cada encontro, estabelecer um prazo e um trato de o reencontrar. Sei que era um trato tolo, não somos senhores da nossa vida, mas sei que isso me deixava alegre. Não era importante , para mim, apenas o encontrar, mas ver nele a alegria da vida. De aprender, de sorrir, de se fazer presença e, sobretudo, de me permitir estar naquele local. Nele, o Senhor Edmar, encontrei pessoas ímpares. Passei por momentos incomparáveis. Senti sensações indescritíveis. Vivo um turbilhão de emoções. Sim, na pessoa do Senhor Edmar de Brito Trajano, fui acolhido por muitos e por apenas um – o um que se manifesta na gênese. A origem que aglutinou, aglutina e por gerações continuará aglutinando, pois, enquanto um dos seus e daqueles, que como eu, se sente pertencido a ele, não haverá morte. Há ausência física, mas nunca ausência de amor, princípios e retidão. O exemplo é eterno. Em cada um de nós que aqui fica, ficam as memórias, as presenças, os pensamentos e a certeza de que a todos amou. Não amou apenas como filho, neto, afilhado, irmão, primo, padrinho, cunhado, esposo, genro, pai, sogro, avô, tio, bisavô ou qualquer outro relação de proximidade. Ele amou como amigo, como alguém que quer o bem, como alguém que socorre, serve de exemplo e se serve da amizade para fazer o bem. Não, eu não estou sendo benevolente, eu estou sendo sincero. Eu,minha esposa Rosângela e minhas filhas Clarissa e Melissa tivemos a alegria de conhecer o Senhor Edmar de Brito Trajano, usufruímos da sua hospitalidade, do seu carinho, da sua atenção, dos seus exemplos e dos seus casos. Sentimos a sua dor na relação com a vida, convivemos com as pessoas que ele amava, que amavam a nós e nós a elas. Sabemos da dor deste momento. Sabemos que a sua Páscoa se reveste de saudades. Sabemos que todos nós,sem exceção, estamos partilhando deste momento como corolário da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, na certeza de que Nossa Senhora nos cobre com o seu manto sagrado e de que a Paz de Deus é conosco. À sua esposa, apenas uma palavra: obrigado. Aos seus filhos apenas um conselho: Amem como o seu pai os amou. Aos parentes um abraço e a todos nós a Paz. Obrigado pela oportunidade de ser parte da história do Senhor Edmar de Brito Trajano e que Deus, na sua infinita bondade, acolha a alma do nosso querido Edmar de Brito Trajano e tenha misericórdia das nossas almas.

 HAVERÁ A 3ª GRANDE GUERRA MUNDIAL?

