CRÓNICAS EM TEMPO DE GUERRAS

Recebi do Amigo, Nuno Pereira da Silva, o seguinte convite: Não fosse minha localização, no aquém-mar, lá compareceria a receber de suas mãos um exemplar autografado. O Coronel Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva é Vogal do Conselho Fiscal da Revista Militar e Autor das Crónicas Militares Nacionais da Revista Militar. É, também, um dos Secretários do Corpo Diretivo da Revista Portuguesa e um de seus festejados autores. No Ranking de acesso àquela Revista, os brasileiros ocupam a terceira posição, antecedidos pelos portugueses (segunda posição) e americanos (primeira posição. Na oportunidade, cumprimentamos Nuno Pereira da Silva, augurando, muitas felicidades acadêmicas e compartilhamos com amigos residentes em Portugal. Voltar atrás
O Portão das Armas da Academia da Polícia Militar Mineira é um Pórtico Colonial

Ao longo dos anos muitas pessoas passaram e continuam a passar pela Rua Diabase, no bairro do Prado, em Belo Horizonte e não se dão conta do Pórtico edificado para celebrar os 100 anos da Independência do Brasil. O Portão das Armas da Academia de Polícia Militar é um marco incorporado ao patrimônio da Capital das Alterosas. Foi edificado durante o Governo de Afonso Vaz de Melo, à frente da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; quando o Governador do Estado de Minas Gerais era Arthur Bernardes e o Presidente da República Epitácio Pessoa. O Pórtico edificado no Prado Mineiro, no ano de 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, é uma manifestação de um estilo de época da arquitetura portuguesa denominado “Estilo Colonial” presente nas colônias portuguesa e adotado em alguns locais da Metrópole. As linhas geométricas e os azulejos azuis emprestam caráter ao estilo arquitetônico que se multiplicou por todas as possessões portuguesas pelo mundo e ganha significativa expressão no início do século XX com uma apurada maturação que vai encantar os arquitetos em Portugal e particularmente no Brasil. Um Pórtico tinha diversas funções nas cidades – historicamente abundavam nas Cidades-Estados Européias e nos Coutos de Portugal – nos séculos XVI a XVIII era o local onde se dava o controle de fronteiras; acontecia a tributação dos produtos que entravam e saiam das muralhas das cidades e por onde passavam as tropas militares nas derrotas e nos triunfos. O Pórtico do Prado Mineiro edificado para as Comemorações dos 100 anos da Indepedência do Brasil, teve um significado muito importante – já distante da concepção original dos séculos XVI a XVIII – que foi galardoar as pessoas que participaram da Feira dos 100 anos da Independência do Brasil, transpor o Pórtico do Prado Mineiro e ser parte da Feira era um privilégio e uma responsabilidade institucional para com a República. Naquela época a posse dos novos Prefeitos e Governadores se dava no dia 07 de Setembro e a posse do Presidente da República se dava no dia 15 de Novembro. Assim, no dia 07 de Setembro de 1922 Flávio Fernandes dos Santos assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte e Raul Soares de Moura o Governo do Estado de Minas Gerais, tendo como vice-governador Olegário Maciel. O Presidente da República que tomou posse em 15 de Novembro foi Arthur Bernardes, o ex-governador de Minas Gerais. Obviamente que não estava, sobre a disponibilidade da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, o espaço onde hoje temos o Pórtico e que nem tampouco o atual Portão das Armas da Academia de Polícia Militar se presta ao objetivo inserido na sua concepção. Mas, independente disso, como nas palavras do Coronel Idimar Vilas Boas, o Portão das Armas da Academia de Polícia Militar presta-se a nos lembrar que: “ A grandeza da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais também foi feita pelo sangue dos que tombaram envergando a sua farda e sobre a sombra da Bandeira do Brasil”. Tanto o Pórtico edificado no Prado Mineiro em Belo Horizonte – MG, no ano de 1922, como um prédio que está localizado na cidade de Aveiro em Portugal, edificado no início do século XX, nos remetem claramente ao conceito de estilo arquitetônico aqui abordado, não permitindo qualquer especulação que tenha o condão de divagar sobre o tema. As fotos que se seguem, sobre ambas edificações, falam por sí.
