A VERDADADE SOBRE O ESCÂNDALO DO INSS

Imagine descobrir que há mais de 30 anos sua aposentadoria está sendo saqueada por mãos invisíveis. Que, todos os meses, um valor silenciosamente some do seu benefício. E que, por trás disso, não está um hacker ou uma fraude isolada — mas uma estrutura institucionalizada, com CNPJ, carimbo oficial, assinatura digital e o aval de quem deveria te proteger. Agora, imagine que o único presidente que tentou colocar fim a isso é justamente quem a esquerda está tentando acusar. Essa é a verdade brutal por trás do escândalo que estourou no INSS. A mídia repete, como um mantra: “a fraude começou em 2019”. Mas o que eles não te contam — e o que muda tudo — é que 2019 foi o ano em que Jair Bolsonaro tentou parar essa máquina de desvio. Logo nos primeiros meses de governo, ele assina a Medida Provisória 871, que rapidamente é convertida na Lei 13.846/2019. Essa lei criou filtros inéditos contra abusos nos descontos associativos. Pela primeira vez, exigir autorização expressa, confirmar vínculo real e auditar convênios virou regra. Durante três anos, o esquema, que vinha crescendo desde os anos 90 sob governos anteriores, foi travado. Sim, travado. Os sanguessugas foram contidos. A torneira foi parcialmente fechada. Mas o sistema não esquece, nem perdoa. Em 2022, já no final do governo Bolsonaro, o Congresso — pressionado por bancadas sindicais e entidades interessadas — derruba os principais dispositivos da lei. E quando o novo governo assume em 2023, não apenas não restabelece os filtros, como mantém os convênios e permite que o esquema avance em escala industrial. A bomba explode em 2025. Estimam R$ 6,3 bilhões desviados nos últimos cinco anos. Mas isso é só a crista da onda. Um cálculo conservador — com base no crescimento real do esquema desde 1995 — revela algo muito pior: o rombo acumulado pode ultrapassar R$ 56 bilhões. Isso mesmo. Mais de cinquenta e seis bilhões de reais drenados, em trinta anos, dos aposentados brasileiros. E tudo isso sem que a maioria sequer soubesse que estava pagando uma mensalidade para uma associação da qual nunca ouviu falar. E o mais perverso? Agora tentam convencer o povo de que Bolsonaro foi o culpado. O único que tentou parar tudo. O único que, por escrito, assinou uma Medida Provisória, converteu em lei, e enfrentou o sistema. Não há um indício de que ele tenha participado, facilitado ou ignorado a fraude. Ao contrário: ele bateu de frente. Mas como ousou desafiar o sistema, tornou-se alvo do próprio sistema. Hoje, querem que você acredite que o incêndio começou no momento em que o bombeiro chegou com o extintor. Essa inversão de culpa é a tática preferida de uma elite burocrática que nunca viveu da verdade, mas do controle da narrativa. Eles sabem que o povo esquece rápido, que manchetes moldam julgamentos, e que repetir uma mentira basta para transformá-la em “versão oficial”. Mas não desta vez. O que temos diante de nós não é apenas um escândalo. É uma revelação de como o Brasil foi lentamente assaltado por dentro do próprio Estado, por décadas. De como o silêncio institucional virou cúmplice, de como a indignação seletiva da mídia poupa os amigos e crucifica os opositores, e de como o sistema preferiu retomar a corrupção do que admitir que alguém fora da engrenagem poderia ter acertado. Não, o esquema não começou em 2019. O que começou em 2019 foi uma tentativa de libertação. E o que temos agora é a prova de que quando um governo tenta enfrentar a podridão do sistema, ele se torna o inimigo número um dos que sempre lucraram com ela. O rombo existe, sim. Mas o verdadeiro escândalo é o esforço coordenado para atacar quem tentou impedir — e proteger quem deixou continuar.
DIA 21 DE ABRIL É O DIA DE TIRADENTES?