   “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” Provérbio Latino  Há alguma causa? No ano de 1919, após o fim da Primeira Grande Guerra Mundial, o economista inglês John Maynard Keynes publicou a sua obra-prima, intitulada: “As Consequências Econômicas da Paz”.  Naquela obra, onde estão abordadas as penalidades impostas aos alemães pelo Tratado de Versalhes, John Maynard Keynes estava ciente de que um cenário crítico, se avizinhava, pois, caso o acordo fosse cumprido à risca, a Alemanha não teria outro futuro senão o de se tornar cada vez mais pobre, gerando ressentimento, raiva e ódio e por consequência, mais conflitos no futuro.  A comunidade internacional fechou os olhos a tudo isso, mesmo impondo condições econômicas pesadas à Alemanha, não se despertou para o soerguimento bélico alemão. Era a Europa, era um dos povos que formaram a nação americana, era a necessidade de fazer crescer a economia, ledo engano, o final todos sabemos.  As análises das Agências de Inteligência das várias nações não perceberam o perigo, os institutos de guerra e as universidades, não perceberam isso, afinal os anglo-saxões, com a sua raça e origens comuns, não poderiam permitir que os seus fossem prejudicados. Mais tarde surge um conceito comum de tudo isso o WASP.  Não, não estamos falando da Alemanha, não estamos falando do WASP, não estamos falando de economia, estamos falando de gente, estamos falando da humanidade!  Existem pretextos, de sobra? Nos documentos originais oficiais, da segunda reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, vamos encontrar a Resolução nº 181, adotada a partir do relatório da Comissão Ad Hoc encarregada da questão Palestiniana.  Citada resolução contém um Plano de Partilha da região conhecida como Palestina. Deve-se ter em mente, que muitos países, hoje com fronteiras definidas, não existiam até poucos anos atrás, seja na Europa, seja na Ásia, seja na África, seja na Oceania, ou ainda, na América. A configuração geopolítica e os limites territoriais, são coisas relativamente recente na história da povos. A título de exemplo, as colônias portuguesas na África, só alcançaram a independência na década de 1970.  O Plano de Partilha da Região da Palestina determinava as suas fronteiras e uma união econômica, com dois Estados e uma cidade em Particular. Um Estado Árabe, um Estado Judeu e a Cidade de Jerusalém. Os Estados não tinham nomes, apenas origem nos povos árabes e judeus.  O Estado Árabe com 45,5% do território, o Estado Judeu com 53,4% do território e os outros 1,1% pertenciam à Cidade de Jerusalém, por ser ela a sede comum das três grandes religiões monoteístas. O judaísmo com o seu livro: Torá; o cristianismo com o seu livro: Bíblia; e o islamismo com o seu livro: Corão.  Rapidamente o fluxo migratório e de capitais, permitiu que o Estado Judeu fosse implantado, permitiu crescer o capital intelectual e a ocupação das áreas definidas pela ONU. Havia povo, território, nação e soberania, o Estado Judeu estava instalado nas terras demarcadas pela ONU.  O Estado Árabe, não sabemos com qual propósito, não se instalou. O certo é que o Islamismo tem separações radicais, desde a sua essência, entre xiitas e sunitas. São questões próprias deles, assim como o são entre Cristãos católicos, protestantes, cooptas e várias outras designações do mesmo ramo do Cristianismo.  As religiões, muito mais do que a simples palavra escrita nos seus livros sagrados, carregam outros sentimentos mais profundos. A Torá não é apenas um livro religioso, é um livro de Estado, assim como O Corão. Ambos carregam não só a religião, mas o sentimento de família, propriedade e Estado. Sentimento que não se expressa no Cristianismo.  Durante a ocupação árabe mulçumana na Península Ibérica, séculos VIII a XV, os mulçumanos permitiam aos cristãos e judeus três hipóteses: se converter ao islamismo; morrer pela crença; ou pagar o dízimo e continuar a praticar a sua religião. Após a expulsão dos árabes mulçumanos, os cristãos, no movimento de purificação, permitiam apenas duas formas de convivência: morrer ou se converter.  Assim o foi com os judeus e com todos os demais não cristãos. Surgiram os Cristãos-novos. Há na cidade de Tuí, na Espanha, às margens do Rio Minho, um local onde até hoje existem as placas dos judeus convertidos, trata-se da Oficina de Turismo de Tuí. Uma analogia à passagem do Anjo, onde as soleiras das portas deveriam estar lavadas com o sangue, as placas que não estavam marcadas de vermelho, os seus moradores não eram convertidos e deveriam morrer.  A utilização da imagem religiosa é uma apropriação comum a todas as religiões monoteístas. Assim o foi para os judeus, assim o foi para os cristãos e assim o é para o Islamita. O que difere são as formas de propaganda. A máquina de doutrinação. Vão se valer de instrumentos para justificar as ações do Estado de Israel, coisa desnecessária, não há nada de novo em massacrar povos, basta ler os livros sagrados das religiões monoteístas. Os povos não diferem, o tempo é linear, mas o tempo da humanidade é cíclico. Giambattista Vico já o disse e, eu, já o citei vária vezes.  A humanidade está doente e os agentes oportunistas vão se valer da doença para atacar. O universo se reproduz no ambiente macro e micro, são corpos, sujeitos às mesmas leis.  Quais são os erros? Quem errou? A humanidade errou. Os serviços de inteligência erraram. Os governantes erraram. O povo errou, o povo elegeu ou permitiu que o governo lá esteja. Todos erramos e continuaremos a errar. Perdemos a nossa concentração difusa.  Estamos superalimentados por informações desnecessárias e não nos prendemos ao essencial: a manutenção da vida humana no planeta. Guerra também é uma afronta à Ecologia, mata aquele que foi criado para dar significado ao planeta.  O homem nunca acabará com o planeta Terra, o planeta sobreviverá mesmo estéril, faz parte de um arranjo que um dia colapsará, mas não pela vontade do homem, outros animais continuarão a viver.  Considerações finais Voltando à Guerra, ao oportunismo, ao descaso com a humanidade, aos erros dos serviços de inteligência e,

O CONTINGENCIALISMO – O NOVO MODELO POLÍTICO-ECONÔMICO PATROCINADO PELO ESTABELECIMENTO.