Policiais militares alagoanos participam do relançamento do livro “Pequena História da Polícia Militar de Alagoas”
Uma postagem publicada no portal da Polícia Militar do Estado do Alagoas (PMAL) informa sobre “o relançamento do livro ‘Pequena História da Polícia Militar de Alagoas’, uma obra produzida pelo Centro Universitário Cesmac, e escrita por Félix Lima Júnior.” O evento aconteceu na “manhã desta sexta-feira (27), na sala do Centro Musical da Polícia Militar, localizado no Quartel do Comando Geral (QCG), Centro de Maceió” e muito significativo para a Instituição Militar Estadual e os profissionais alagoanos de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Leia mais informações no post publicado, no portal da PMAL, e transcrito a seguir: Na oportunidade, o comandante-geral da PM, coronel Marcos Sampaio, recebeu de forma simbólica 200 exemplares do livro, que foram entregues pelo reitor da universidade, João Sampaio. O volume constitui uma reimpressão integral da obra editada em primeira edição no ano de 1990, no qual, foram atualizadas as normas técnicas e ortográficas, sendo acrescida uma lista complementar dos comandantes da Instituição. O livro proporciona um contato com importantes acontecimentos da própria história de Alagoas, nos quais a Polícia Militar marcou presença. Também são relatados os diversos seguimentos da Corporação, como a Banda de Música, a Cavalaria, seus hinos e fardamentos. O comandante-geral da PM, coronel Marcos Sampaio, enalteceu a parceria realizada entre as instituições, como também, citou a importância que o livro terá para os policiais militares. “Costumo dizer que uma instituição sem história não tem futuro, pois a história serve de referência, inclusive, para tomadas de decisões. Este livro precisa se tornar um objeto de estudo permanente de nossos membros, pois conta com riqueza de detalhes os feitos de nossa Corporação, acontecimentos que precisam ser divulgados por todos os seus 185 anos de serviços prestados a sociedade”, explicou Marcos Sampaio. Durante o seu discurso, João Sampaio frisou o seu bom relacionamento com a Corporação. “É uma honra e um prazer poder voltar a este prédio onde sempre fui muito bem tratado, desde os tempos em que ocupava uma das cadeiras na Assembleia Legislativa de nosso Estado. A Polícia Militar possui todo o meu respeito, nós que fazemos parte da sociedade precisamos dar um apoio especial a estes homens e mulheres que diariamente vão as ruas para nos defender”, afirmou o reitor. Pré-lançamento do DVD da Banda de Música da PM Complementando a cerimônia, foi realizado o pré-lançamento do DVD do Centro Musical da Corporação, gravado no último Dia do Soldado, comemorado em 25 de agosto. As imagens foram registradas durante a edição do Programa Vem Ver a Banda Tocar, nas manhãs de domingo, no Espaço Geruza Malta, orla de Ponta Verde. Criada em 1851, A Banda de Música leva arte e cultura para a sociedade, representando de forma brilhante a Polícia Militar de Alagoas, por meio do programa Vem Ver a Banda Tocar, Música é Saúde, Bloco Vulcão, e participação em diversas solenidades militares e eventos como o Grande Concerto de bandas militares do Estado. Fonte: PMAL.
Policiais militares participaram, em Abaeté-MG, do Fórum Regional do Governo do Estado de Minas Gerais

Policiais militares das 7ª e 14ª regiões de Polícia Militar participaram, em Abaeté-MG, do Fórum Regional promovido pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Na oportunidade, os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), tiveram a oportunidade de compartilharem, com os participantes do evento, algumas informações históricas, educacionais e “socioculturais de expressão e tradição desenvolvidos pela Unidade sede do encontro”. Leia mais informações, na notícia publicada, no portal da PMMG, e transcrita em seguida: A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) participou do Fórum Regional do Governo do Estado de Minas Gerais que ocorreu na cidade de Abaeté. A corporação, como membro do Colegiado Executivo, apresentou ações e serviços relevantes em formato de uma feira de estandes. A atividade, ocorrida na última quinta-feira (20), promoveu a aproximação do Estado com a população e envolveu municípios da 7ª e 14ª regiões. Os estandes do fórum abordaram assuntos como: histórico do 7º BPM e dos 40 anos da 7ª RPM, histórico e dados relevantes do Colégio Tiradentes de Bom Despacho, exposição de projetos da 7ª Cia Independente de Meio Ambiente e Trânsito, apresentação de eventos socioculturais de expressão e tradição desenvolvidos pela Unidade sede do encontro, divulgação de serviços e dicas PM como medidas de autoproteção, dentre outros. O evento contou com as presenças do governador do Estado, Fernando Pimentel; do comandante-geral da PMMG, coronel Helbert Figueiró de Lourdes; do chefe do Gabinete Militar do Governador, coronel Fernando Arantes; do secretário de Estado de Esportes, Arnaldo Gontijo; da subsecretária de Política sobre Drogas, Patrícia Magalhães Rocha; de deputados federais e estaduais; do comandante da 7ª região, coronel Carvalhaes e do subcomandante do 7º BPM, major Elias. A Banda de Música recepcionou os convidados do encontro com um repertório requintado e eclético e, na abertura da solenidade, executou o Hino Nacional Brasileiro. Fonte: PMMG.
