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Em Rondônia, policiais militares contam a “História do Alferes Tiradentes!”

Muito interessante a iniciativa do Comando da Polícia Militar do Estado da Rondônia (PMRO)!

Quando era Tenente Coronel, o atual Coronel PM Ênedy Dias de Araújo — Comandante geral da PMRO, realizou uma pesquisa que é destaca abaixo neste post.

Decidiu, então, que o conteúdo do relatório da pesquisa fosse repassados a escolares e o resultado da atividade programada alcançou “2.307 alunos das escolas estaduais em Rondônia.

A decisão ora divulgada concretizou a estratégia de comando que aproxima os profissionais de polícia ostensiva e preservação de ordem pública, da PMRO, junto às crianças e adolescentes, numa atividade escolar, no ambiente de convivência dos alunos, como possibilidades de diálogo! Imagina-se como seria a imaginação da juventude que assistiu a palestra de História, contada por um(a) policial militar rondonense, sobre um herói nacional e que foi membro de uma outra Polícia Militar!

Parabéns ao Comando pela decisão e pela certeza que a história contada é a que mais se aproxima da realidade!

Parabéns aos policiais militares que participaram desse empreendimento!

Leia, na íntegra, as informações da notícia e do relatório de pesquisa publicados no portal da PMRO.

Homenageado em 21 de Abril em todo o território nacional, o patrono das polícias militares brasileiras e cívico da nação braileira, alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, teve seus feitos históricos levados a conhecimento de 2.307 alunos das escolas estaduais em Rondônia, durante o mês de abril de 2017. Os policiais militares levaram aos alunos toda história do patrono Cívico da Nação Brasileira. Em sua carreira militar , aos 18 anos optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia.

Leia o trabalho de Pesquisa realizado pelo coronel PM Ênedy Dias de Araújo, atual comandante geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, sobre o homenageado. Deste trabalho de pesquisa realizado pelo então tenente coronel PM Ênedy Dias de Araújo, os policiais repassaram aos alunos das escolas estaduais.

Trabalho de Pesquisa realizado por: Ênedy Dias de Araújo, à época da pesquisa, Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado de Rondônia.

Dentro do texto, publicamos fotos [destacadas acima, neste post] dos alunos em vários municípios rondonienses.

Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER

Alcunha: O TIRADENTES

Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 esta data também é mencionada como o dia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento.

Local de Nascimento: Fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila de São Del Rei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade de Tiradentes, no Estado de Minas Gerais.

Filiação: Pai Domingos da Silva Santos, português (nascido no Brasil), pequeno fazendeiro homem de algumas posses pertencia a elite branca civil e servira como Almotecê na Câmara da Vila de São José Del Rei. Mãe Antonia da Encarnação Xavier, brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dos MAZOMBOS.

Família: Ficou órfão de mãe aos noves anos e de pai aos onze anos. Dos onze aos dezoitos anos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia e medicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, dois dos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço, José, seguiu a carreira militar, chegando ao Posto de Capitão de Milícias. Morreu solteiro, contudo, teve relacionamento com uma viúva, Antonia do Espírito Santo, moradora nos arredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina.

Educação: Aprendeu as primeiras letras com o irmão mais velho. Mesmo sem ter feito estudos regulares, adquiriu razoável soma de conhecimentos: recibos e petições por ele assinados apresentam boa redação. Em sua maturidade, revelou interesse pelas idéias avançadas da época, em particular pelas que inspiraram a independência dos E.U.A., cuja constituição estudava atentamente Com o seu tio e padrinho a aprendeu as noções básicas de medicina e odontologia, de onde lhe adveio o apelido de Tiradentes, conforme afirmou um contemporâneo seu: Tirava com efeito os dentes com a mais sutil ligeireza, e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais. Além da odontologia e da medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor de um projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, mediante a canalização dos rios Andaraí e Maracanã, e projetou construir, na mesma cidade, armazéns e um trapiche para embarque de gado. Também tinha idéia de instalar em Minas Gerais uma fábrica de ferro.

Profissões: Exerceu várias profissões: tropeiro mascate minerador dentista. Dedicando-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo freqüentes viagens entre São João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimento com a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetos intermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião-dentista a que só podia dedicar-se sem estabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregados humildes das grandes propriedades rurais. Mal remunerado nessas profissões, ingressou no Regimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais.