Carlos Alberto da Silva Santos Braga Meus caros Leitores e minhas caras Leitoras, apresento a vocês o tema O CONTINGENCIALISMO – O NOVO MODELO POLÍTICO-ECONÔMICO PATROCINADO PELO ESTABELECIMENTO. A minha produção literária é um recorte sobre as relações internacionais, os atores invisíveis e as várias manifestações do conceito de sociedade estruturadas no mundo contemporâneo. É uma ilação construída com elementos empíricos de validação e que aborda o casuísmo e as imperfeições do saber. Está estruturado em oito partes e aborda a economia; a doutrinação; o controle da vida; o poder; a construção do pensamento; a gênese da contradição; a propaganda; e por fim, a apropriação. Convido a todos para nos deleitarmos com os argumentos e esperemos a leitura da última palavra que compõe a última parte dos textos, para nos posicionarmos sobre o tema. Não é necessário ler os textos apenas na plataforma digital, você poderá baixar o arquivo em formato pdf e fazer a leitura na forma como se apresentar mais cômodo a você. Faça um bom proveito.

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES.

Carlos Alberto da Silva Santos Braga Amanheceu. Como todos os dias, como todos os cidadãos do mundo contemporâneo, como todos os homens e mulheres, nos levantamos e nos damos ao luxo de buscar as novas notícias sobre nós mesmos, nossos familiares, nossos amigos, nossa cidade, nosso Estado, nosso País e nosso Mundo. São temas que agradam a cada um, a partir daquilo que melhor impactua no seu humor, nas suas expectativas, nas suas ansiedades, nas suas frustações e sobretudo na sua educação. Educação um tema tão grandioso e ao mesmo tempo tão desprezado, sinto saudades das terras de além-mar, onde as primeiras palavras eram: – “Olá, bom-dia! E então?” – “Com licença, bom-dia! Por favor….” – “Obrigado, com licença, continuação.” – “Cumprimentos, com licença.” Ao abrir os aplicativos sociais do meu smartphone, veem-me uma enxurrada de mensagens. Muitas reencaminhadas, mas que desejam um bom-dia e eu, educadamente, respondo-as com as mesmas imagens ou palavras, ou seja, a quem me enviou imagens, respondo com imagens, a quem me enviou textos, respondo com palavras, a quem me manifestou fé, respondo com fé. Há também aquelas mensagens enviadas, que se revestem de política, de futebol e de problemas da sociedade, para os mais próximos, desejo um bom- dia, para os outros, sou indiferente, creio que estava ativado o modo “robot” e provavelmente ele nem sabe que a mensagem foi enviada. Mas o que fazer? São estas as manifestações da atual sociedade, dessa sociedade contemporânea, que em determinado momento foi rotulada de sociedade da informação e que nada mais é do que a sociedade que replica as informações de interesse do “estabelecimento”, dos algoritmos que tudo fazem para manter as pessoas exatamente no mundo em que elas querem viver. Se o meu mundo é da política contestatória ao governo estabelecido, receberei inúmeras mensagens, já previamente construídas e na quase totalidade não revestida das verdades, para que eu possa me iludir e pensar que o meu modo “robot” de mim mesmo está fazendo a coisa acertada e sigo feliz, escutando o canto dos cisnes. Não sei por que, mas me lembrei da obra A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Se o meu mundo é do entretenimento, esse é o mais fácil de todos, doutrinação e relativização a todo-vapor. Doutrinação e relativização de quem? Para doutrinar e relativizar é necessário que o sujeito conheça o outro lado da moeda, se não o conhece, vem outra obra, O Mito da Caverna, de Platão. Se o meu mundo é o mundo dos esportes, genial, o novo circo, agora com a atualização da tecnologia para retornar aos aspectos invisíveis aos olhos humanos e retornar ao passado, não para corrigir, mas para garantir que os incautos permaneçam ligados ao “estabelecimento”, demonstrem a sua alegria, prendam-se aos conceitos e se mostrem prontos a adquirir produtos, serviços e prazeres inimagináveis. Mais uma obra maravilhosa me veio à mente, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Se o meu mundo é a sociedade, a sua falta de educação, a sua demanda por conhecimento, não há com que me ocupar, os aplicativos fornecem uma imensidade de textos preparados especialmente para você, sobre o assunto que você quiser, você não precisará saber ler, não precisa entender o significado das palavras, as imagens