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HONRA E GLÓRIA À ORDEM CULTURAL MILITAR MARANHENSE.

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O Major PM Carlos Alberto da Silva Santos Braga tomou posse na Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM). Naquele sodalício, realizado o 1º Congresso Nacional das Academias de Letras Militares do Brasil (CONAMBRAS), Carlos Braga encerrou seu discurso Com o brado de “Honra e Glória À Ordem Cultural Militar Maranhense”. O Oficial Veterano da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), colaborador do PontoPM, foi empossado na Cadeira 41. Substituiu o Coronel da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) Geovane Bezerra da Silva, falecido em 2018. Ambos os militares concluíram o Curso de Formação de Oficiais na Academia Militar do Prado Mineiro. Geovane e Carlos Braga foram, respectivamente, Aspirantes das Turmas de 1970 e de 1987. Aos atos cerimoniosos, realizados no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão, em São Luiz, compareceram ilustres autoridades, nesta sexta-feira (18). Na ocasião, registraram-se as presenças honrosas do Comandante-Geral da PMMG — Coronel PM Rodrigo Rodrigues de Souza —, Comandante-geral da PMMA — Coronel PM Emerson Bezerra da Silva —, que é filho do Coronel Geovane, além da Liderança e convidados das Academias Brasileiras. Conforme informações da AMCLAM, o CONAMBRAS será realizado em dois dias. O encerramento está previsto para o sábado (19). Consta, ainda, que evento teria sido programado para 29 de maio de 2020, das 8h às 18h. Foi adiado sine die em “razão da Pandemia ‘COVID-19′”. Atualmente, há, no Brasil, oito Academias de Letras Militares, assim constituídas: Academia de Letras João Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais, fundada em 21/08/1995, portanto é o sodalício mais longevo;Academia Brigadiana de Letras, no Rio Grande do Sul, fundada em 21/04/2006;Academia de Letras dos Militares Estaduais de Santa Catarina, fundada em 01/10/2021;Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares, fundada em 31/05/2019;Academia de Letras dos Militares Estaduais do Paraná, fundada em 28/08/2018;Academia de Letras dos Militares Estaduais do Brasil de do Distrito Federal (nacional), fundada em 10/08/2018;Academia de Letras dos Militares Estaduais da Paraíba, fundada em 19/04/2021 eAcademia Potiguar de História e Cultura Militar, fundada em 07/07/2021. Noticia-se a possível constituição de outras duas, nos estados federativos do Mato Grosso e Tocantins. Na funcionalidade das Academias Militares de Letras criadas, uma das vantagens que chama atenção é a constituição de sua Confraria. O corpo acadêmico não é constituído somente por militares das Instituições Militares Estaduais. Muitas Cadeiras são ocupadas por civis: escritores, poetas, juristas e professores universitários, dentre outros. Leia o Discurso de Posse de Carlos Braga, clicando aqui. Com as informações da ALMEBRAS: 1 e 2 e do Jornal Pequeno.

“COM A SINCERIDADE RUDE DO JAGUNÇO”