Carreira militar: Encontrei dois relatos sobre a carreira militar de Tiradentes. Um destes relatos foi citado apenas uma vez. O outro foi citado em vários outros textos pesquisados e que considero o mais certo. No histórico encontrado apenas uma vez em nossas pesquisas, descreve o seguinte: Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fato de pertencer a elite branca e de possuir uma utilíssima habilidade técnica, que era a de dentista. Durante o período de 1777 a 1779 esteve morando no Rio de Janeiro em missão oficial. Servindo nas forças de defesa contra possíveis invasões espanhola e no ano de 1780 estava na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais como Comandante do Destacamento local encarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco, onde estabeleceu correspondência com o contratador João Rodrigues de Macedo sobre alguns problemas na administração dos seus contratos naquela região e em 9 de Abril de 1781 o Alferes foi nomeado como Comandante do Destacamento do Caminho Novo com o objetivo de construir uma variante no caminho de Vila Rica para o Rio de Janeiro, e em 26 de Junho de 1781, iniciou as picadas com a pequena tropa e mais oito escravos pertencentes ao Tenente Coronel Manoel do Vale, devido a pouca mão de obra empregada, os trabalhos se tornaram lentos, porém em ritmo intenso, com isto o Alferes conseguiu fazer chegar a picada até o lugar em que foi instalado o Quartel de Porto de Meneses, onde permaneceu destacado como comandante da tropa militar de guarda do novo caminho. No ano de 1784 por indicação do Governador, o alferes é designado pela Portaria de 16 de Abril de 1784 para tomar providencias e guarnecer as fronteiras a leste da Capitania de Minas Gerais nos limites com o Rio de Janeiro.

Na segunda história encontrada, e que aparece nos demais textos pesquisados, informa o seguinte: Com pouco mais de trinta anos, sentou praça no Regimento de Dragões das Minas Gerais, sendo, em 1781, nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de Janeiro e por onde se escoavam o ouro e os diamantes extraídos na capitania. O cargo exigia bravura e vigor físico, pois o caminho, que atravessava serras e florestas, era sujeito a assaltos de índios, escravos fugidos e malfeitores.

Do posto de Alferes (equivalente hoje, ao posto de Tenente), entretanto, não saiu Tiradentes, que se queixava de haver sido preterido quatro vezes, enquanto outros, mais jovens e de menor mérito, logravam ascender na hierarquia. Acredita-se que isso se devesse ao fato de ser ele mazombo (filho de português, nascido na terra), condição que inspirava receio à metrópole. Mas, de qualquer modo, era individualmente um elemento de confiança, tanto assim que foi indicado, em julho de 1788, para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em sua viagem até Vila Rica.

Personalidade: Sonhador e idealista, era ao mesmo tempo um espírito, prático. Qualificou-o o visconde de Barbacena como “homem sem temor algum”. Alto, magro, espadaúdo, de “olhar espantado”, era eloqüente e facilmente se arrebatava ao discorrer sobre os seus planos de emancipação da terra natal. Para o cônego Luís Vieira da Silva, co-réu do processo da Inconfidência, “era um homem animoso, e se houvessem muitos assim o Brasil seria uma república florente”. Para o frei Raimundo de Pertaforte, seu confessor na prisão, foi um daqueles indivíduos da espécie humana que poêm em espanto a própria natureza… Afoito e destemido, sem prudência às vezes, e outras temeroso ao ruído da caída de uma folha.

Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a Independência norte-americana e cada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto de modo aberto e sem preocupação, pois estava entusiasmado pelo assunto, ele era loquaz e procurava convencer as pessoas das suas idéias, sempre andava apressado e agitado e devido a esse modo de ser e de agir, demonstrava o reflexo de uma personalidade exaltada e por esta razão recebeu os apelidos de além da própria palavra tira-dentes, chamam-lhe de corta-vento, Gramático, o República, o Liberdade.