e os sons te encantarão. Não é necessário nada físico, não é necessário um dicionário, você é dono do seu conhecimento e enquanto você trabalha poderá ouvir o seu tema preferido, sentir o conhecimento fluir através de ondas. Não há necessidade de uma biblioteca, um museu, ou mesmo um arquivo físico, digite a primeira palavra e tudo acontecerá, isso o prometo, assim se manifesta o Algoritmo, a fase mais recente do “estabelecimento”. Me cheira a queimado, com certeza é Farenheit 451, de Ray Bradbury. Até aqui, parece-nos, tanto a mim quanto a você, meu leitor ou minha leitora, que só manifestei distopias, que a minha vida é muito presa ao Conhecimento, sim grafado com letra maiúscula, como na língua germânica, para expressar os substantivos, que eu deveria ser mais flexível e não sofrer tanto, afinal estou me valendo dos mesmos aplicativos que os demais se valem. Aí meu caro e minha cara leitora, se manifesta o título do artigo “Para não dizer que não falei das flores”, falarei das flores, sou católico praticante, recebi todos os sacramentos de iniciação, serviço e cura, sim os de cura também, sempre que me vejo numa situação de vulnerabilidade física ou espiritual, não contemplada pela confissão, me valho do sacramento da cura. Realmente a fé é algo que não se discute, vive-se. Não discutir, viver e, assim vivo. O sacramento do batismo me tornou sacerdote, profeta e rei. Justamente por me tornar um profeta, me obrigo a manifestar aquilo que não se encontra estruturado dentro das verdades necessárias, aquelas verdades que existem desde o sempre e fazem fluir o bem, a vida e o amor. São elas que nos elevam da barbárie ao progresso. Para manifestar a preocupação e agir como um profeta, me valho das mesmas ferramentas do mal, mas na estratégia do bem. Aquilo que já está estabelecido não será modificado pela vontade de um, mas pela ação de muitos e não será divulgando mensagens construídas pelo próprio “estabelecimento” que se modificará o todo. As mensagens devem ser construídas com as ferramentas do Conhecimento e não com as ferramentas da mentira. No entanto, querer que pessoas desprovidas de educação encontrem as ferramentas do Conhecimento, é o mesmo que descrever as cores da parede para um cego, não tem significado algum, os demais sentidos que ele utiliza sentem o perfume da rosa, mas não percebem a sua cor; sentem o sabor da maça, mas não percebem a sua tonalidade; sentem o calor do fogo, mas não percebem o brasil, a transformação da madeira em brasas, a cor do cerne do pau-brasil e que deu origem ao nome do nosso País; ouvem o som emitido pelo pavão, mas não veem a beleza da sua plumagem. É óbvio que vivemos um mundo melhor, é óbvio que ocorreram

UMA REFLEXÃO SOBRE O PENSAMENTO DE CARLOS BRAGA

“Ao lutar contra o mal, necessariamente, você utiliza as armas do mal, questão de compatibilidade, no entanto, a estratégia tem de ser do bem. Somente a verdade necessária – aquela que exprime a razão do universo – prevalecerá. CARLOS ALBERTO DA SILVA SANTOS BRAGA” O uso de armas do mal na luta contra o mal poderá ser ética e moralmente defensável, embora discutível na perspectiva da retórica do politicamente correto num mundo cada vez mais social-democrata, esquerdizado e idiotizado. Benjamim Disraeli, escritor, primeiro-ministro inglês na Inglaterra imperialista e fundador do Partido Conservador moderno, terá concitado em alto e bom tom que “o momento exige que os homens de bem tenham audácia dos canalhas”. Certamente na “Solução Disraeli” se admitirá o uso das armas do mal na perspectiva do bem comum e na legítima defesa da verdade universal. Essa solução, aliás, terá peso do “bom combate” das Escrituras e portanto contará com as bênçãos dos Céus, do Criador e do Senhor dos Exércitos. Porém, não será fácil combater os canalhas, segundo duas profecias do melhor frasista brasileiro, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues… Não será fácil porque os canalhas são muitos e vão dominar o mundo: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”… Segundo porque os canalhas hoje estão liderando, são os dominantes e os homens de bem os dominados: “Hoje, tudo é possível, tudo. Há idiotas liderando povos, fazendo história e fazendo lendas.”… A messe é grande e os trabalhadores são poucos. Difícil será retomar a normalidade social, se é que algum dia isso seja novamente possível… Sigo pessimista…

