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TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

Esse é um tema que tem sido muito comentado nos dias atuais, de modo especial pelos espiritualistas de todas as correntes, merecendo de cada uma interpretações diversificadas. Evento que tem merecido por parte de alguns a denominação de Ascensão Planetária.

Uns acreditam ser o Apocalipse bíblico, na sua interpretação religiosa, como o prenúncio sombrio de catástrofes que destruirão o mundo, momento em que se é feita a “separação do joio e do trigo” (Parábola do joio e do trigo – Mateus 13:24-30). Outros adeptos de uma corrente de “livres pensadores” – que vem sendo denominada “Espiritualismo Universalista” – tão somente como o fim de um ciclo planetário, não menos turbulento e traumático, a anunciar o salto quântico do Planeta Terra para uma dimensão de frequência vibratória mais elevada.

Na nossa modesta percepção, a Doutrina Espírita nos vem revelando, ao longo dos anos, que esse evento é também o marco inicial da evolução do planeta, libertando-se da sua condição de mundo primitivo de provas e expiações, em que está estacionado há milênios, para um mundo regenerado (ou em regeneração), vibrando num nível de consciência superior.

Para grande parcela de religiosos, o termo apocalipse é sinônimo de acontecimentos assustadores e dolorosos, que se abaterão, como “castigo divino”, sobre a humanidade que se deixou perverter pela iniquidade e pelo mal. Na verdade, o termo apocalipse, de origem grega, quer dizer simplesmente “revelação”. É nesse sentido em que nos concentramos na presente reflexão, que não vai além de uma observação e da curiosidade de um leigo.

Uma breve análise das narrativas contidas nessa visão profética, que integra os textos bíblicos, em face do que vem acontecendo no mundo, em particular no Brasil, nos permite constatar uma “identidade” entre a realidade em que vivemos e as visões proféticas. Tudo, absolutamente tudo, está sendo revelado e exposto ao escrutínio público.

Personalidades antes vistas como modelos, deixam a máscara cair para mostrar sua verdadeira face; instituições tradicionais têm as suas entranhas expostas, revelando relações e negociatas espúrias, em conluio com órgãos públicos; paradoxalmente, em que pese o avanço científico e tecnológico alcançado pela humanidade, a fome e a miséria se alastra pelo mundo, diante do desperdício criminoso de alimentos e da indiferença dos países abastados; o fanatismo religioso, cultuado por parcela de mulçumanos, promove execuções coletivas de cristãos, em cenas dantescas de degolamentos divulgadas pela Internet, diante do silêncio da Santa Sé; aumenta, a cada ano, o número de emigrantes fugindo, desesperadamente e em condições precárias, da violência e da opressão de governos tiranos; os pilares da religião católica, que reúne o maior número de seguidores no mundo, se estremecem ante a sequência de escândalos envolvendo integrantes da cúpula sacerdotal, e por ter-se afastado da pureza dos ensinamentos do Divino Rabi Galileu; a ganância dos poderosos, determinando a supremacia do TER em detrimento do SER; a ânsia de dominação e poder, a corrupção desenfreada…!

Tantas outras mazelas poderíamos destacar e que aí estão a intensificar, a cada dia, os conflitos sociais, sinalizando um futuro sombrio e desanimador. Todos esses acontecimentos estão a sugerir que o modelo de sociedade, desigual e injusto, que construímos se esgotou, atingindo seu ponto máximo de saturação. Indubitavelmente, a humanidade está sendo chamada a repensar seus valores.

Seria, pois, tudo isso os sinais dos “tempos do fim” anunciados pelos profetas? Se assim for, vem também dos textos bíblicos um grande consolo, já que tais acontecimentos extraordinários seriam para promover a transformação e preparação do Planeta Terra para uma era mais ditosa, onde “não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Mateus 24:36).

Mensagens oriundas do Plano Extrafísico, canalizadas por sensitivos (médiuns) de diversos credos e países, nos dão conta que sim, e que não contradizem as previsões contidas em tantos outros escritos deixados por diversas civilizações, como os da civilização Maia, das tribos indígenas norte americanas Hopi e Anasazi, dos nórdicos Vikings, dos Hindus nos famosos Vedas e Purana, do Mazdaísmo do persa Zaratrusta, no Alcorão do Islã, entre outros.

No campo das ciências, as descobertas de cientistas e astrônomos ligados ao estudo da Ressonância Schumann, por exemplo, descoberta pelo físico alemão Winfried Otto Schumann, em 1952, nos convidam à reflexão sobre o tema. A mencionada ressonância refere-se ao poderoso campo eletromagnético que circunda o globo terrestre, cuja frequência vibratória esteve estável por centenas de anos, em torno de 7,83 Hz.

Nos últimos anos, os cientistas constataram um aumento vertiginoso dessa frequência vibratória que, em 2014 já ultrapassava 30 Hz. Decorreria daí essa sensação que estamos tendo de que o tempo está passando mais depressa e que o dia não tem mais 24 horas.

Ainda segundo os cientistas, a Ressonância Schumann funciona como o “coração” do Planeta Terra, que vem acelerando seus batimentos por razões que ainda não puderam ser identificadas. Há especulações de que esse campo eletromagnético e o cérebro humano, quando este atua de forma coletiva, nos estados Alfa e Theta, se influenciam reciprocamente, alterando seus estados.

Por outro lado, que a aceleração da frequência vibratória da nossa morada cósmica estaria influenciando, preponderantemente, no aumento das manifestações geofísicas (terremotos, vulcões, tornados, tsunamis, etc), nas variações abruptas do clima/tempo, no aumento da violência e conflitos sociais.

Ao que parece Gaia que, como tudo e todos, se submete às indefectíveis e imutáveis leis naturais que regem o Universo e a Vida, cansada de gravitar nessa realidade tridimensional em que estagiamos, quer avançar para dimensões mais sublimes, onde todos vivem sob o império da ética e da moral cósmicas.

Que assim seja!

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Marcílio Fernandes Catarino, Coronel Veterano