O dia 21 de abril é o dia de Tiradentes. Esta foi a resposta de um respeitado site de tecnologia, dada ao questionamento de um leitor, querendo saber: se 21 de Abril era ponto facultativo ou feriado. Se você verificar a Lei 10.607, de 19.12.2002, verá que ela alterou o art. 1º da Lei 662/1949, acrescentando-lhe o dia “21 de abril”. Nessas, dentre outras normas, não há, de fato, informação sobre o que aconteceu naquele dia 21 de abril de 1792. O 21 de abril de 1792 foi o dia de execução do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, oficial da sexta companhia da Cavalaria de Minas: célula-tronco da Polícia Militar de Minas Gerais. Aquele fatídico dia encontra-se descrito no tópico nono do Capítulo II, da Terceira Parte do Livro: TIRADENTES – A ÁSPERA ESTRADA PARA A LIBERDADE. Trata-se de robusta pesquisa histórica realizada, na Década de 70, pelo Promotor de Justiça e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo. Nas 456 páginas do compêndio histórico, o Dr. Luiz Wanderlei Torres, expõe, com muita clareza, o resultado de sua busca em documentos (…) sobre a Vida de Tiradentes. Transcreve-se, a seguir, sobre o dia 21 de abril de 1792, as considerações do citado autor, no tópico citado, e as derradeiras palavras da parte conclusiva: “9. 21 de abril de 1792 Todos os réus tinham sido julgados. Ia ter começo a última fase do processo: a execução para os que tinham sido condenados. E esta se iniciaria pelo Alferes Tiradentes. Desde ante-manhã que se ouvia pelas ruas o tropel dos cavalos do regimento de Moura, comandado pelo Coronel José Vitorino Coimbra, que se vieram postar em frente ao Palácio do Vice-Rei, próximo à cadeia. O Coronel José da Silva dos Santos manobrou o bravo Regimento de Artilharia e foi estacionar no Largo de São Francisco de Paula, enquanto o Brigadeiro Pedro Alves de Andrade cuidava de dispôr da melhor forma os três Regimento[s] sob o seu comando: o de Estremos, o 1º e o 2º, do Rio. Vozes enérgicas, seguidas do ressoar dos tambores, ecoavam fortemente os largos e nas ruas, enquanto o galopar dos cavalos ajaezados de fitas nas crinas, dava à cena das manobras o ritmo de parada espetacular. Do regimento de Moura foram destacados entre “corpos” comandados por oficiais, incumbidos de manter a ordem, pois o povo acorria sem cessar para ver a passagem do réu. Em frente ao presídio se estirava a rua da cadeia que ia dar no Largo da Carioca, Rua do Piolho e finalmente Campo de São Domingos. As duas ruas ficaram “bordadas” de um lado e doutro, de soldados, para que o povo não interrompesse a procissão fúnebre (como era considerada a última marcha dos condenados à fôrca). Em frente à cadeia permanecia postado o esquadrão de guardas do Vice-Rei. D. Luís de Castro Benedito, filho do Conde de Resende, e seu ajudante de ordens, inspecionavam a tropa, acompanhados do Brigadeiro, de dois soldados da cavalaria e de mais 2 sargentos-mores. Tanto o cavalo do Comandante como o de D. Luís atraíam os olhares pela profusão de prata nos arreios e o colorido das mantas. Bem cedo entravam no cárcere nove frades da Irmandade da Misericórdia. Iriam compor o cortejo. Meirinhos, juízes de fora, pessoas gradas, formavam um respeitoso ajuntamento nas vizinhanças. ‘Os meirinhos guardavam o réu executor… Ia o juiz de fora montado em brioso cavalo; era de prata a ferragem dos arreios e as clinas iam trançadas e rematadas com laço de fita côr-de- rosa. Apostava o ouvidor da comarca no asseio, riqueza e melindre de sua cavalgadura com o juiz de fora. Sôbre todos aparecia o desembargador ouvidor-geral do crime; os arreios de seu vistoso cavalo eram de prata dourada, de veludo escarlate e franjas de ouro gualdrapas e os estribos nos arreios.’ O povo presenciava a movimentação das tropas, como se se estivessem movimentando o cenário de um palco imenso para uma tragédia que em breve iria ter começo. Brados quase histéricos e rápidos movimentaram um esquadrão que veio formar um largo e espaçoso triângulo em tôrno da fôrca, no campo de São Domingos. “as janelas das casas estão vindo abaixo de tanto mulherio”, diz o confessor, escrevendo à vista da ocorrência. ‘… E foi tal a compaixão do povo da infelicidade temporal do réu, que para lhe apressarem a eterna, ofereceram voluntàriamente esmolas para dizer em missas por sua alma; e só nessa passagem tirou o irmão da bôlsa cinco dobras.’ Às 7 horas estava montado o cenário para a execução daquele drama sinistro. Era um sábado. Entrou no recinto do Oratório o negro Capitania (filho da Capitania do Espírito Santo), algoz escolhido para realizar o enforcamento. Era um célebre criminoso, temido pelos seus crimes. Vinha acompanhado por dois meirinhos, e se aproximou de Tiradentes. Trazia enrolados no braço uma enorme corda e uma espécie de camisolação branco, de algodão, conhecido pelo nome de alva dos condenados. Parou diante do Alferes por um instante, como se hesitasse, para a seguir lhe pedir perdão da morte. Era a Justiça e não sua vontade, quem lhe movia os braços. Tiradentes viu na humildade daquele negro, que exercia o terrível ofício com uma pena para os seus crimes anteriores, mas o que é um gesto costumeiro, uma sincera e emocionante súplica, e voltou-se “placidamente” para dizer: ‘Ó meu amigo! deixe-me beijar-lhe as mãos e os pés. E assim o fez talvez se lembrando que a Igreja lava também os pés dos humildes.’ Quando foi ordenado que se despisse para vestir a alva, tirou voluntariamente a camisa. Voltou-se para os que o cercavam e disse: “Meu Salvador morreu também assim nu, por meus pecados!” Os que estavam ali, se entreolharam. Em vez da lamúria costumeira, uma resolução, um desembaraço, uma altivez cheia de dignidade. Como se tornaram pequeninos os que o acusaram! Nenhuma palavra de socorro ou de misericórdia saía dos seus lábios, dirigida à Soberana que ia matá-lo. Nem um gesto de arrependimento. Não era contra
SOMOS UM PAÍS DE NÉSCIOS?