O PROCESSO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.

inteligencia-artificial

Quando se quer dominar o conhecimento, transformamos todas as formas físicas de produção intelectual em formas digitais, destruímos as fontes materiais e, depois, criamos algoritmos para que as pessoas só acessem aquilo que entendemos que elas devam saber.CARLOS ALBERTO DA SILVA SANTOS BRAGA Ao longo da história, a partir do momento em que se criam formas de se registrar os atos, fatos, eventos, inventos, produção intelectual e acontecimentos, a guerra mais importante travada, é a guerra pelo domínio do conhecimento. São as passagens históricas que nos mostram as formas como os povos, ditos mais avançados, se relacionaram com os novos mundos, as novas culturas e os novos povos – seja na África, na Ásia, na América, ou ainda, na Oceania. O que prevalece, desde então, é a manutenção de um conhecimento a partir da verdade europeia. Uma verdade onde aquilo que não conhecido, é desconstruído, é devastado, é destruído ou reconstruído a partir da verdade e do conhecimento dominado por eles próprios. Dominar o conhecimento sempre se mostrou como uma oportunidade de negócios, de domínios intelectuais, de geração de riqueza e, sobretudo, da exploração dos outros – os não europeus. Aqui não se incluem, aqueles que atendam ao conceito de branco, anglo-saxão e protestante. Não se iludam, por mais que se estruture num discurso ideológico de inclusão, respeito, direitos humanos e igualdade, tudo isso são algoritmos – conjunto de regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos que levam a solução de um problema em número finito de etapas – construídos para dominar a retórica e construir a subserviência ideológica. O processo de estruturação de tudo isso atinge o seu ápice com a Inteligência Artificial, realmente uma composição de palavras que expressa exatamente o que é: uma inteligência criada artificialmente. Não são registros automáticos de memória – as sinapses, que guiam a construção do conhecimento, não são as vivências, as informações, as situações criadas ao longo da vida que cria a sua capacidade de resposta, mas única e exclusivamente um algoritmo. Dentro da Inteligência Artificial, os estruturadores de textos que resolvem um problema, que criam uma redação, que elaboram uma dissertação, que planejam uma aula, que na essência fazem aquilo que a grande maioria das pessoas, na atualidade, não consegue fazer: pensar. E as tornam no que são: incautas. Todas as redes sociais, todos os jogos digitais ao ar livre, todos os jogos on-line, todos enigmas criados e partilhados de forma digitalizada, têm um propósito: validar um algoritmo. Demonstrar a capacidade e o domínio do meio digital, revelar o poder criador e a capacidade de gerar riquezas para uma pessoa, um pequeno grupo de pessoas, ou ainda uma ideologia, nunca gerará riqueza para uma comunidade, nem mesmo na forma de arrecadação de impostos. No entanto, aos meros utilizadores dos meios informatizados, o que importa? Às custas de uma pseudo-facilidade, entregam todas as suas informações, tudo que há de registros públicos, privados ou audiovisuais à respeito da sua pessoa. Mesmo assim, são felizes, não precisam de manifestar aquilo que realmente não possuem: inteligência, somos incautos. Não mensuramos o valor de nós próprios e vivemos uma distopia, uma sociedade que entrega o seu futuro ao algoritmo. O processo já está avançado, não há retorno, muito já se destruiu e a única forma de acesso é na forma digitalizada. Quando se quer dominar o conhecimento, transformamos todas as formas físicas de produção intelectual em formas digitais, destruímos as fontes materiais e, depois, criamos algoritmos para que as pessoas só acessem aquilo que entendemos que elas devam saber. Ajudamos as pessoas na relação com o meio digital, você não precisa saber exatamente o quer, nós nos incumbimos de criar atalhos para você. Digite apenas a primeira sílaba e nós ofertaremos diversas sugestões de nomes. Demonstre o que você sente, através de uma palavra e nós ofertaremos inúmeras respostas ao seu questionamento, à sua ânsia, ao seu desejo. Não se preocupe, ninguém se importará com a origem do seu conhecimento. Ninguém se importará com a veracidade da sua informação. Ninguém questionará a sua ideia. Afinal a grande expectativa é de que o meio digital nos torne iguais, inclusos, respeitosos e felizes com a nossa própria ignorância, onde estar conectado e receber a ração de cada dia será o grande mérito. Mas como tudo, há a antítese, o lado sombrio do algoritmo, a deepweb, o submundo, a podridão, o lodo movediço que tudo engole, este é o pari passu com a luz, onde as informações deixam de ter ética, legalidade e moralidade. Onde se rastreiam os resultados de exames tendentes às necessidades fisiológicas, nos mais estúpidos e imorais fins. Onde as imagens e os sons deixam de guardar correlação com a verdade do mundo. Onde vemos, mas não enxergamos. Particularmente eu não tenho medo do homem que criou o algoritmo e, nem tampouco do homem que domina o computador, o meu medo é do homem que poderá desligar tudo isso e, como validador, não dispondo das fontes primárias – tempestivamente destruídas para validar a Inteligência Artificial – tenha que voltar às trevas e reconstruir tudo novamente num ambiente de pura barbárie.