A PMMG em Bom Despacho.
João Bosco de Castro: Professor titular emérito de História da PMMG e de Historiografia de Polícia Militar na Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro. Li na página 5 do Jornal de Negócios ̶ Destaque, edição de 4 a 10 de junho de 2017, o texto A PMMG ajudou a fundar Bom Despacho, do Colunista consagrado Tadeu Antônio de Araújo Teixeira. Rica de boas informações e arroubamentos enfatuados, a narrativa de Tadeu Araújo não condiz com a História Maiúscula da Polícia Militar de Minas Gerais nem com os registros da fundação de Bom Despacho. A Polícia Militar de Minas Gerais não ajudou a fundar Bom Despacho, muito menos poderia tê-lo feito, simplesmente porque essa respeitável e gloriosa Corporação da Paz Social, àquela época (“Por volta de 1767, ou um pouco antes, ….”), ainda não existia. Se existisse, como primeira força policial-militar autêntica e legitimamente brasileira, não teria sido na situação de “…. tropa composta de soldados da Milícia (PMMG) de Pitangui, de combatentes civis e mercenários dos batalhões dos Capitães de Mato, ….”, mas no dignificante estalão de força regular de primeira linha, como sempre o foi. “Por volta de 1767, ou um pouco antes, ….”, as tropas da Milícia de Pitangui eram forças irregulares e mercenárias decorrentes do Bando ou Regimento dos Capitães-Mores instituído pelo Rei português Dom Sebastião, em 1570, e, principalmente, do Terço de Ordenanças do Interior, estatuído pela Carta-Régia Portuguesa de 20 de janeiro de 1699. A autoridade policial do Capitão de Ordenanças foi regulamentada pela Carta-Régia Portuguesa de 1709. A PMMG nunca foi tropa de capitão-mor nem de terço de ordenanças. Essas tropas irregulares e mercenárias, dotadas de hierarquia militarizada mas destituídas da necessária chama da disciplina militar, não eram remuneradas pelo Erário Régio nem podiam enquadrar-se na definição dada ao conceito de Bandeira (ou Companhia): força militar desbravadora, composta de um capitão, um alferes, um meirinho, um escrivão, um furriel, dez cabos e dez esquadras de vinte e cinco soldados cada uma. Segundo o rito do ato normativo sebastianino de 1570, o capitão e o alferes da Bandeira tinham as honrarias e privilégios de Cavaleiro, mesmo se não o fossem. A Entrada era força paramilitar arbitrária e desorganizada, mercenária e desbravadora, às vezes chefiada pela sanha de um capitão do mato, mais dada à perseguição de quilombolas e à captura de selvagens indóceis. Ao local onde se estabelece Bom Despacho não chegou tropa militar regular nem Bandeira, “…. por volta de 1767, ou um pouco antes, ….”, mas força irregular, horda perseguidora de quilombolas assentados nas cercanias dos Rios Pará, Lambari, Picão e Alto-São Francisco. Aquilo era Entrada, e não PMMG! A Polícia Militar de Minas Gerais, até então inexistente, não se prestaria a empreendimentos de força militar irregular nem a tretas de capitão do mato. Nos assentamentos dessa Força Pública da Paz Social, em Bom Despacho, não há nada de fé de ofício militar de João Gonçalves Paredes, nem de Luís Ribeiro da Silva, nem de Francisco Ferreira Fontes, nem do Padre Agostinho Pereira de Melo como capelão militar regular das tropas vindas da Sede da Comarca de Pitangui. Naqueles tempos, ainda não existia, no mundo, nenhuma Polícia Militar nem o embrião da mais antiga de todas elas: exatamente a Polícia Militar de Minas Gerais, criada em Lisboa, Salvaterra dos Magos, Capital da Monarquia Portuguesa, em 24 de janeiro (e não em 9 de junho!…) de 1775, por ato público assinado pelo eminente Iluminista Martinho de Mello e Castro, Ministro de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos da Coroa Portuguesa, e instalada em Cachoeira do Campo da Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar, na Capitania Real das Minas do Ouro, em 1º de julho de 1775, por ato interno do Capitão-General Dom Antônio José de Noronha, Governador da dita Capitania, com o nome de Regimento Regular de Cavalaria da Capitania de Minas, a legendária “Tropa Paga”, força regular de primeira linha. Esse Regimento Regular de Cavalaria de 1775 (de oito, “…. ou um pouco….” mais, anos depois da fundação de Bom Despacho) é a Pujante e Seivosa Raiz da Primeira Polícia Militar do Brasil, a Polícia Militar de Minas Gerais, também detentora da marca intransferível