Ah!, se somos um país de néscios, nossos comunicantes são o quê? Não estamos mais para expectadores de mentiras deslavadas, oficialmente publicadas, com autoria de autoridades sob manifestas suspeições? Vamos mentir e mentir e mentir… Todo dia: é dia de mentira! Mentira: de todas as cores, de todas: as maneiras e de todas as praças. Mais oficiais e nada privadas… Correm a céu aberto, rumo ao abismo do nada! Parece-me que vale a pena ler a transcrição do texto abaixo, da autoria do Rodrigo Constantino, neste — 01/04/2025 às 13:41 —, referindo-se ao Jornal mencionado: Não é de hoje que o Estadão demonstra certa bipolaridade. Tem o dia do Dr. Jackyll e tem o dia do Mr. yde. O jornal tucano é capaz de tecer críticas pontuais ao STF, mas nunca de questionar a essência de seus atos, principalmente quando o alvo é Jair Bolsonaro. Se o tema é o ex-presidente, o jornal se perde nas emoções e não consegue mais fazer uma análise minimamente imparcial. No editorial de hoje, o jornal diz que Bolsonaro considera o Brasil um país de néscios. Afinal, o ex-presidente “quer que acreditemos que ter consultado chefes militares sobre medidas de exceção para impedir a posse de Lula é algo tão inocente e trivial quanto falar de futebol”. Ora bolas, pela mesma lógica, podemos afirmar que o Estadão trata o Brasil como um país de néscios ao fingir que tivemos eleições normais! Será que precisamos refrescar a memória do Estadão quando ao inquérito das Fake News, que completou seis anos e foi criado com base num artigo do regimento interno que permite investigações para um eventual ataque às dependências da instituição? É como se Lula tivesse vencido Bolsonaro numa disputa justa e o ex-presidente, do nada, não tivesse aceitado o resultado. Bolsonaro, em vez disso, tentou provar a fraude e avaliar mecanismos constitucionais para reagir. O jornal ignora, de propósito, todo o contexto. Ou o Estadão não lembra mais que Lula estava preso e inelegível, após nove juízes e desembargadores identificarem “provas sobradas”, e que foi solto e ficou elegível por um malabarismo supremo com base no CEP? Será que precisamos refrescar a memória do Estadão quando ao inquérito das Fake News, que completou seis anos e foi criado com base num artigo do regimento interno que permite investigações para um eventual ataque às dependências da instituição? Ele foi criado pelo ex-advogado do PT, Dias Toffoli, e a relatoria foi dada sem sorteio para o ex-tucano Alexandre de Moraes. Esse inquérito, desde então, tem servido para uma única missão: perseguir bolsonaristas. Tudo normal aqui, não? O Estadão tem algo a dizer sobre o “missão dada, missão cumprida” do senhor Salomão, ministro do STJ indicado por Lula? O que o jornal pensa sobre a postura do TSE durante a eleição, proibindo jornais centenários como a Gazeta do Povo de fazer reportagens sobre os elos históricos de Lula e ditadores comunistas? O Estadão não viu a perseguição aos comentaristas da Jovem Pan, culminando em demissão e tudo – e não por falta de audiência, como no próprio Estadão? O editorial fala do artigo 142 da Constituição como se a interpretação bolsonarista para resgatar a ordem fosse golpista ao extremo, mas ignora que juristas renomados como Ives Gandra Martins abordaram a questão com alinhamento a tal interpretação. O jornal vai fingir que não era um tema debatido pelo país justamente pelos absurdos cometidos por uma Corte Suprema totalmente politizada? O jornal tucano nada tem a falar sobre Bolsonaro não ter podido mostrar imagens do 7 de setembro ou na visita à Inglaterra? Sobre inserções nas rádios nordestinas, o jornal não pretende dizer absolutamente nada? E temos muitas, muitas outras coisas para refrescar a memória do editorialista sobre como foram as eleições “normais” que levaram Lula de volta à Presidência, ou como seu próprio vice diria, recolocaram o ladrão na cena do crime. Mas nada disso é necessário. Basta uma só menção, para avaliar se o Estadão é um jornal sério, como pretende ser, ou um total engodo: Barroso, que presidiu o TSE e preside o STF, num convescote de comunistas da UNE, vangloriou-se: “Nós derrotamos o Bolsonarismo”. Pergunta bem básica ao Estadão: é isto postura de juiz imparcial ou de jogador? E o Estadão quer que todos finjam que houve eleição normal no Brasil de 2022? O Estadão pensa que o Brasil é um país de néscios? Então, o que você achou? Comente abaixo:
“O PAÍS DOS MEUS SONHOS NÃO É ESTE QUE ESTÁ AÍ”

“O país dos meus sonhos não é este que está aí” intitula a postagem de Mozart Fosquete, publicada no respetivo FaceBook. Por razões óbvias, concordo com a autoria do respeitável conterrâneo. Além disso, vivi considerável tempo que ele evidenciou muito bem, e tenho a convicção de que que o Brasil, assegurado pela Constituição — definida por muitos de: Cidadã — é o país dos sonhos da maioria dos brasileiros. Pena que, no tempo de sua vigência, tantos e tantas, desprezando-na, em favor próprio, em prejuízo da maioria. Cada tempo, descrito por Mozart Fosquete, evidencia o descaso dos governantes com a brava gente brasileira, vilipendiada em prosa e cantigas desairosas. Mais recentemente, como se não bastasse os acontecimentos, desde 6 de outubro de 1988, foi abandonada por aqueles que juraram defendê-la. Por isso, transcrevo in totum o seguinte texto, recomendando sua leitura. “Meus caros, raros e fieis leitores, Desde jovem sempre imaginei que o Brasil um dia se tornaria um grande país. Um país próspero, onde todos teriam um bom emprego e uma boa renda e onde as pessoas seriam sempre alegres como já foram no passado. A nossa seleção de futebol e nossos craques continuariam sendo os melhores e nosso carnaval o mais popular do mundo. Teríamos