Uma História de Vida Num Centro de Gestão de Documentos

Durante muitos anos – parte significativa da minha vivência profissional na Polícia Militar de Minas Gerais – me vali dos registros históricos como construção do conhecimento, afinal eles são a essência de tudo quanto, amigo da história, produzo. Particularmente me classifico como um validador, cujas referências são o grande bibliófilo e bibliográfo português Joaquim Martins de Carvalho, natural de Coimbra, nascido em 1822 e falecido em 1898, que produziu uma obra literária de intervenção cívica com ênfase nas liberdades públicas e nos interesses locais. Outro nome singular na validação histórica e que muito acrescenta ao meu método de validação é do genealogista e historiador francês Jean-Baptiste-Pierre Julien, Le Chevalier de Courcelles, nascido em 1759 e falecido em 1834, que em sua obra publicada na década de 1820: A Arte de Verificar as Datas, antes e após Jesus Cristo, conjuntamente com o também francês, Marquis de Fortia d’Urban, se tornam os primeiros à escreverem sobre a ocorrência de uma Rebelião em Minas Gerais e da existência de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Completa a tríade de referenciais o genealogista e historiador português Anselmo Braamcap Freire, nascido em 1849 e falecido em 1921 que escreveu sobre os Brasões da Sala de Sintra, um registro histórico dos brasões de armas das famílias portuguesas de origem. Os registros históricos movem a minha produção e acrescentam mais valia aos meus conhecimentos. Na minha visão de amigo da história, compreender a história é como galgar um muro e olhar por cada fresta que se apresenta e, juntando todas as imagens, construir uma narrativa própria e fiável do ponto de vista da memória que se quer perpetuar. Particularmente as minhas obras demandam pesquisas nas fontes primárias, visitas aos locais abordados, conversas com as pessoas e, sobretudo, um debruçar sobre as imagens formadas e a interpretação acumulativa de anos de viagens, conversas, leituras, manuseios de materiais históricos, contemplações e o constante reescrever a partir de uma nova informação que se percebe de forma aleatória e que quase se faz desentendida. É justamente o acaso quem move aquele que manuseia um documento em arquivo, tem-se que estar pronto para o improvável, o inusitado, a peça que faltava para completar o quebra-cabeças pode aparecer a qualquer momento. Uma das minhas pesquisas é sobre a História (in)Completa da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais – Símbolos, Ideais e Conhecimentos, onde as informações disponibilizadas pelo Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais foram relevantes no processo de validação de nomes, datas, atos, fatos, eventos e exemplos. Com certeza o Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais é um espaço que permite ao pesquisador não apenas acessar a fonte primária, mas de forma responsável, perceber o processo de construção de uma história singular que se caracteriza pelos registros da vida de cada um dos homens e mulheres que construíram, constroem e, em permanente reconstrução, tornam atual o significado da Polícia Militar de Minas Gerais. Mas tudo isso é pontual, talvez pessoal, ou ainda atenda ao propósito próprio de alguém que se vale das informações em arquivo, para atender pura e exclusivamente à uma questão de família, segundo a lei de acesso à informação. No entanto, para um pesquisador o contato com a fonte primária é a mais sublime das oportunidades de se construir a sua própria hipótese de validação histórica, de ser único, alguém a ser contradito e ao mesmo tempo respeitado pelos seus pares. Recentemente escrevi sobre a gênese de um nome, cujo o título é “Gontijo – Origem do Nome de Família” como topônimo e ao mesmo tempo antropônimo, com origem em Braga – Portugal, muito provavelmente incorporado para reforçar a origem familiar, uma pesquisa que me obrigou no aprofundamento histórico e na imersão em arquivos públicos do Brasil, de Portugal e da Espanha. Escrever sobre a gênese de um nome, me conduziu na busca da genealogia da minha família materna e como Organizador do projeto denominado “Raízes do Coração – Uma História Familiar”, onde é relatada a importância do 3o Sgt Galdino Antônio dos Santos, no contexto do que somos e nos tornamos, são as informações disponíveis nos arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais que nos permitem avançar além da história familiar e compreender as dificuldades de uma família, cujo patriarca ingressou na então Força Pública do Estado de Minas Gerais em 02 de fevereiro de 1933, com 42 anos de idade e, cuja a pensionista, sua filha solteira, recebeu pensão até o mês de seu falecimento, em agosto de 2017. Os arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais, para quem se propõe à pesquisa, pode revelar algumas informações significativas da vida da própria Corporação e dos seus integrantes e que ainda podem ser validados por outros arquivos de interesse da Corporação, caso do Instituto de Previdência dos Servidores Militares e do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais. Nos arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais vamos descobrir que o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, só foi considerado como equivalente ao ensino fundamental no ano de 1953. Que no ano de 1955, se torna equivalente ao ensino médio e que no dia 10 de junho de 1983, torna-se equivalente aos cursos superiores do sistema civil de ensino, retroagindo seus efeitos aos formandos do ano de 1973, isso há exatos 40 anos. São os arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais que vão nos revelar que um Oficial da PMMG, no início da década de 1950, se torna destaque em projetos de educação da ONU, junto às Escolas Caio Martins. São os mesmos arquivos que nos permitem entender a grandeza da Corporação quando chamada à formação da Polícia Militar do Estado de Rondônia e também da Polícia Militar do Estado de Roraima, nas décadas de 1980 e 1990. São nos mesmos arquivos que vamos ter o relato das Missões de Paz da ONU