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(Resposta a Honoráveis Curiosos).         João Bosco de Castro. Algumas Pessoas ─ verdadeiros Honoráveis Curiosos, dentre os quais bons companheiros de Farda, inclusive Meia-Novianos ─ perguntaram-me, oralmente, por que eu, cheio de títulos e conquistas, com muitos livros publicados, saí apenas tenente-coronel da PMMG. Agora, em 24 de agosto de 2022, meu prezado companheiro Meia-Noviano Major Geraldo Teixeira [Quinto] faz-me, por whatssap, indagação acerca do mesmo assunto. Eis minha resposta: Não saí apenas tenente-coronel da PMMG. Saí Tenente-Coronel ─ posto honroso e respeitável!… ─, com trinta e um anos quatro meses e nove dias de efetivo serviço (férias-prêmio e anuais não gozadas e averbadas para a transferência para a reserva e promoção trintenária), em 4 de setembro de 1994, com vinte e oito anos seis meses e quatro dias de efetivo serviço policial-militar, em contagem dia a dia. Obtive, sem nenhum registro de punição disciplinar, as Medalhas do Mérito Militar nos graus Bronze, Prata e Ouro, sem nenhum atraso, portanto com a ficha limpíssima, ornada com muitas recompensas e elogios individuais. Se eu cumprisse o tempo de efetivo serviço de trinta anos contados dia a dia, teria saído Coronel, mediante promoção trintenária. Antes de eu vir para o Curso de Formação de Oficiais ─ CFO, em 1966, meu Venerando Pai, João Rodrigues de Castro ─ Oficial da Corporação ─, alertou-me sobre minhas severas dificuldades para sucesso na carreira policial-militar, em razão de meus problemas asmático-respiratórios ─ agravados pelo desastroso tabagismo ─, impeditivos de boas notas em Educação Física, e minha assustadora franqueza oral e escrita, como se eu fosse  topetudo, malcriado, agressivo e indisciplinado. Menino asmático, não aprendi a gostar da prática de exercícios físicos e esportivos, mas me habilitei, com muito gosto e bons métodos, desde pequeno, às melhores e constantes leituras e tarefas intelectuais, ainda na Vila Militar de Bom Despacho-MG, principalmente na Biblioteca do Sétimo Batalhão, a melhor da Cidade, àquela época. Sobre minha franqueza oral e escrita, o Comandante do 17º BPM/Uberlândia, em 1985, ao elogiar-me, publicou: “(…) O Capitão [João Bosco de] Castro, com a sinceridade rude do jagunço, foi meu seguro e confiável assessor, em manifestações faladas e escritas. O que ele pensa, sua boca fala, e sua caneta escreve, sem dificuldade nem rancor, sem constrangimento nem desconsideração, em benefício do serviço policial-militar, da Unidade e da Corporação.(…)”. Passei os quatro anos do CFO, heroica e bravamente, com notas muito altas nas matérias tecnoprofissionais, intelectuais e escritas, e notas vergonhosas ─ de 5,5 a 6,0 ─ na tenebrosa Educação Física: ponto crítico e decisivo na classificação do Cadete e, consequentemente, na do Oficial. Os mesmos perversos desempenhos em provas do TAF ( Teste de Avaliação Física) de concursos e estágios internos, para progressão no Oficialato, travaram minhas promoções e meu acesso a cursos de aperfeiçoamento ou especialização. Consegui realizar todos eles, sempre na quarta e dura tentativa, quando eu conseguia a nota mínima na bendita e poderosa Educação Física, embora eu tenha alcançado notas com distinção avantajada nas provas tecnoprofissionais, intelectuais e escrita. Minha “sinceridade rude do jagunço”, marca vultosa de meu mobiliário eticodeontológico e humano, com espírito de justiça e respeito, não deixou, contudo, de representar manchas na balança de certos Corifeus de Farda carcomidos por nefasta arrogância e purulenta inveja de meus suados e vários títulos e conquistas. Isso adubou os canteiros do adiamento lamentável de minhas promoções, quase todas conferidas pela honrosa  mas injusta antiguidade, mas não corroeu o padrão de minha Consciência Ética e Compromisso de Utilidade Social, não só de Oficial, mas também de Professor, Pesquisador, Escritor, Cidadão, Pai, Chefe de Família e outras muitas situações pessoais. Por que, então, não esperei mais um ano cinco meses e vinte e seis dias de serviço efetivo, na contagem dia a dia, para auferir a promoção trintenária a Coronel?!… ─ Porque eu estava bem-aprovado em concurso público de provas e títulos para o notável e cobiçado cargo de Redator-Revisor da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e com o  saco cheio das investidas nojentas e invejosas de Corifeus Acanalhados e transvestidos das Decências da Farda Bege, prontos para castigar-me nas Comissões de Promoção de Oficiais, principalmente depois de 1992, quando, amparado por Mandado de Segurança, realizei, com sucesso total, o Curso de Especializaçao (Pós-Graduação Lato-Sensu) em Comunicação Social, no respeitável Centro de Estudos de Pessoal do Exército ─ uma das melhores e mais idôneas Escolas pelas quais passei. Eu era o primeiro-colocado na seleção de Candidatos Mineiros à única vaga destinada à PMMG em tal Curso, mas fui preterido e desclassificado por Ato Administrativo injusto de Autoridade da Polícia Militar. Como, naquela época, era crime de lesa-majestade qualificado um Major impetrar mandado de segurança contra deletéria decisão de Sua Excelência o Superior Hierárquico, minha imagem de Oficial franco, atrevido, jagunçamente-sincero e rude, indisciplinado e perigoso ficou ainda mais escancarada e acidamente comprometedora, principalmente diante das Onipotentes Comissões de Promoção de Oficiais. Mesmo assim, decidi não chutar o balde, antes de titular-me no relevante Curso Superior de Polícia (atual Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu de Especialização em Gestão Estratégica de Segurança Pública), no qual me matriculei,  com honra e louvor, em 1994, no Centro de Altos Estudos ( Atual Centro de Pesquisa e Pós-Graduação) da insuperável Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, nossa Nobre Escola do Prado Mineiro. Tão logo diplomado no CSP, eu contei meu tempo de serviço e, mesmo sem chegar ao último posto, requeri minha transferência para o Quadro de Oficiais da Reserva. Eu era o primeiro-lugar no CSP/1994, apesar de ter sido massacrado pelo Chefão da Banca Examinadora de minha Pesquisa (acompanhada e orientada pelo Maiúsculo e Incomparável Professor-Doutor Coronel Saul Alves Martins), porém aquela nota injusta e miserável não contaminou a postura altaneira dos três outros Avaliadores de meu Trabalho ( apenas minha Banca funcionou com quatro Avaliadores…Por quê?…), e minha Monografia obteve a maior média dentre todas as outras do CSP/1994: 9,25. Na Hora H  da classificação ─ encaminhada ao premeditado labéu da desclassificação !!!… ─, enfrentei a mais humilhante agressão no Trabalho de Teoria de