de ser a Mais Antiga Força Pública do Mundo. Exatamente isso! O Regimento Regular de Cavalaria da Capitania Real das Minas do Ouro, hoje denominado Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes ─ insofismável origem desse inatacável Exército da Paz Social Mineiro ─, foi criado e instalado vinte anos antes das duas instituições policial-militares registradas como se fossem as duas primeiras Forças Públicas do Mundo: a Gendarmerie Nationale (atual Polícia Militar Francesa) e a Koninklijke Maréchaussée (a Real Polícia Militar da Holanda), criadas ambas, com assentamento indiscutível, em 1795, sobre a rocha de poderosa consistência iluminista e humanitária do artigo XII da redemocratizante Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, cuja letra normativa assim nos impõe: “A garantia dos direitos do Homem e do Cidadão carece de uma força pública; esta força é, pois, instituída para vantagem de todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.” O eixo-mor dessa declaração jurídica e filosófico-científica da Revolução Francesa de 14 de julho de 1789, particularmente em seu transcrito artigo XII, ratifica o espírito público da Politeia de Platão (traduzida como República, ou Coisa do Povo, arrimo soberano e claríssimo do conceito de Polícia), do século V – IV a.C., e estatui verdade sobranceira, infelizmente ainda não adotada pelo Poder Público Brasileiro: a força pública (ou a polícia militar, ou toda e qualquer organização policial) há de ser infensa às manipulações engendradas por governo ou pressão política, porque força pública é recurso de estado, sustentáculo do Homem e do Cidadão, proteção do Povo e da vontade cívica, social, humana, majoritária e maiúscula dEste, e não dos amanhadores de poder nas hordas de governo. As “Instruções ao Senhor Governador…”, ou “Instruções do Senhor Martinho de Mello e Castro, para se regular a Tropa Paga de Minas, e Auxiliares, e sobre outros objetos”, assinadas, como já se
I Colóquio Discutindo o Acervo da Polícia Militar da Bahia
Na programação da I Semana Nacional de Arquivos, promovida pelo Arquivo Nacional, realizou-se o I Colóquio Discutindo o Acervo da Polícia Militar da Bahia. Sobre esse importante evento, leia mais informações, na notícia publicada no portal da PMBA que foi transcrita a seguir: Aconteceu na manhã desta quinta-feira (8), no Quartel dos Aflitos, o I Colóquio Discutindo o Acervo da Polícia Militar da Bahia. O evento foi organizado pelo coordenador de Documentação e Memória do Subcomando Geral da PM, major Raimundo Marins, e está inserido na programação da I Semana Nacional de Arquivos, promovida pelo Arquivo Nacional. O I Colóquio Discutindo o Acervo da Polícia Militar da Bahia propõe-se a oferecer um extrato aos públicos interno e externo das pesquisas baseadas no acervo histórico, conhecer a experiência dos profissionais nelas envolvidos e fomentar o interesse da comunidade em geral pela ciência concentrada na documentação. O evento contou com a presença do comandante geral da PMBA, coronel Anselmo Brandão, alunos de mestrado e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) que ministraram palestras resultantes de pesquisas do acervo histórico da PM e tiveram como temas “Aspectos do Processo de Restauração dos Livros Históricos da PMBA”, “A Trajetória da Banda de Música Maestro Wanderley através de seus Arquivos Históricos” e “Acervos Históricos: para que preservar?”. Para o coronel Anselmo Brandão são de grande importância a conservação e difusão dos acervos da Polícia Militar. “Quero agradecer ao major Marins pelo excelente trabalho desenvolvido para a preservação da nossa memória e pelo estudo da história do Quartel e consequentemente da história da Bahia”, declarou o comandante. A aluna Iramaia Ferreira, do curso de Letras da UFBA, considerou o evento muito produtivo. “Foi muito significativo e importante para nós estudantes e para a memória da sociedade baiana”, afirmou. E para encerrar o evento o major Marins ressaltou o objetivo dessa iniciativa. “A Polícia Militar da Bahia abriu seus arquivos para o conhecimento da história da sociedade. Esta é a materialização do sonho de abrir as portas do Quartel para que todos tenham acesso às suas memórias”, finalizou o major.
Em Rondônia, policiais militares contam a “História do Alferes Tiradentes!”