TELAS MENTAIS.

Carlos Alberto da Silva Santos Braga. Todas as organizações aspiram pelas melhores mentes e buscam construir hipóteses. Testando-as, procuram melhores oportunidades de alcançar os seus objetivos. A maximização dos objetivos é o que eleva a humanidade ao patamar seguinte de evolução e conhecimento. Todas as organizações são sistemas de conhecimentos e aprendem a partir do estoque de informações acumuladas ao longo das eras. As organizações não são apenas instituições com fins ou propósitos específicos. Não são apenas empresas ou conglomerados, ou apenas espaços de educação continuada e ensino. As organizações são corpos que funcionam a partir do fluxo de informações e impulsos e que são validadas pelo conjunto de conhecimentos pretéritos, registrados ou não, construídos dentro dela própria ou a partir da vivência no chamado mercado – local onde se busca os melhores profissionais, as melhores ideias, os melhores produtos e sobretudo a melhor hipótese futura de sucesso. As organizações são de ordem material e imaterial. Seu patrimônio é o conjunto construído a partir do capital intelectual. Sua estrutura é o somatório de experiências, conflitos, resoluções de problemas, feed-back, aperfeiçoamento de processos e utilização de insumos adequados para a consecução dos objetivos. As organizações podem se estruturar sobre modelos econômicos, clubes de serviços, associações comunitárias e, principalmente, sobre modelos de ordens. Afinal, o conceito de administração deriva de um modelo de ordem específica, a ordem militar. As ordens têm funções diferentes no contexto das organizações, elas subsistem, em tese, pelo acatamento ao princípio – a verdade necessária. Essa é a ideia de concepção de uma ordem. No entanto, a compreensão da verdade necessária se, não de conhecimento geral, pode ser desvirtuada e levada à verdade contingencial – a retórica. O uso prosélito da verdade contribui para o afastamento do princípio e a consecução de objetivos diferentes dos objetivos primários, da essência ou da construção da ordem. As ordens se classificam em religiosas, filosóficas e militares. Seu arcabouço é a hierarquia, a sua subsistência é a disciplina, a sua perenidade é o acatamento à norma e o seu fim é a perpetuação da verdade necessária que se estrutura desde sempre. Seus pressupostos de realização da função conceptiva, podem ser baseados em bulas, cânones, regimentos, dogmas, sofismas, enunciados, teorias e ainda tratados baseados na ética, na moral e na legalidade. A verdade necessária, aquela que se estrutura desde sempre, pode ter o nome que você quiser – idealizador, Deus, criador, predecessor, iniciador, guru, mestre, ídolo, cientista, Big Bang – não nos interessa, desde que ela se sustente pela razão do universo e não pela razão da humanidade. Há um jardim, na cidade de BudaPeste, na Hungria, do lado de Buda, com dois lados. Referem-se às duas tribos que ocupavam os lados opostos do Rio Danúbio e que posteriormente vão dar origem à cidade. Localizado numa colina, recebeu o nome de “O Jardim dos Filósofos”. É uma obra com os referenciais religiosos do mundo, contemplando uma esfera, como se