uma educação de excelência e uma sistema de saúde que atendesse todos os brasileiros a tempo e a hora. O país gozaria de uma democracia estável, com plena liberdade de ir e de vir e de se expressar. Infelizmente, já não somos o melhor futebol do mundo nem temos o carnaval mais popular. A seleção já não nos desperta o interesse de antigamente e o carnaval virou show de TV. Nossa educação é das piores do mundo e nosso sistema de saúde é simplesmente calamitoso. O país deixou de ser próspero e a pobreza se espalha por todas as cidades. A política – ah, a política – criou uma dicotomia “direita x esquerda”, com cada lado cada vez mais radical, obstaculizando todas as políticas públicas. Temos, hoje, sem dúvida, a pior classe política de todos os tempos. Os homens do Poder criaram um novo conceito de democracia: a “democracia relativa” onde cabe à Suprema Corte definir e decidir o que podemos ou o que não podemos dizer ou fazer. Na Coreia do Norte, na China, na Nicarágua também é assim. O país patina. Não é este o país de meus sonhos. No país de meus sonhos, não há espaço para um governo liderado por um tipo como Lula – o ex-corrupto – um governo sem rumo, o governo do atraso, com ideias dos anos 80. E acima de tudo, um retorno da quadrilha de corruptos ao Poder. A corrupção permeia toda a administração pública em seus vários níveis e setores. No país de meus sonhos, a corrupção continuaria sendo crime e os corruptos seriam condenados e estariam atrás das grades como há poucos anos atrás. A Lava-Jato até que andou dando um pouco de esperança aos brasileiros de que “agora o país vai melhorar!” Ledo engano. Os corruptos são muito mais empoderados que um juizinho de nome Sérgio Moro e um procuradorzinho chamado Dellagnol poderiam imaginar. No país de meus sonhos nossa Suprema Corte seria apolítica, exclusivamente voltada para a conformidade das leis, regulamentos e os atos do governo para com a Constituição Federal. Neste meu país não haveria espaço para os Barrosos, os Gilmar Mendes, os Tóffolis, os Flávios Dinos e muito menos os Alexandre de Moraes da vida. No país de meus sonhos, não existiriam os José Dirceus, as Gleisys Hoffmann, os Lewandosvkis, os Boulos, os Sérgios Cabral, os Lulas e outros tantos salafrários corruptos que andam por aí livres, leves e soltos. No país de meus sonhos, não existiriam esses artistas de esquerda como Chico Buarque, Caetanos Veloso, Daniela Mercury, Marieta Severo, Cláudia Raia e tantos outros porque, tal como dizia o saudoso Millôr Fernandes, não me agradam pessoas que se locupletam e lucram com seus ideais, às custas de nossos impostos. No país de meus sonhos, o governo ofereceria o “bolsa-família” mas cadastrando todos os beneficiários num sistema tipo SINE com cada um declarando o que sabe fazer ou sua especialidade. À medida que surgirem demandas por empregados, o beneficiário seria chamado por esse “SINE” para oferecer-lhe o emprego. Caso recusasse, perderia o benefício. Não se pode conceber que um indivíduo pobre se conforme em ser pobre para sempre, dependente exclusivamente da ajuda financeira do Estado. Tal como está hoje, continuaremos criando um bando de malandros e preguiçosos que se contentam em viver com o baixo valor do “bolsa-família”. No país de meus sonhos, ao contrário do que ocorre hoje, as vítimas dos crimes teriam mais direitos e mais assistência do governo e do Poder Judiciário do que os bandidos. No país de meus sonhos, também ao contrário do que ocorre hoje, os ricos pagariam mais impostos do que a classe média e mesmo que a classe pobre. Haveria imposto sobre dividendos – a principal fonte de renda dos ricos. No país de meus sonhos, a escolha dos ministros para o STF e outros Tribunais Superiores não seria feita pelo Presidente da República e, sim, por um colegiado especialmente criado para esse fim. E esses ministros teriam um mandato por, no máximo, dez anos. O mesmo se aplica aos Tribunais de Contas, federal ou estatuais. No país de meus sonhos, não haveria inúmeros partidos políticos como há hoje no Brasil – o que torna o Congresso Nacional um templo de negociatas. Haveria no máximo cinco partidos com características de centro, de direita e de esquerda. O país se tornaria mais governável. Ah, não poderia esquecer: no país dos meus sonhos não haveria o Bonner do “Jornal Nacional” que, com uma disfarçatez desavergonhada, distorce as notícias ou deixa de dá-las de acordo com a conveniência do governo que aí está – seu patrocinador. E também não haveria a “Globo News” – o programa do pensamento e da opinião únicos, todos com viés esquerdista. Na verdade, no país de meus sonhos
PROMOÇÃO DE BOMBEIROS E POLICIAIS MILITARES MARANHENSES

O Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), realizou — na segunda-feira 23 de setembro de 2024, às 18h, no pátio externo do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau, — a solenidade de promoção de oficiais e praças da Polícia Militar do Estado do Maranhão (PMMA) e do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA). Ao todo, foram promovidos 675 oficiais e praças das duas corporações, da capital e do interior do Estado. Entre eles, sete coronéis, o mais alto posto do oficialato da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Durante a cerimônia, houve a entrega da Medalha Brigadeiro Falcão, a mais alta comenda da PMMA, para autoridades civis, militares e policiais militares. A homenagem é um reconhecimento do Governo do Estado e da PM àqueles que contribuíram com seu trabalho para a segurança e o bem-estar da sociedade maranhense. Além disso, foi entregue a Medalha do Mérito Operacional a policiais militares que se destacaram por meio de ações de grande relevância e risco de vida, demonstrando bravura no combate ao crime. Os policiais militares também receberam a Medalha da Ordem Coronel PM — Hermelindo Gusmão Castelo Branco, além das Medalhas de Serviço Policial Militar – 10, 20 ou 30 anos. As promoções e condecorações fazem parte das ações do governo para a valorização dos profissionais do sistema de segurança pública Para finalizar a noite, o governador do Estado, Carlos Brandão, realizou a inauguração oficial do novo fardamento da PM e do Memorial da Corporação. Fonte: PMMA