“Voto no Sapucaí”

Referência: SANTOS, Gilmar Luciano dos, Prática Forense para o Juiz Militar,2013.          Bom Despacho-MG, 8 de setembro de 2022. Prezado Major PMAC Neri: Saúde e Paz!             Encontrei, há muitos anos, a menção “Voto no Sapucaí”… ─ atribuída ao Senador Imperial Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias ─ em vetustos papéis avulsos existentes, até então, no Museu Histórico da Polícia Militar de Minas Gerais, sob o título de “Registros do Senado Imperial do Brasil”, cuja autoria desconheço. Naquela página impressa, velhíssima, havia anotações manuscritas, em nome de Djalma Andrade (suponho seja do então Capitão-Professor do Departamento de Instrução ─ D.I. ─ atual Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro ─ Djalma de Assis Andrade: médico, advogado, jornalista…).             O citado Museu Histórico da PMMG ─ até então integrante da Estrutura do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação da APM/PMMG ─ transformou-se em Museu dos Militares Mineiros, na década de 2010-2020, e saiu do Prado Mineiro para o Bairro dos Funcionários/ Belo Horizonte-MG. Fui lá, uma vez, em busca de fontes bibliográfico-documentais, em 2014, mas nada consegui. Segundo um Funcionário de tal Museu, todas as fontes bibliográfico-documentais do antigo Acervo tranferiram-se para o Arquivo Público Mineiro, onde as procurei, sem nenhum sucesso, naquela época, pois ainda estavam encaixotadas. Professor João Bosco de Castro; 37.999027699,             Oficial Superior Veterano da PMMG. Imagem destacada: FaceBook – Duque de Caxias – Patrono do Exército.

HISTORIOGRAFIA POLICIAL-MILITAR DE ALTO FÔLEGO:

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Homenagem a Duas Historiógrafas, com Crítica Textual aplicada às Ciências Militares da Polícia Ostensiva e Análise Filológica.                                                            João Bosco de Castro. Referência: 40 Anos da Mulher na Polícia Militar de Minas Gerais:uma história de pioneiras (da Coronela Lívia Neide de Azevedo Alves e Capitã Veterana Denise dos Santos Gonçalves). A Historiografia de Polícia Militar, na seara da História da Polícia Militar de Minas Gerais, ganha riqueza bibliográfica e alento especial com a publicação ─ pela Editora Universitária Academia do Prado Mineiro ─ do importante Livro 40 Anos da Mulher na Polícia Militar de Minas Gerais: uma história de pioneiras, coescrito pela Coronela Lívia Neide de Azevedo Alves e Capitã Veterana Denise dos Santos Gonçalves. Esta valiosa Obra vasculha a proativa presença da Mulher Fardada nas atividades várias da Polícia Ostensiva, Preservação da Ordem Pública e Defesa Social, Interna e Territorial, em Minas Gerais, desde seus primórdios de 1981, e documenta esta transformadora dádiva de humanização e respeitabilidade feminina em ambiência policial-militar, no quartel, vida social e teatro operacional, com recursos pesquísicos e metodológicos cheios de autenticidade e legitimidade, como procedimentos analíticos, estatístico-descritivos, bibliográfico-referenciais e fotográficos, para oferecer à Comunidade Ledora e Epistêmica, prioritariamente aos Segmentos Policial-Militares, a Verdade nua e crua dos tormentos enfrentados e glórias alcançadas por nossas bem-qualificadas e zelosas Policialas Fardadas, ao longo das últimas quatro décadas. Tudo isso, mediante prosa erudita, clara, convincente e amena, segundo os ofícios tecnolinguísticos dos engenhos dissertativos e narrativos imprescindíveis à mais escorreita elaboração historiográfica. Este Livro tem de compor as melhores Referências das Malhas Curriculares e Estratégico-Pedagógicas da História da Polícia Militar de Minas Gerais ministrada aos Cursos e Programas de Qualificação de Oficiais e Praças planejados, ministrados e geridos pela Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro e respectivas Unidades Educadoras, além de também ter de ser amplamente mostrado à Sociedade Civil pelos Meios Internos e Externos da Comunicação de Massas e da Tutoração Metodológico-Científica, para a Verdade Histórica desfazer as arrrogâncias do machismo, anular os preconceitos de gênero, enfatizar a supremacia estatal e comunitarista da Polícia Militar e ensinar o Brasileiro a respeitar a dignidade, a sensatez feminil e a coragem ôntica e tecnoprofissional da Mulher Fardada na Polícia Militar de Minas Gerais. Verdade Histórica é aquela Verdade louvada por José Bento Monteiro Lobato, em seu “A Onda Verde”, sobre a postura e compostura de Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha como jornalista-repórter da Campanha de Canudos: motivo de “Os Sertões”. Felizmente, meu Espaço Camões: Oficina de Saberes, Letras e Artes ─ ECOSLA, em Bom Despacho-MG, e a Biblioteca Tenente-Coronel-Professor Oswaldo de Carvalho Monteiro, da Fundação Guimarães Rosa e Academia Epistêmica de Mesa Capitão-Professor João Batista Mariano ─ MesaMariano (da qual sou Presidente), em Belo Horizonte/Venda Nova-MG, receberam, cada uma, das atenciosas Coautoras um exemplar deste notável Livro, cujo destino grandioso é realçar as qualidades pessoais, éticas, deontológicas e tecnoprofissionais da Mulher Fardada nos Teares da Polícia Ostensiva, Preservação da Ordem Pública e Defesa Social, Interna e Territorial, em favor da Comunidade Mineira, para engrandecimento meritório da Corporação do Alferes Tiradentes, a mais antiga das Forças Públicas (Polícias Militares) do Mundo. Por isso, a Coronela Lívia Azevedo e a Capitã Veterana Denise Gonçalves merecem de todos Nós as melhores manifestações de parabéns e gratidão. Seu Trabalho de Historiografia condiz com a excelência prestada à Corporação e ao Estado pelos serviços de nossa Mulher Fardada. Os Homens Fardados da Corporação, particularmente, reflitam sobre a importância de sua profissão, aperfeiçoem-se e façam o melhor de sua parte, pois as Mulheres, fardadas ou não, já têm dado sobejas provas de ser plenamente capazes de orientar, planejar, comandar e executar programas e empreendimentos de elevada monta. Nossas Mulheres Fardadas, nessas quatro décadas, já se mostram altaneiras e eficientíssimas nos quefazeres de planejamento, orientação, comando, controle e execução das Ações e Operações da Polícia Ostensiva, Preservação da Ordem Pública e Defesa Social, Interna e Territorial. Eficiência e espírito crítico, inteligência e vontade de ser útil à Comunidade, à Família e ao Estado, organização e disciplina, coragem e devoção ao dever (Consciência Eticodeontológica) são virtudes comuns ao Macho e à Fêmea. A Mulher Fardada da Polícia Militar de Minas Gerais tem e aplica, diuturnamente, esse inteiro Cabedal de Virtudes, com sensatez e autodignidade. Contudo, essa Mulher de consistência insuperável ainda não tem coragem de autodesignar-se verdadeiramente Fêmea, autenticamente Mulher, pelo menos em âmbito policial-militar, pois não somente aceita ser tratada com designativos masculinos ─ em substantivação e adjetivação (Coronel Lívia, em vez de Coronela Lívia; Capitão Denise, em vez de Capitã Denise; Soldado Helena, em vez de Soldada Helena….) ─, mas também se trata a Si Mesma, com espontânea e inexplicável autodepreciação, como se a Policiala Fardada não fosse Mulher ou como se Ela não tivesse legitimidade feminil, para fazer-se respeitar, com a merecida e ajustada Flexão para o Gênero Feminino, sem coragem de sair das malhas do Comum de Dois Gêneros e ─ ainda mais degradante ─ do Epiceno. Ela já sabe, ou já devia saber, disso, porém não ousa aplicar a Si Mesma nem às Companheiras de Farda os engalanadores femininos de denominação funcional, contidos no riquíssimo Léxico da Língua Portuguesa: Oficiala (a Oficial), Marechala, Generala, Almiranta, Brigadeira, Coronela, Majora ( ou a Major), Capitã (ou Capitoa), Tenenta (ou a Tenente), Furriela, Sargenta, Caba, Soldada, Chefa (a Chefe), Comandanta (a Comandante)… Isto mesmo! Em vez de Sargento Priscila ou Sargento P.Fem. Priscila: pecha lamentável, deselegante e desrespeitosa!… Isso é Epiceno! Coisa feia e inaplicável  à Mulher Fardada! Todos os vocábulos indicativos da especificação militar do Homem ─ adequada e corretamente empregados no gênero masculino ─ têm de flexionar-se em gênero com a especificação militar da Mulher ─ adequada e corretamente transfigurados no gênero feminino ou, como real e particularíssima opção, no comum de dois gêneros. Jamais no Epiceno (vocábulo originário do Sânscrito): uso do adjetivo feminino (abreviado para fem.), acopladamente com o designativo da Mulher (Soldado Feminino Maria, sd.fem.Maria, Cabo Feminino Gláucia, cb.fem.Gláucia, Sargento Feminino Angélica, Sgt.fem.Angélica), hediondo e lamentável expediente reservado à indicação do gênero de alguns irracionais ( bichos