estivessem à zelar pela unidade do planeta terra e ajudar no entendimento mútuo entre as distintas culturas. Naquele jardim, contemplando a esfera, estão as esculturas de Abraão; Echnaton; Jesus; Buda; e Lao Tsé. Ao lado, encontram-se outras três esculturas, a de São Francisco de Assis, Mahatma Gandhi e Daruma Taishi, personagens que também influenciaram o desenvolvimento espiritual da humanidade. Diferenciar a verdade necessária, do uso prosélito da verdade, deve ser o objetivo de quem faz parte da ordem. Mas, isso só acontecerá, se aquele que da ordem se nutre, conheça o que da ordem se espera. Pois, se da ordem se vale, dela não se espera a verdade necessária, apenas o proselitismo. A ordem não deve ser uma forma de ascensão e nem tampouco de locupletar, a ordem é a essência da vida como organização e modelo de constância na persecução dos objetivos da iniciação. A ordem é a manutenção do universo, a sustentação do equilíbrio das órbitas, as ondas inaudíveis que fluem pelo espaço e que de forma quântica, permitem a sua percepção e o crescimento da humanidade. Nem todos conhecem a essência, nem todos ascenderam ao cume do obelisco, nem todos comungaram das faces do poliedro. Eventualmente, um ou outro, se elevará. Mas somente aquele que se eleva sabe os motivos e a sua missão, pois a quem muito é dado, muito será exigido. A elevação difere do comando, estar no ápice como atividade política de sustentação da ordem, não quer dizer que se encontrou o caminho, diz apenas que há necessidade de uma cabeça e que a cabeça pode ser apenas uma forma de proteger o conhecimento, de agregar, de permitir que se encontre aquele que imergiu e, depois de conhecer o recôndito de si mesmo, elevar-se aos objetivos que transcendem o entendimento desse mundo. Como uma grande batalha, onde somente um será o vencedor, assim nos procedemos na busca da verdade necessária. Só um ascenderá e esse um, mesmo ele, não saberá quem é. Somos de uma realidade, vivemos uma dimensão e nos estruturamos segundo o modelo dessa dimensão. Os nossos registros são telas mentais construídas a partir dessa dimensão, qualquer outra – que sabemos existir – não será alcançada pelos olhos e conhecimentos dessa dimensão. Assim como a onda transpassa a partícula, a energia supera a matéria e a verdade necessária se impõe perante a verdade contingencial. É pela natureza da essência que a Ordem subsiste e não será pela impureza prosélita que permanecerá. Pois o livre-arbítrio é o que, nas palavras de Giambatista Vico, nos impulsiona ao progresso e à barbárie. No processo de continua aprendizagem acumulamos o conhecimento a partir de imagens, todas as vezes que nos elevamos e aprendemos algo, aquela imagem é associada a outra e a tela se aperfeiçoa, a nitidez nos permite avançar, proporciona novas associações, permite que escrevamos mais e melhor, não há necessidade de pensar, a nitidez da tela proporcionará inúmeras interpretações, cada qual mais ajustada e necessária ao ambiente. O momento atual de compulsão pelo improvável, pelo insano, pelo desprezo e pela volúpia, corroborado pelo alinhamento ideológico que transpassando

error: Conteúdo Protegido!