Muito interessante a iniciativa do Comando da Polícia Militar do Estado da Rondônia (PMRO)! Quando era Tenente Coronel, o atual Coronel PM Ênedy Dias de Araújo — Comandante geral da PMRO, realizou uma pesquisa que é destaca abaixo neste post. Decidiu, então, que o conteúdo do relatório da pesquisa fosse repassados a escolares e o resultado da atividade programada alcançou “2.307 alunos das escolas estaduais em Rondônia. A decisão ora divulgada concretizou a estratégia de comando que aproxima os profissionais de polícia ostensiva e preservação de ordem pública, da PMRO, junto às crianças e adolescentes, numa atividade escolar, no ambiente de convivência dos alunos, como possibilidades de diálogo! Imagina-se como seria a imaginação da juventude que assistiu a palestra de História, contada por um(a) policial militar rondonense, sobre um herói nacional e que foi membro de uma outra Polícia Militar! Parabéns ao Comando pela decisão e pela certeza que a história contada é a que mais se aproxima da realidade! Parabéns aos policiais militares que participaram desse empreendimento! Leia, na íntegra, as informações da notícia e do relatório de pesquisa publicados no portal da PMRO. Homenageado em 21 de Abril em todo o território nacional, o patrono das polícias militares brasileiras e cívico da nação braileira, alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, teve seus feitos históricos levados a conhecimento de 2.307 alunos das escolas estaduais em Rondônia, durante o mês de abril de 2017. Os policiais militares levaram aos alunos toda história do patrono Cívico da Nação Brasileira. Em sua carreira militar , aos 18 anos optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia. Leia o trabalho de Pesquisa realizado pelo coronel PM Ênedy Dias de Araújo, atual comandante geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, sobre o homenageado. Deste trabalho de pesquisa realizado pelo então tenente coronel PM Ênedy Dias de Araújo, os policiais repassaram aos alunos das escolas estaduais. Trabalho de Pesquisa realizado por: Ênedy Dias de Araújo, à época da pesquisa, Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado de Rondônia. Dentro do texto, publicamos fotos [destacadas acima, neste post] dos alunos em vários municípios rondonienses. Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER Alcunha: O TIRADENTES Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 esta data também é mencionada como o dia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento. Local de Nascimento: Fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila de São Del Rei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade de Tiradentes, no Estado de Minas Gerais. Filiação: Pai Domingos da Silva Santos, português (nascido no Brasil), pequeno fazendeiro homem de algumas posses pertencia a elite branca civil e servira como Almotecê na Câmara da Vila de São José Del Rei. Mãe Antonia da Encarnação Xavier, brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dos MAZOMBOS. Família: Ficou órfão de mãe aos noves anos e de pai aos onze anos. Dos onze aos dezoitos anos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia e medicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, dois dos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço, José, seguiu a carreira militar, chegando ao Posto de Capitão de Milícias. Morreu solteiro, contudo, teve relacionamento com uma viúva, Antonia do Espírito Santo, moradora nos arredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina. Educação: Aprendeu as primeiras letras com o irmão mais velho. Mesmo sem ter feito estudos regulares, adquiriu razoável soma de conhecimentos: recibos e petições por ele assinados apresentam boa redação. Em sua maturidade, revelou interesse pelas idéias avançadas da época, em particular pelas que inspiraram a independência dos E.U.A., cuja constituição estudava atentamente Com o seu tio e padrinho a aprendeu as noções básicas de medicina e odontologia, de onde lhe adveio o apelido de Tiradentes, conforme afirmou um contemporâneo seu: Tirava com efeito os dentes com a mais sutil ligeireza, e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais. Além da odontologia e da medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor de um projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, mediante a canalização dos rios Andaraí e Maracanã, e projetou construir, na mesma cidade, armazéns e um trapiche para embarque de gado. Também tinha idéia de instalar em Minas Gerais uma fábrica de ferro. Profissões: Exerceu várias profissões: tropeiro mascate minerador dentista. Dedicando-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo freqüentes viagens entre São João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimento com a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetos intermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião-dentista a que só podia dedicar-se sem estabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregados humildes das grandes propriedades rurais. Mal remunerado nessas profissões, ingressou no Regimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais. Carreira militar: Encontrei dois relatos sobre a carreira militar de Tiradentes. Um destes relatos foi citado apenas uma vez. O outro foi citado em vários outros textos pesquisados e que considero o mais certo. No histórico encontrado apenas uma vez em nossas pesquisas, descreve o seguinte: Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fato de pertencer a elite branca e de possuir uma utilíssima habilidade técnica, que era a de dentista. Durante o período de 1777 a 1779 esteve morando no Rio de Janeiro em missão oficial. Servindo nas forças
“Controvérsias sobre o Alferes”!