BELO HORIZONTE: EMPREGOS EM ALTA NESTE 2025

Vem do LinkedIN a notícia sobre Belo Horizonte: Empregos em Alta neste 2025. Naquela Plataforma, há informações sobre “os 10 cargos que mais cresceram na cidade nos últimos três anos”, nas informações expostas no Quadro único. Quadro Único – Empregos em alta, neste 2025, em Belo Horizonte. Profissional O que faz: Competências mais comuns: Setores mais comuns: Contratadas em 2024: Contratados em 2024 1 – Assistente social Ajuda os professores na sala de aula, fornecendo suporte instrucional e trabalhando com os alunos individualmente ou em pequenos grupos. Educação infantil, Educação especial, Pedagogia. Saúde e serviços sociais, Educação infantil, fundamental e ensino médio, Associações de defesa de direitos sociais. 95,65% 4,35% 2 – Professor(a) do ensino fundamental Planeja e ministra aulas de várias disciplinas, avaliando o progresso dos alunos e criando um ambiente de aprendizado positivo. Educação, Pedagogia, Ensino fundamental. Educação infantil, fundamental e ensino médio, Saúde e serviços sociais, Administração pública. 58,06% 41,94% 3 – Especialista de produtos Fornece informações detalhadas sobre os produtos de uma empresa, auxilia no desenvolvimento de produtos e apoia diferentes áreas da empresa. Gestão de produtos, Desenvolvimento de produtos, Capacidade analítica Intermediação de crédito, Fabricação de produtos químicos, Fabricação de máquinas. 44,12% 55,88% 4 – COnsultora de viagen Auxilia os clientes a planejar e reservar arranjos de viagem, incluindo voos, acomodações e atividades, oferecendo conselhos e informações sobre destinos. Gestão de viagens, Viagens de negócios, Planejamento de viagens Serviços e consultoria em TI, Organização de viagens, Hotelaria 67,27% 32,73% 5 – Coordenador(a) de eventos Planeja, organiza e coordena eventos sociais e corporativos, garantindo seu funcionamento da concepção até sua conclusão.. Planejamento de eventos, Produção de eventos, Eventos corporativos. Associações de defesa de direitos sociais, Atividades de recreação e lazer, Serviços de alimentação e bebidas. 60% 40% 6 – Analista de planejamento financeiro Avalia dados financeiros, cria previsões e fornece insights para ajudar uma companhia a tomar decisões sobre orçamento e investimentos. Planejamento financeiro, Análise financeira, Relatórios financeiros. Mineração, Tecnologia, Informação e Internet, Saúde e serviços sociais. 41,38% 58.62% 7 – Supervisora de Merchandising Supervisiona a exibição e arranjo de produtos em ambientes de varejo para maximizar as vendas e melhorar a experiência de compra. Merchandising, Varejo, Marketing comercial | Setores mais comuns: Serviços de alimentação e bebidas, Publicidade e propaganda, Fabricação de produtos alimentícios e bebidas. Serviços de alimentação e bebidas, Publicidade e propaganda, Fabricação de produtos alimentícios e bebidas. 23,53% 76.47% 8 – Analista de folha de pagamento Garante que os contracheques de uma empresa sejam processados com precisão, em conformidade com a legislação tributária e trabalhista local. Administração de folha de pagamento, Processamento de folhas de pagamento, Análise de folha de pagamento. Contabilidade, Serviços e consultoria em TI, Atividades de organizações sem fins lucrativos. 68,75% 31,25% 9 – Analista de saúde Coleta e analisa dados de cuidados de saúde, interpretando-os para ajudar as organizações a aumentar sua eficiência e a aprimorar os resultados de saúde de pacientes. Saúde ocupacional, Gestão de serviços de saúde, Capacidade analítica. Saúde ocupacional, Gestão de serviços de saúde, Capacidade analítica. 85,71% 14,29% 10 – Gerente de Marketing Desenvolve e implementa estratégias de marketing, supervisiona campanhas para promover os produtos ou serviços de uma empresa. Gestão de marketing, Branding, Estratégia de marketing. Serviços e consultoria de gestão empresarial, Serviços e consultoria em TI, Publicidade e propaganda. 37,04% 62,96% Fonte: LindkedIN. Quanto à metodologia utilizada, na formação dos dados, há informações indicando que: “Os pesquisadores do Gráfico Econômico do LinkedIn analisaram milhões de vagas ocupadas por usuários do LinkedIn entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de julho de 2024 para calcular a taxa de crescimento de cada cargo. Para fazer parte da lista, os cargos precisavam mostrar um crescimento positivo entre nossos usuários, contar com um número suficiente de anúncios de vagas no último ano e ter passado por um aumento significativo até 2024.” Foi esclarecido, ainda, na publicação do LinkedIN, que: 1 – “Os dados relativos a competências, foram obtidos a partir das principais competências associadas a cada cargo entre os usuários que já indicaram esse cargo em seu perfil do LinkedIn.” 2 – “‘Os principais setores se baseiam no setor das empresas que contrataram o maior número de usuários para cada cargo entre 1º de janeiro de 2024 e 31 de outubro de 2024.’ 3 – ‘A divisão por gênero foi calculada pelo número de usuários por gênero identificado atualmente em cada cargo (desde que houvesse dados de gênero significativos) em relação ao total de usuários com gênero conhecido por cargo.’” Fonte: LindkedIN.