EM BUSCA DE MIM MESMO

                                                                                   Marcílio Fernandes Catarino (*) No parágrafo final do meu último artigo, escrito em setembro de 2021 e intitulado Silêncio Construtivo, registrei minha decisão de, por algum tempo, “silenciar minha pena” para, numa profunda reflexão, buscar uma visão mais clara da realidade que ora nos cerca e, quem sabe, vislumbrar o real propósito desta jornada terrena. Realidade que está a nos apresentar uma profusão de fenômenos em todos os campos da vida humana, sobretudo os de natureza energética que, embora invisíveis, são captados pelos nossos sentidos, capazes de gerar consequências deletérias para a saúde e harmonia dos nossos corpos físicos, mentais e emocionais. Presenciamos, entristecidos, o desrespeito e a desvalorização do bem mais sublime que nos foi legado pelo Criador Supremo: o dom da Vida;  a derrocada dos valores éticos e morais, substituídos por comportamentos iníquos, apoiados e festejados por cidadãos, muitos dos quais ostentando o manto de intelectuais, ou envergando togas, antes considerados livres de quaisquer suspeitas. Tempos estranhos, tumultuados e desafiadores de Transição Planetária! Ao refletir sobre tantos acontecimentos e fenômenos extraordinários que vêm ocorrendo mundo afora, impossível não se lembrar do “início das dores”, narrados em Mateus 24:6-8. De igual forma, tais acontecimentos nos remetem ao último livro da Bíblia, de autoria do “Exilado da Ilha de Patmos”, na Grécia Antiga, contendo o que seriam as revelações do Inolvidável Rabi Galileu para os “tempos do fim”. Revelações proféticas e de difíceis interpretações, que eram, ao mesmo tempo, um alerta para as grandes tribulações por que passaria a humanidade, e uma mensagem de esperança e confiança na vitória final do Bem sobre o Mal. Não menos difíceis têm-se mostrado as análises e interpretações do momento presente, diante de tanta mentira, manipulação e ânsia de poder e dominação. Mentiras que no Brasil, embora sem cominação legal no arcabouço jurídico do  país, se transformaram em crimes, sob a incompreensível chancela da Suprema Corte do país e aplausos de parte da grande mídia nacional, cooptada por elites inescrupulosas e corruptas. Ao que parece, tudo para atender a interesses políticos e ideológicos inconfessáveis. Mergulhado nesse torvelinho de falsidade e contradições, julguei mais prudente e acertado submeter tudo ao crivo da minha própria razão, atento às ressonâncias que cada situação provocaria na intimidade do meu ser. Compreendi que, na verdade, passara a buscar o aprimoramento do meu próprio senso crítico, nesse grande e desafiador esforço do conhecer-se a si mesmo, expresso na lendária frase encontrada sobre o portal do Templo de Apolo, em Delfos, na Grécia Antiga, atribuída ao enigmático filósofo ateniense Sócrates: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”. Esse é o incessante esforço do homem para encontrar-se com o seu “Eu Superior”, ainda sufocado por sistemas de crenças limitantes com que, por dezenas, centenas, ou talvez milhares de anos, vimos sendo manipulados e escravizados. Subjugados por esse controle draconiano, nos esquecemos da nossa origem divina, como fractais que somos da Eterna Fonte Criadora – Deus, trazendo, em potencial, na nossa constituição espiritual, todos os seus atributos, assim como estão gravadas na nossa Consciência, desde a criação, as perfeitas, sábias e imutáveis Leis Naturais que regem o Universo e a Vida. “Vós sois deuses”, ressaltou o Sublime Peregrino Nazareno,  há mais de dois milênios, essa frase contida no Salmo 82:6, e complementando: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que essas…! (João 14:12)  Ele não mentiu! (*) Coronel Veterano PMMG – Aspirante 1970.