Nesta semana, os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública homenageiam o Alferes* Tiradentes — Patrono de suas respectivas Instituições Militares Estaduais. As histórias e estórias sobre Tiradentes são muitas. Mas, a História é, certamente, a que confere veracidade, pois é fruto de pesquisas a documentos e a historiadores respeitados, com os respectivos registros. Um desses registros históricos é A Polícia Militar através dos tempos — dos Primórdios ao Regimento Regular de Cavalaria (volume I) Naquele compêndio, encontram-se as “Controvérsias sobre o Alferes”, onde o autor destaca algumas considerações históricas sobre o bigode e a barba do Alferes Tiradentes, que têm sido motivo de falácias descabidas. Em seguida, destacam-se as informações referenciadas: Bigode Tiradentes nunca usou bigode, mas alguns historiadores dizem que sim. O engano é comum entre aqueles que não estão familiarizados com a História Militar. Baseiam eles no fato de ter Tiradentes procurado o Vice-Rei do Rio de Janeiro, em maio de 1789, por estar sendo seguido por dois granadeiros à paisana. Diante da mais alta autoridade política e militar do Brasil-Colônia, o Alferes Xavier, corajoso, franco e destemido, instou-lhe:desejo saber porque estou sendo vigiado por dois granadeiros à paisana e sem bigode. Interpretando a frase sem bigodes, sem maiores conhecimentos da arte militar, certos biógrafos de Tiradentes escreveram que o Alferes usava bigode. Se, todavia, tivermos cuidando de retroceder à origem dos granadeiros, lá nos séculos XVI/XVII, veremos que, no início, eles não formavam corpos separados, faziam parte de uma ou duas Companhias do Regimento — Infantaria ou Cavalaria. Daí, a necessidade de fazê-los usar bigode para diferenciá-los do restante da tropa. E somente eles poderiam usá-lo. Na primeira e na segunda décadas do século XIX, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, é que o costume de bigode ou de costeleta na Infantaria ou Cavalaria, respectivamente, se tornou usual. D. Pedro I, nosso Primeiro Grande Imperador, Comandante em Chefe das Armas de Cavalaria e de Infantaria, usava os dois: costeleta e bigode. Enganam-se os que dizem que Tiradentes os tenha usado. Barba Outro engano. Os homens bons, isto é, aqueles que podiam votar e ser votados, e os da nobreza adquirida ou de sangue não usavam barba nem bigode. Seguiam-se os costumes anglo-franceses da época e isso não se permitia. Tiradentes pertencia a uma família de destaque. Seu pai fora inclusive vereador, posição sociopolítica invejada e respeitada naqueles tempos Além do mais, Joaquim José da Silva Xavier, sendo Alferes, de acordo com o Regulamento do Rei D. Sebastião, de 28 de Julho de 1570, era nobre. A barba do alferes Xavier surgiu, a partir de 1872, quando o Partido Republicano ganhou espaço propagandístico, após o término da Guerra do Paraguai. Na época, cem anos depois da morte de Joaquim José, o uso da barba era moda entre as grandes autoridades civis e militares. Nos Estados Unidos, Lincoln era um respeitável exemplo. No Brasil: Dom Pedro II, Caxias, Tamandaré, Rio Branco e tantos outros. segundo o historiador Augusto de Lima Jr., contrataram o pintor italiano Angelo Agostinho para pintar o Alferes. O artista usou um quadro de Jesus Cristo como modelo. Quando se implantou a República, foi esse quadro reproduzido nos livros de História. A estátua existente defronte à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro seguiu o mesmo padrão. E, assim, outras. Não tem fundamento o argumento simplista de que Tiradentes ficou barbudo na prisão: era proibido usar pelos no rosto e na cabeça, a fim de evitar muquiranas (piolhos). Na Casa de Misericórdia, havia um funcionário para cuidar dos presos diariamente. Com relação a Tiradentes, ele não usava o serviço do barbeiro para barbear-se. Ele possuía duas navalhas e um espelho na prisão, com os quais ele cuidava de sua higiene facial. Tiradentes foi executado escanhoado e cabeça completamente raspada. Queira-se ou não se queira, foi assim que Tiradentes foi morto. A história é esta! * Alferes é uma palavra de origem árabe. Formada pelo artigo al + faris, fairis (do Persa e do Árabe: cavaleiro), significa, em Português, cavaleiro, escudeiro. Também pode significar cavalheiro, o que quer dizer pessoa polida, conhecedora de etiqueta; homem muito educado no relacionamento com seus semelhantes, sobretudo com as mulheres; Alferes pode ser também, portanto, um “gentleman”. Há pessoas que afirmam ser o Alferes de origem latina — aquilifer — significando o legionário que conduzia a insígnia de uma imponente águia, símbolo da força dos antigos exércitos romanos. Não obstante o latin ser nossa língua-mãe, o árabe exerceu grande influência no vocabulário português durante o período em que dominou a Península Ibérica. Para nós, o mais correto é considerar a palavra como sendo de origem árabe, como quer a maioria. Na Alemanha era o posto de Oficial-aluno. Na França, chamava-se enseigne, porque a bandeira que conduzia tinha o nome de enseigne; no final do séc. XVIII, foi substituído por sous-lieutenant (subtenente). Nos Estados Unidos, a partir de 1800, Alferes significava oficial-aluno. O posto de Alferes sobreviveu, no Brasil, no Exército e nas Polícias Militares, até 1930. Na página encontra-se o link de acesso ao seriado “Liberdade Liberdade”, da Rede Globo de Televisão, onde é possível ver , no episódio final, Tiradentes, sem barba e sem bigode, antes de ser enforcado. Fonte:Pontopm.