AS GEOPOLÍTICAS DO PRESIDENTE DOS EUA, DONALD TRUMP.

Brasil é membro do BRICS, onde há países antagônicos aos EUA. Como isto afeta o agronegócio brasileiro? Dentre os decretos assinados pelo recém empossado presidente dos EUA, Donald Trump, três deles têm repercussões internacionais que podem afetar os interesses do Brasil, inclusive os do agronegócio. O primeiro é o favorecimento aos produtos e serviços “made in USA”. O que implica sobretaxar produtos importados pelos EUA. Neste aspecto, o setor rural brasileiro deve ficar atento ao movimento “Fazendas aqui, florestas lá” apoiadores da eleição de Trump. O segundo é o distrato da participação dos EUA ao Acordo de Paris e a desfiliação da OMS (Organização Mundial da Saúde). Significa que os EUA passam a realocar internamente os recursos que seriam gastos com reparações climáticas e com a gestão internacional da saúde. Na questão ambiental, a saída do Acordo de Paris significa a diminuição do Mercado de Carbono, pois os EUA seriam um dos maiores financiadores de projetos ambientais em outros países. O Brasil perde uma fonte importante de recursos. O terceiro é a utilização de forças militares para reprimir o fluxo imigratório ilegal. Neste caso, a necessidade da intervenção militar pode ser interpretada como um duro recado aos países que fecham os olhos às emigrações ilegais de seus cidadãos, contrariando as leis internacionais da obrigatoriedade da obtenção do visto de entrada a um outro país. Recentemente, o Brasil foi um dos países signatários da nota de protesto à política de deportação do governo Trump. O documento foi assinado durante a reunião sobre “Mobilidade Humana na Rota Norte do Continente” conjuntamente com o México, Venezuela, Haiti, Honduras, Cuba, Guatemala, El Salvador e Colômbia. O que pode passar a impressão de ser uma nação condescendente com a emigração não documentada. Geopolítica multipolarizada Ao priorizar os assuntos internos estadunidenses, o presidente Trump abandona de vez a Doutrina Truman. Instituída no pós-guerra para conter a expansão internacional do comunismo, a Doutrina é um conjunto de cooperações econômicas dos EUA com outros países. Foi muito utilizada para preservar os interesses estadunidenses no plano internacional por meio de compensações. A Doutrina fazia sentido enquanto a geopolítica mundial era bipolarizada entre os EUA e a URSS. Atualmente, com um mundo multipolarizado, os EUA dividem a atenção com os seguintes blocos geopolíticos: União Europeia, BRICS, a comunidade muçulmana internacional liderada pelo Irã, e os países de interesses avulsos, dominados por forças paramilitares do narcotráfico ou de viés terrorista. Apesar de o Brasil ser um país membro do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como por outros membros recém-admitidos – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia, a diplomacia brasileira é reconhecida por ser pragmática, o que pode manter saudáveis as relações nacionais com os EUA. O BRICS, como sabemos, reúne, dentre seus países membros, o Irã, que tem os EUA e Israel como inimigos declarados. O grupo reúne também outros países com grandes poderes de influenciar as relações econômicas internacionais, tais como a China, a Rússia, a Índia e as nações árabes endinheiradas pelo petrodólar. Balança comercial Quanto ao comércio bilateral Brasil-Estados Unidos, por questões de interesses empresariais entre ambos os países, o volume das importações e das exportações deve se manter nos mesmos patamares. Atualmente, exportamos para aquele país petróleo, aço, ferro, café, carnes, suco concentrado de laranja e aviões. Os principais produtos importados dos EUA são adubos e fertilizantes, motores de avião, gás natural, gasolina, carvão mineral, óleos lubrificantes, medicamentos e produtos farmacêuticos. Em termos de valores, existe um equilíbrio entre o montante arrecadado com as exportações e o gasto nas importações. Quando se trata de investimentos diretos, os EUA são de longe o país estrangeiro que mais aplica recursos no Brasil, tanto no capital de empresas quanto em fundos de investimentos de risco. Big techs O decreto presidencial de proibição dos filtros de censura nas redes sociais utilizadas pelos norte-americanos, apesar de ter abrangência interna, reverbera em outros países. No Brasil, a política nacional de combate à desinformação, exige que as empresas detentoras de redes sociais, mantenham filtros que impeçam a replicação de assuntos considerados insufladores pelo governo. Essa exigência causou divergências entre