A Aparência: Se não serve para a história, serve para a cultura geral demonstrar a aparência pessoal de um personagem. Em todos os países civilizados os vultos nacionais estão em telas espalhados pelos museus, escolas e instituições culturais. Infelizmente no Estado do Brasil a arte pictórica não se desenvolveu acentuadamente no século XVIII, aquela tendência verificada na Europa de se guardar as cenas familiares, por este motivo os quadros referentes a Tiradentes são todos imaginários e feitos no final do Império ou no início da República, ou seja mais de um século depois de sua existência. TIRADENTES7E o único modo de se conseguir a descrição física de Tiradentes são as referências documentais encontradas no Arquivo Histórico Ultramarino em Lisboa, em 1789 ele estava com quarenta e dois anos de idade, era branco, usava bigode e muito provavelmente não usava barba, andava com uma farda azul forrada de vermelho e adornada com fios prateados, e alguns historiadores afirmam que ele tinha uma cicatriz no rosto. Pesquisa nos Autos da Devassa, divulgada no ano do bicentenário da morte do alferes, em 1992, diz que todas as imagens do líder apresentadas até agora são fictícias. De acordo com essa pesquisa, Tiradentes não usava barba, pelo menos na época da Inconfidência. Dos autos constam a apreensão, em sua casa, em 25/11/1789, de duas navalhas e um espelho. Esses mesmos objetos foram encontrados na cela onde ficou preso por três anos. O estudo diz também que os presos eram proibidos de usar barba e cabelos longos. A imagem histórica, consagrada em vários quadros, seria então explicada pelo fato de que, na falta de registros precisos, os pintores teriam preferido retratar Tiradentes com fisionomia semelhante à de Cristo, mais favorável a um herói nacional.

A Inconfidência Mineira: A idéia de uma revolução libertadora, a exemplo da que havia sido feita na América do Norte, amadureceu no pensamento de Tiradentes à medida que tomava consciência da riqueza de sua terra e da exploração de que era vítima o seu povo por parte da metrópole. A 2 de março de 1787 pediu licença de seu regimento e viajou para o Rio de Janeiro a fim de tentar levar à prática os seus projetos de canalização de água e outros, dos quais esperava auferir recursos para tornar realidade os seu planos políticos. Para muitas pessoas começou então a falar com ardor e sem cautela sobre esses planos. No Rio de Janeiro permaneceu mais de um ano, trabalhando como dentista. Cada vez mais se apaixonava pelas idéias dos filósofos franceses e dos revolucionários norte-americanos. Entretanto, os requerimentos que encaminhara às autoridades sobre os seus projetos de obras públicas não tinham andamento. Já estava esgotado o prazo de sua licença quando foi requisitado para acompanhar a Minas Gerais a família do visconde de Barbacena, que acabava de chegar de Portugal.

Às vésperas de viajar, conheceu José Álvares Maciel (1760-1802), recém-chegado da Europa, onde estudara filosofia, química e metalurgia, homem versado nas novas idéias políticas e também interessado na emancipação do Brasil. Com esse encontro fortaleceu-se decisivamente a vocação política do alferes Joaquim José. Sua chegada a Vila Rica, em setembro de 1788, marca o início da articulação do levante, que ele passou a anunciar abertamente, apesar já ser conversa proibidíssima”. Começa a tomar corpo o movimento que passou à história com o nome de Inconfidência Mineira. Denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, a 15 de março de 1789, Tiradentes teve durante todo o processo, até sua morte, um comportamento de exemplar dignidade e heroísmo. Honrou o que prometera, ao declarar numa das reuniões preparatórias do frustrado levante: “0 papel mais arriscado, quero-o para mim”.

A Prisão: Sua prisão ocorreu a 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, para onde se deslocara novamente e onde já estava sendo seguido por espiões. Ficaria preso durante quase três anos, numa masmorra escura, totalmente incomunicável, não vendo senão o seu padre confessor. Foi ouvido quatro vezes na devassa (nome do processo ao qual foi submetido) e acareado com os seus denunciantes e os co-réus. Inicialmente negou tudo, mas em vista dos demais depoimentos, assumiu toda a responsabilidade do movimento, inocentando os demais conspiradores. Dizem os autos da devassa, reproduzindo suas declarações, que “ele, respondente, confessa ter sido quem ideou tudo, sem que nenhuma outra pessoa o movesse nem lhe inspirasse coisa alguma”. O Alferes Silva Xavier tinha uma caráter excepcionalmente elevado, pois suas respostas no primeiro depoimento em 22 de Maio de 1789 foram firmes, sem medo, não comprometeu a ninguém, não deu nenhum detalhe, não confirmou nada a respeito sobre a sua participação na conjuração, negou tudo, e cinco dias depois foi interrogado novamente e continuou negando tudo, levando o depoimento para detalhes sem importância, resistindo tudo e a todos bravamente. No terceiro interrogatório, em 30 de Maio de 1789 continuou negando firmemente, porém quando acareado com Joaquim Silvério dos Reis, sofre um forte abalo, pois até o presente momento, Tiradentes não sabia que Silvério dos Reis havia delatado a conspiração e neste momento descobriu que a revolução e os revolucionários já eram do conhecimento dos devassantes e após mais de seis meses incomunicável, ele é novamente interrogado em 18 de Janeiro de 1790, foi quando resolveu confessar a participação no movimento revolucionário, assumindo sozinho a culpa, isenta os demais participantes; diz que planejou a revolução por motivos pessoais, com isto o radical revolucionário iluminista do século XVIII lavara a alma e entregara sua vida. A estrutura moral de Tiradentes revelada por seus depoimentos é que lhe conferiu a grandeza de líder da fracassada revolução mineira de 1789, pois em todos os depoimentos que prestou até o seu enforcamento, continuou despistando e negando a participação de outras pessoas e revelando apenas o que os ministros já sabiam.