Primeira Feira Literária de Bom Despacho

Na manhã de hoje, 9.4.2022, participei da Primeira Feira Literária de Bom Despacho, com vários de meus Livros, em companhia de muitos Colegas Escritores. Não sou dado a Feiras e Eventos dessa espécie, porque, em várias deles, impera a sanha do vedetismo com lucrismo, além da desorganização e apatia do Poder Público e Sociedade em relação à importância do Livro e ao incentivo à Produção Literária. Nesta Primeira Feira Literária de Bom Despacho, tive a alegria de assistir ao contrário a tudo isso. Evento bem-organizado e cheio da coparticipação virtuosa de Escritores, Povo — Crianças em sadio espírito de curiosidade e interesse nas Coisas de Humanidades — Escolas, Representantes do Comércio e Indústria, Poder Público Municipal — especialmente pelos Quadros de Pessoal da Secretaria de Cultura e Turismo — e Academia Bom-Despachense de Letras, em prol de expressiva e grandiosa Festa do Livro, nesta abençoada Cidade-Sorriso. Pela primeira vez, gostei de uma Feira Literária. Minha modesta coparticipação contou com o esforço e entusiasmo proativo de Beatriz Campos de Paulo e Castro, minha querida Esposa e Companheira. Parabéns, Bom Despacho e respectivos Escritores, pelo alto nível de sua Primeira Feira Literária! Parabéns e muito obrigado ao Prefeito Bertolino Costa e à Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Doutora Rosimeire Cássia dos Santos, e a todos os Servidores Municipais empenhados em tão importante Trabalho de Transformação de Pessoas e Valorização de Talentos! Veja almas fotos do Evento Literário.

POLIGAMIA!

                                                                                     (João Bosco de Castro). Às Cinco Mulheres Minhas, Que Ainda As Posso Ter.   DÉBORA, és a abelha LIS, a operária De vida vária e de cabeça afeita À vontade virtuosa e ao trabalho!… JANAHINA: a boa ZÁHIDA, de cabeça e de bons modos, Cheia de Apolo e de Dionísio, sem aviso, Que ligas o Mar bramoso ao Paraíso!… BRUNA, que tens o ar inquieto de uma DÁPHNE E do campeão: um vencedor fremente, Que jamais cansou os ossos e não cansa a mente!… ANA, a cordeirinha  ̶  tão LÍVIA, a qualquer hora, todo dia, Muito manhosa e coberta de ingresia, Nesta feliz alegoria de soberba: Porque são todas  ̶  todas e todas!   ̶  Cheias de vida e embevecidas Desta GRAÇA, a mãe DAGÁ, forte guarida, A grande Obreira, audaz e muito arteira, Mas serena, exigente e convencida De que a Vida vale esta vida! ̶  E valerá?!… Oh! Se valerá!…  ̶ Oh! Se valeu, inda vale e valerá, Porque me propelem as Cinco à labuta diuturna De trabalho ao trabalho, suor e malho, Peças gentis dum mosaico de retalho!… Filhas e Mãe, a quem amo e amarei, A meu modo travesso e silencioso Aos ouvidos, e ao coração, loquaz, Que refuta a guerra e guarda a paz, Dote capaz de tornar o Homem homem, Neste mercado infeliz de lobisomem!…, Mundo sutil, que ablui o corpo imundo, Para fazê-lo mais são e mais fecundo, Ainda que lhe não respeitem o direito De ser um humano Mundo!… Filhas e Mãe, de quem gosto e gostarei, Deste meu jeito, que rejeito, Pois as amo e amo, tanto, Tanto e tanto, que o meu acalanto Não passa, às vezes, de silentes suspiros, Que não lhes dizem, mas lhes falam uma verdade! E a Verdade fala: Enquanto houver Amor, a Vida exala O hálito perene e tão solene: Que não é mais que a própria vida, Esta nossa, que é só nossa, e a Outra Vida! Bafejo real ou sopro incerto de quimera, Esta Vida une o Outono à Primavera! Belo Horizonte, MG, 12 de setembro de 1.987. JOÃO BOSCO DE CASTRO.