a rede social X, de Elon Musk, e as esferas judiciárias brasileiras. Uma das consequências é o processo de substituição pelo governo brasileiro dos sistemas de acesso à internet via satélite da Starlink, de propriedade de Elon Musk, pela sua concorrente chinesa SapaceSail. Recentemente, Mark Zuckerberg se rendeu às exigências brasileiras e ordenou que o Facebook, WhatsApp e o Instagram mantivessem, no Brasil, os seus filtros controladores de desinformação. À exceção de Bill Gates da Microsoft, os principais investidores norte-americanos nas Big Techs (Google, Facebook, Amazon, além de Elon Musk) participaram efusivamente da posse de Trump, de quem ouviram a concessão de investimentos públicos no desenvolvimento da inteligência artificial, na exploração espacial e em moedas digitais. O fato de o empresário Elon Musk participar diretamente na equipe de gestão do governo Trump não significa oposição ao governo brasileiro, considerando que todo grande empresário toma atitudes pragmáticas. O agronegócio e o carbono internacional A geração de carbono decorrente de atividades rurais passou a ser um pretexto para impor restrições do acesso ao mercado internacional, tendo como alvo principal o Brasil. Apesar de praticamente não existir atividade produtiva isenta do lançamento de carbono na atmosfera, por razões geopolíticas, o setor rural passou a ser alvo de barganhas comerciais muitas vezes em detrimento do Brasil. Como terceiro maior produtor rural mundial, e diante das restrições à emissão do carbono agropecuário por alguns países, o Brasil passou a exportar para a região mais populosa do planeta, as nações localizadas na Ásia. O que mexeu com o xadrez geopolítico das nações hegemônicas. Desde a Doutrina Truman, os EUA fizeram da exportação de alimentos uma política de troca de interesses a título de ajuda humanitária. Assim, o governo dos EUA era os maiores compradores da produção agrícola local, o que deixou os agropecuaristas norte-americanos numa zona de conforto. Em tempos onde o carbono agropecuário virou moeda de
SONETO À FRATERNIDADE UNIVERSAL

Soneto à Fraternidade Universal. João Bosco de Castro.* Ano-Novo: primeiro de janeiro… Janela do Palácio do Amor-Vida, Oficina do Artista-Carpinteiro Para o Templo da Paz por Acolhida! Ano-Bom: do relógio o irmão ponteiro, Sol-Clarim desta Aurora bem-tecida Pelo Artesão-Maior do Mundo inteiro: O Sábio-Deus, Essência da Luz-Vida! Ano-Todo: carreira da Mão-Dia, Polegar — o tal Gênio da Mão-Faz: Saber-Sabedoria colossal!… Eis a Festa divina da Alegria: Chã mensagem de Fé, Amor e Paz — Monumento Fraterno-Universal!… Bom Despacho – MG, Hora Zero de 1º de janeiro de 2025. * João Bosco de Castro (1947—) : Carpinteiro de metáforas nas Barras do Capivari-Picão. Policiólogo Militar: Professor Titular e Emérito da Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro, autor do Livro-Poema Elogio à Criação e outras Obras. Presidente Ad-Vitam da Academia de Letras dos Militares Mineiros Capitão-Médico João Guimarães Rosa e Presidente da Academia Epistêmica MESAMARIANO (vinculada à Fundação Guimarães Rosa – FGR). Professor de Línguas e Literaturas Românicas e Ancestrais.
FORMATURA DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO, NA PMAP

A Escola Militar Professor Antônio Messias Gonçalves da Silva é uma das escolas dos ensinos fundamentais e médios dirigidas pela Polícia Milita do Amapá (PMAP). Criada em 2002, no ano de 2017, foi a primeira Escola a integrar ao Sistema de Ensino daquela Instituição Militar Estadual (IME). Na direção do Capitão Jorge Lee Leal Sacramento, auxiliado por professores, técnicos, além do apoio de profissionais militares e civis, a escola desenvolve admirável ensino de qualidade aos seus alunos. O resultado vitorioso do empreendimento hora citado veio com a formatura de 85 alunos concludentes do Ensino Médio. Aconteceu, no Quartel do Comando-Geral, no último dia 13/12, sexta-feira, a cerimônia cívico-militar de conclusão daquele curso. Presidida pelo Comandante-Geral da IME — Coronel Costa Júnior —, contando, ainda com as presenças do Subcomandante-Geral — Coronel Carlos Augusto —, do Diretor da Escola Militar Antônio Messias — Capitão Leal — e dos familiares e amigos dos formandos. Na sua mensagem, a oradora da turma, aluna Camilly Victória Carvalho Pantoja, agradeceu as presença ilustres e homenageou os professores e a patrona da escola, 3º Sargento — Auxiliadora Carla Corrêa da Silva —, que receberam comendas pelos bons serviços prestados. Fonte: Diretoria de Comunicação da PMAP.