Polícia Militar de Santa Catarina distingue seu Patrono: o Alferes Tiradentes!
Foi destacado em Alferes Tiradentes e sua importância histórica para os brasileiros que “os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública da Polícia Militar do Mato Grosso (PMMT) dão um notável exemplo para todos os demais membros das instituições militares estaduais do Brasil”. Verificou-se, posteriormente, que os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública da Polícia Militar de Santa Cantarina (PMSC) procedem de igual modo, encaminhando-se para a modernidade, sem ignorar os feitos do passado, a fim de destacar-se como uma Instituição Militar Estadual (IMA) presente e proativa. Nesse entendimento, os valiosos profissionais catarinenses demonstram, também, a importância dos valores históricos na elaboração da própria história que é legada aos jovens membros da IME, evitando-se incluir entre aqueles protagonistas ressaltados, assim, por Carl Sagan: A história está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruíram conhecimentos de imensurável valor que em verdade pertenciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo. Carl Sagan. No portal da PMSC, econtramos um destaque especial sobre o Alferes Tiradentes, com os seguintes dizeres: Joaquim José da Silva Xavier nasceu na Vila de São José Del Rei – atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais, em 1746. Exerceu diversos trabalhos entre eles tropeiro e minerador e por fim Alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais. Alferes Tiradentes lutou pela independência do Brasil, num período em que nosso país sofria o domínio e a exploração de Portugal, refletidos na opressão fiscal, nos impostos extorsivos, na corrupção e nos desmandos das autoridades lusitanas. Patriota, idealista e determinado, unido a integrantes da aristocracia mineira começa a fazer parte do movimento dos inconfidentes cujo objetivo principal era transformar o Brasil numa República independente de Portugal. Por sua capacidade de organização e liderança foi escolhido para liderar a Inconfidência Mineira. O movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais em 1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis. Em 1792 os inconfidentes foram julgados e condenados, sendo exilados na África após três anos de cárcere. Porém, Tiradentes foi condenado à forca, sendo executado em 21 de abril de 1792, na cidade do Rio de Janeiro. Partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, sua casa foi queimada e seus bens confiscados. A história da Inconfidência Mineira se confunde com a vida dos Inconfidentes. Neste movimento revolucionário, além da atuação pessoal de cada integrante, podemos sentir a transformação de uma sociedade inteira, com seus pequenos e grandes casos, com seus avanços e recuos, sua perplexidade, desespero e busca por uma situação melhor do que aquela resultante da condição de colônia. Apesar de existir uma corrente histórica revisionista, é inegável que Tiradentes teve papel destacado na conspiração e que sua participação foi decisiva para que o movimento ficasse marcado na história. A Independência do Brasil tornou-se o motivo de sua vida, não se importando com a entrega de seu bem maior naquela revolução. Seu modo de agir contrastava com os dos outros conspiradores, pois falava abertamente sobre a necessidade da revolução e pregava-a em qualquer lugar. Por sua demonstração de amor à Pátria foi homenageado em 1946, quando o então presidente Eurico Gaspar Dutra assina o Decreto-Lei nº 9208 de 29 de abril, instituindo o dia 21 de abril como o Dia das Polícias Militares e Civis, sendo o Mártir da Independência considerado o Patrono Cívico da Nação e das Polícias Militares e Civis do Brasil. O Alferes Tiradentes honrou com sua própria vida valores éticos e morais, valores inerentes à atividade policial militar. Embora este movimento de libertação não tenha atingido seus ideais, a participação de Tiradentes foi um importante fator para a formação da Nação Brasileira . Seu exemplo serve de motivação para nossa labuta diária no cumprimento de nossa missão constitucional, superando obstáculos existentes na garantia dos direitos à igualdade, à segurança, à liberdade e à vida com dignidade à sociedade catarinense. Fonte: PMSC.
Alferes Tiradentes e sua importância histórica para os brasileiros.