A Sentença: Lida a 18 de abril de 1792: Condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em o lugar mais público dela será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregado em postes, pelo Caminho de Minas, no Sítio da Varginha e das Cebolas , onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo-os, e seus bens aplicam para o fisco e câmara real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada, para que nunca mais no chão se edifique, e, não sendo própria, será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão, pelo qual se conserve a memória desse abominável réu.

A Morte: A sentença condenou à morte Tiradentes e mais seis réus. Estes tiveram logo a seguir sua pena comutada para degredo perpétuo. Apenas o alferes deveria pagar com a vida o seu ‘crime’. Ao saberem do ato da rainha, dito de clemência, os réus, que haviam sido todos reunidos numa sala, irromperam em exclamações de júbilo. Tiradentes manteve-se sereno, felicitou os demais pela graça que haviam alcançado e, voltando-se para o seu confessor, disse-lhe:”Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as deles!”. Segundo a sentença, seria enforcado, decapitado e esquartejado; a cabeça exibida em Vila Rica no alto de um poste, e os quatro quartos pregados em postes, pelo caminho de Minas Gerais, que ele tantas vezes percorrera; seus bens seriam confiscados, as casas em que morara arrasadas e salgadas, para que nunca mais naquele chão se edificasse; e sua memória declarada infame. Joaquim José da Silva Xavier foi executado em forca erguida no campo da Lampadosa (atual praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Depois de penosa caminhada sob o sol, na manhã do sábado do dia 21 de Abril de 1792, subiu ao patíbulo sem sombra de medo. O carrasco, um criminoso comum, montou-lhe nos ombros para abreviar o fim. A cena, segundo depoimento do padre confessor, presente à execução, causou grande consternação entre o povo, que contribuiu com substancial quantia em esmolas a fim de serem rezadas missas pela alma do condenado. As suas últimas palavras foram: Cumpri a minha palavra! Morro pela Liberdade! Além de enforcado, Tiradentes foi decapitado e esquartejado e a sua cabeça exposta em Vila Rica e os quatro quartos do corpo pendurados em postes ao longo do Caminho Novo, que ele tantas vezes havia percorido. Os seus bens foram confiscados e sua memória declarada infame.

Reconhecimento: Durante a propaganda republicana, a imagem histórica de Tiradentes começou a ser recomposta como um paladino da liberdade. Assim o descreve Silva Jardim, que foi o mais notável dos oradores da campanha:

Não era belo. Não lhe coubera instrução fora do comum, porém era sagaz, podendo de um olhar apreender o valor e a extensão de uma idéia; era um coração bem formado, generoso cheio de bondade… Sua ambição tinha os mais nobres fins; seu amor e veneração à pátria foi sem limites. Sua franqueza selvagem, sua indignação por toda vileza, seu anseio era idéia que o possuíra, eram tais que os vulgares o consideravam-no louco, e os bem nascidos estimavam-no herói.

Não foi imediato, após a independência, o reconhecimento do mérito de Tiradentes: só em 1867 é que veio a ser-lhe erguido um monumento em Ouro Preto, por iniciativa do então presidente da província, Joaquim Saldanha Marinho, que seria pouco depois um dos fundadores do Partido Republicano. Mais tarde, já sob a república, é que o 21 de abril foi declarado feriado nacional; e pela lei 4.897, de 9 de dezembro de 1965, ele foi proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira. Ele também é o Patrono de todas as Polícias Militares do Brasil. Fontes de pesquisa: Almanaque Abril, Enciclopédia Universal Paumape volume 12 e vários sites da internet do Brasil e de Portugal.

Fonte: PMRO.

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