O REI E SEU POMAR – UMA FÁBULA

Marcílio Fernandes Catarino (*) Em um reino não muito distante, sinais de deterioração em quase todos os segmentos do tecido social ameaçavam a ordem, o progresso e o bem-estar dos súditos, trazendo ao Rei sérias razões para preocupações. Não obstante manifestar as suas apreensões ao seu numeroso quadro de assessores, recomendando maior empenho no combate aos males do Reino, o Rei percebia que os problemas não apenas permaneciam, mas também se tornavam mais graves e complexos. Grande parte dos administradores do Rei, apesar de viver nababescamente, recebendo polpudas remunerações, não correspondia no exercício de suas funções, omitindo-se de suas responsabilidades e, muitas vezes, desviando, criminosamente, os recursos destinados às obras públicas e sociais. Através de posturas e atitudes debochadas, mostrava-se inteiramente avessa aos interesses coletivos, legislando em causa própria e concorrendo para o enfraquecimento e desmoralização dos poderes constituídos. À medida em que o tempo passava, com o consequente agravamento dos problemas, gerando mais pobreza, mais desemprego e insegurança, mais miséria e maior injustiça social, esses assessores do Rei se envolviam em intermináveis conflitos pessoais, na defesa de interesses corporativos e na esterilidade das acusações recíprocas. Enquanto isso, eram os súditos mantidos confusos e desorientados, através de informações contraditórias e da manipulação maquiavélica de alguns organismos da imprensa do Reino que, em conluio criminoso com administradores corruptos, veiculavam notícias distorcidas, com o propósito exclusivo de encobrir a verdade e confundir a opinião pública. As riquezas do Reino se concentravam nas mãos dos integrantes de uma minoria privilegiada e desonesta que, em parceria com organizações criminosas, se mostrava inteiramente insensível e refratária às necessidades e aos anseios mais elementares da grande massa de plebeus. O caos ameaçava dominar todos os setores produtivos do Reino, inclusive o grande Pomar, que sempre fora motivos de orgulho do Rei. Até mesmo os diversos integrantes da assessoria real eram favoráveis a que se destruíssem determinadas árvores frutíferas, sob o controvertido pressuposto de serem velhas e improdutivas, contaminadas que estariam por ervas daninhas. Certa noite, o Rei viu-se visitado, em sonho, por um Grande Sábio de reino distante. De repente, estavam ambos a visitar o Grande Pomar que, na realidade, se estendia por todo o Reino. O Rei, orgulhosamente, apresentava ao Grande Sábio cada árvore do seu Pomar. Esta, dizia ele, chama-se Judiciária e seus frutos possuem alta capacidade nutritiva e de correção dos desvios e desequilíbrios orgânicos. Mas, veja, está totalmente atacada de pragas e, nos rincões mais distantes, onde o solo é mais árido e os recursos mais escassos, quase não produz frutos. No entanto, acrescentou, meus assessores garantem que, em todo o reino, ela pode ser recuperada, reformulando-se a estrutura do seu código genético. Esta outra se chama Política, a mais atacada e deteriorada pelas pragas, mas que também pode ser regenerada, afiançavam os assessores. Trata-se de uma árvore de suma importância para a sobrevivência do Reino, quando se desenvolve sadia. Os seus frutos, cuja produção é abundante, garantem o alimento a todos os súditos do Reino, desde os mais ricos até os mais pobres, fomentando a estabilidade, a saúde e a harmonia da vida no Reino. Mas, doente como está, quase não produz frutos, para a tristeza, o desalento e a fome em todo o aglomerado social. No entanto, frisava o Rei diante do Grande Sábio, temos esperanças de que as reformas planejadas para dar um novo tratamento à árvore sejam de fato implementadas, de forma a promover a recuperação desta importante peça integrante do Pomar. E assim, o Rei ia apresentando ao Grande Sábio as demais árvores, tais como a Educanda, a Cultural, a Administração, a Força Federal, e tantas outras, todas atacadas indistintamente por ervas daninhas. Mas, como as anteriores, passíveis de recuperação caso tratadas adequadamente, insistia a assessoria real. Uma delas, contudo, mereceu um destaque especial por parte do Rei e que despertou maior atenção do Grande Sábio. Seu nome: Força Pública que, segundo afiançou o governador real, há mais de dois séculos e meio vem produzindo frutos abundantes. No entanto, quanto a esta, afirmam os assessores do Rei, está irremediavelmente contaminada pelas pragas, sem condições de recuperação, pelo que deve ser extinta do Pomar. Insinuam que, destruindo a Polícia Militar, estarão eliminando as ervas daninhas conhecidas como a Violência Arbitrária, o Fascismo, o Despreparo, entre outras pragas, que seriam uma exclusividade daquela espécie. Mas, ela não vem produzindo frutos abundantes, inquiriu o Grande Sábio? Esclarecendo melhor, respondeu o Rei que, além de produzir frutos o ano todo, é uma árvore extremamente resistente, sendo nos recantos mais longínquos e inóspitos do Reino o único exemplar do Pomar a existir e a manter-se produtiva. Apesar de muitas vezes receber tratamento inadequado pela administração do Reino, ela sobrevive e mantém a sua produção frutífera que, naqueles rincões do Reino, são os poucos – senão os únicos – de que os súditos dispõem para saciar a fome. Acrescente-se que a madeira de seus troncos tem sido usada ao longo dos anos, pelos diversos setores do Reino, para a construção de obras nas áreas de Assistência Social, Saneamento Básico, Defesa Civil, Meio Ambiente, entre outras, e de estruturas de apoio e cobertura às atividades desenvolvidas pelos Poderes Constituídos do território real. Finalmente, verifica-se que a maior parte da sua produção frutífera se destina às classes mais carentes do Reino, sendo os seus frutos distribuídos em domicílio, inteiramente grátis e sem nenhuma burocracia, através de um telefonema, também gratuito, ou de um aceno de mão dirigido a qualquer de seus cuidadores. Então, por que exterminá-la e não buscar a sua regeneração como as demais, perguntou o Grande Sábio? Em resposta, disse o Rei que os seus assessores julgaram melhor extirpá-la do Pomar, enxertando os seus genes com os de outra espécie da mesma família, na esperança de se obter um resultado híbrido de melhor qualidade, igual aos que teriam sido alcançados por outros reinos distantes. Alertando o Rei, o Grande Sábio chamou a atenção para os enormes riscos de tal experiência genética, questionando se os assessores tinham o pleno domínio do assunto, sobretudo