Os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública da Polícia Militar do Mato Grosso (PMMT) dão um notável exemplo para todos os demais membros das instituições militares estaduais do Brasil. No portal da PMMT, encontra-se um espaço específico, destinado ao Alferes Tiradentes. É importante destacar que, neste mês de abril, no dia 21, não há apenas um feriado nacional. Há, certamente, muitas manifestações comemorativas que reverenciam o notável companheiro de profissão, que era dotado de um ideário de liberdade, digno de admiração e um exemplo a ser seguido. Tiradentes demonstrou comprometimento público de proteção aos seus concidadãos: um ideal desejável aos profissionais brasileiros de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. A partir de sua morte horrenda, odiosa e covarde, iniciaram as tentativas de apagá-lo da memória dos brasileiro, conforme queria a Coroa Portuguesa, ou desfigurar sua lhaneza, intrepidez e honradez de miliciano, conforme se vê no filme que o reduz a um simples: “Joaquim” Devemos, resolutos, fazer coro com Paulo da Costa e Silva — Jornalista da Revista de História da Biblioteca Nacional — quando firma que: O ideal não é desconstruir o mito, mas procurar compreender sua construção, como se forjou Tiradentes como salvador da pátria, como a figura mais importante de nossa História, com direito inclusive a um feriado, o 21 de abril. Leia, a seguir, as informações sobre Tiradentes, no portal da PMMT, onde é distinguido na condição de Patrono. Joaquim José da Silva Xavier, alferes de milícia, alcunhado de Tiradentes por ser dentista prático, é, sem dúvida alguma, o maior herói brasileiro. Seu feito de coragem e amor a Pátria fez com que se destacasse entre todos os outros que tombaram nas revoltas que lutaram pela Independência do Brasil. Pelo fato de ter mostrado grande bravura e exercer sua labuta nas milícias que cuidavam da ordem pública na época do Brasil Colônia, por justiça fora aclamado como Patrono das Polícias Militares do Brasil. O movimento da Inconfidência Mineira pretendia libertar o Brasil de Portugal e essa idéia se fortificou com a Independência dos Estados Unidos da América do Norte. Tiradentes, considerado o líder da Revolução, nasceu no dia 17/11/1746 na fazenda pombal em Minas Gerais. Foi mascate, minerador e dentista prático. Aos dezoito anos optou pela carreira das armas, alistando-se, em 1º de dezembro de 1775, no posto de Alferes, no Regimento de Dragões de Minas Gerais, equivalente à Polícia Montada dos nossos dias. Serviu nas forças de defesa contra possível invasão espanhola e, no ano de 1780, esteve na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais, como Comandante do Destacamento local encarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco. Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a Independência norte-americana e cada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto. Sempre procurava convencer as pessoas sobre as suas idéias. Em Vila Rica, tornou-se o principal articulador da conspiração para a libertação do país. Organizou um grupo do qual faziam parte pessoas de grande projeção na capitania. Era, ao mesmo tempo, um idealista e um espírito prático. Não hesitava em fantasiar os fatos para atingir seus objetivos. Inventou, por exemplo, que o novo governador trazia instruções para que as fortunas particulares em Minas, não ultrapassassem dez mil cruzados. Garantiu a todos o apoio de potências estrangeiras à conjuração. Em fins de 1788, aconteceu a primeira reunião dos conspiradores na casa do Tenente-Coronel Paula Freire. A ele, se unira o Padre Carlos Correia de Toledo, vigário de São João Del Rei, homem rico e influente, e a conspiração foi crescendo com a participação do Cônego Luiz Vieira da Silva, do Padre Rolim, Tomás Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto e outros que no decorrer do tempo se juntaram aos primeiros. Tiradentes teve papel destacado na conspiração e a sua participação foi decisiva. Entregou-se de corpo e alma ao movimento. A Independência do Brasil se tornou o motivo de sua vida, pois radicalizou sua posição a ponto de não se importar com a entrega da própria vida naquela revolução, preparada silenciosamente por homens notáveis. Seu modo de agir contrastava com o dos outros conspiradores, pois falava abertamente sobre a necessidade da revolução e pregava-a em qualquer lugar. Sabia do desejo do povo mineiro, por este motivo não receava em se abrir com quem quer que fosse, assim como não escolhia o momento nem o lugar. O que Tiradentes não esperava é que um dos integrantes do grupo acabasse com o sonho de um país livre. Joaquim Silvério dos Reis, que se fingia ser amigo dos conspiradores e participava das reuniões, delatou o grupo aos representantes da Coroa Portuguesa. Todos os inconfidentes foram presos, porém Tiradentes encontrava-se na casa de seu amigo Domingos Fernandes da Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, onde, no dia 10 de maio de 1789, foi preso e ficou incomunicável por aproximadamente três anos e, nesse período, só foi visitado por seu confessor, o Padre Raimundo Penaforte. No dia 18 de abril de 1792, foi proferida a sentença dos cinco réus padres, e no dia 19, dos demais conjurados. A Tiradentes foi proferida a seguinte sentença. “Portanto, condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da capitania de Minas, a que, com baraço e pregão, seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em lugar mais publico dela, será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos e pregado em postes pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações, até que o tempo também os consuma. Declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo os seus bens aplicados para o Fisco