Alegre e Camarada, Bem-Te-Vi!

bem-te-vi-alegre-e-camarada

Naquela manhã do Verão de 2022, passaram-se os dias chuvosos e muito nublados. Ouvi — de o Bem-Te-Vi — seu alegre e camarada e denunciador piado! O som manifesto e ouvido, traduzia e indicava sua aproximada presença. Abri a janela devagarinho, a fim de não espantá-lo. No entanto, lá estava, alegre e camarada, o amigo! Posso chamá-lo assim, pois, pelo seu piado – bem te vi – identifico seu gênero. Li, também, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa que, segundo suas espécies, pode ser chamado de Bem-Te-VI: “arapongas”; “assobiador”; “barulhento”; “cabeça-de-estacas”; “carijó”; “carrapateiro”; “cartola”; “cavaleiro”; “cinza”; “de igreja”; “do-bico-chato”; “de-cabeça-rajada”; “de-coroa”; “de-coroa-vermelha”; “de-gamela”; “de-três-riscas”; “do-brejo”; “do-chão”; “do-gado”;  “do-mato”; “do-mato-virgem”; “escuro”;  “gameleiro”; “miúdo”; “pato”;  “peitica”; “pequeno”; “pintado”;  “pirata”; “preto”; “rajado”;  “riscado”; “solitário”; “verdadeiro”;  “zinho”; “zinho-de-asa-ferrugínea”; “zinho-de-penacho-vermelho”;  “zinho-do-brejo”; “zinho-ladrão”; “zinho-rajado” e “zinho-riscado”. De aparência juvenil, todo faceiro, o alegre e camarada brincava tranquilamente. Parecia um Bem-Te-Vizinho! Porém, isso nunca, não era! Nunquinha, para ser exato! Tinha janeiros passados. Esquecia-se disso, a julgar pelas brincadeiras descabidas aos Bem-Ti-Vis adultos! Esperto, fotografei-o, usando a câmera do mobile! Fui cuidadoso, ao afastar as bandas da cortina decorativa da janela do quarto. Mantive-a semiabertas, em silêncio, pois, qualquer descuido, visual e sonoro, o menor que fosse, seria o suficiente a afastá-lo. Teria destino e pouso certeiros. Desfrutaria, mais uma vez, da largueza dos benefícios da Amendoeira localizada do outro lado da rua onde moro.   Naquela Amendoeira, judiada pelos poluentes abundantes da Urbe, sentia-se feliz! Nela, por certo, passara bons momentos, na companhia do casal de Bem-Te-Vis que o criaram. Era fruto natural e consequente da Criação Divina e da união do Bem-Te-Vi macho e da Bem-Te-Vi fêmea. Agora jovem ou adulto, experienciava a liberdade plena. Voava, despreocupado e sozinho, longe das vistas dos genitores, e brincava de ser um passarinho! Sim! Um bem-te-vizinho treteiro! Ali, na frente de minha câmera, encontrava-se, o alegre e camarada! Tranquilo, como se fosse o dono de tudo, em meio aos arbustos verdejantes que se mostravam enfastiados, pelo excesso das chuvas, e, pela ausência do Sol, carecidos de sustância clorofiliana. Em pouco tempo, as folhas ficariam amareladas, da mesma cor da parte posterior dos Bem-Te-Vis! Com o tempo, arrisquei um assovio suspeito e humanizado: bem-te-vi!!! Repeti, uma, duas vezes. O resultado foi muito favorável. O Alegre e Camarada Bem-Te-Vi voou para mais perto da janela, pousando no último lugar possível. Teria a expectativa de algum contato entendível? Como saber? Talvez os ornitólogos, especializados em Bem-Te-Vi, saibam… Percebi a insistência daquele Bem-Te-Vi, distante menos de quatro metros, na tentativa de localizar visualmente o autor do bem-te-vi imitatório. Tomei a iniciativa. Mostrei-me a ele que, espavorido, voou rumo à Amendoeira!  Por que o Bem-Te-Vi fugiu, se há pouco mostrava-se solícito à aproximação amigável? Ao meu pensamento vieram duas magníficas cenas descritas no Livro de Gênesis, da Bíblia Sagrada. A primeira, do homem, no Éden, com o domínio sobre os seres vivos (Gênesis 1:26-27; 2:19-20) e com a orientação de guardar e cultivar a Terra (Gênesis 2:15). A outra cena, ressai, igualmente, da Narrativa Bíblica, do diálogo de Deus com Noé, na Aliança Pós-Diluviana: “E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues” (Gênesis 9:2).  Dos Bem-Te-Vis, sei muito pouco! Do temor e do pavor entre os seres vivos, mais por conta daqueles ditos inteligentes, tenho muita certeza!

ENCONTRO NO CÉU…

À memória de Nair Maria [Eleutério] dos Santos ─ minha Primeira-Sogra e minha Outra-Mãe ─ e em homenagem a outros cinco Vultos da Paz! João Bosco de Castro. Vó-Nair partiu pro Céu,Quando eu fiz setenta e cinco…Voou envolta no véuDe quem amou com afinco! Beirava os noventa e nove,Tinha prosa divertida,Eis então Deus a removeDesta para a eterna-vida. Ao vê-la, o Bom-Pedro abriuA ela semblante ameno…Abraçou-a e sorriu,Não a deixou ao sereno. A Casa é sua, ó Nair, Dela aufira bom-proveito. Dê claridade ao porvir, Descanse, aqui, a seu jeito. Ela fitou no GestorDaquela amável Morada,Com bons-modos de louvor:Ficha-Limpa, Alma-Lavada! Quis notícias do Marido,Netos, Filho e da Caquim,Lançou o olhar tão compridoÀ bela Amplidão sem fim. Entre!…Você os verá!(Disse-lhe o Porteiro-Santo)…Você veio para cá:Lugar de pio acalanto. Eles estão muito bem, Segundo o Eterno-Juízo,E querem tê-la, também,Nas Glórias do Paraíso. Entre, Nair bem-amada!Você merece esta Paz…Não se faça de rogada!Seu passado satisfaz Às Leis do Mor-Criador.Com fé na Santa-Bonança,Você tem alto penhor!Ela encheu-se de esperança E entrou na Mansão dos Bons,Onde Márcio e Jão-’Zevedo,Juninho e Carlos ─ co’os tonsDo vastíssimo arvoredo E aos sons do dó-ré-mi-fáDos Cantos da Eternidade ─ Agregaram-se à Dagá: Maestrina da Bondade!… Nair transfundiu-se, limpa,Aos Mirandas-Eleutério ─ Eta Família supimpa!…─,Nas Glórias do Refrigério… Ela, agora, está no Céu,Ungida de Amor e Paz,Onde não há escarcéu Nem tretas de Satanás! Festeje bem, ó Nair,O encontro com seus Amados,Respire os ares de Ofir,Não nos deixe ser coitados… Nosso abraço ao Jão-’Zevedo,Juninho e ao Márcio Amaral…À Vó-Graça, o riso ledo;Ao Carlos, voz triunfal! O Céu é paz com vitória,Lugar de Luz e Louvor,Sacro Palácio da Glória:Fé-Poema ao Esplendor! Pelos Cinco embevecida,Celebrada com carinho,Nair tem sua outra-vidaNo “outro lado do caminho”: Estrada da SantidadePor onde se acertam passos, Escola da Caridade, qual se apagam fracassos, Cujo Mestre vem de Hipona,O Sábio Santo Agostinho,Com quem Nair, boa Dona,Aprendeu, bem-direitinho, A mais ditosa CartilhaDa vida singela e santa,E praticou a partilhaDe tudo quanto se planta E colhe, co’a nobre Mão,Como, na vasta Isidoro,Fizeram Nair e João:Roça farta, água sem cloro… Ela criava galinhas,Tecia couves no chão,Primorava ladainhasEm prol do arroz e feijão! Nair nos ensinará,Lá das Cátedras Celestes,O amorável bê-á-bá:Doação de amor e vestes… Sua figura bondosa,Junto co’a Virgem Maria ─ Almenara Dadivosa!… ─,É Luz de Fé e Alegria! Bom Despacho-MG, 3 de fevereiro de 2022.

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