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Quo Vadis – o caminhante.

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O que faz a diferença para um bom entendedor é a capacidade de não se deixar influenciar pelo ambiente externo, de não sofrer a ação da comoção na análise do que se apresenta como uma verdade.

Sucumbir ao desejo desenfreado de tentar antecipar uma resposta, quando na verdade a própria pergunta já se apresenta como um argumento de resposta, não nos obriga à formação ou a apresentação de um juízo de valor particular a nós, mas sim os necessários a quem nos provoca.

Despir-se da obrigação de formar uma opinião e de a apresentar como forma de inserção dentro de um grupo ou de uma sociedade é tudo quanto um previdente deve ter como princípio e convicção no trato de uma informação.

Manter-se no caminho e seguir as suas convicções com a certeza de que o futuro é um conjunto de impressões forjadas num passado onde o acúmulo e a compatibilidade das informações permitiram construir um conhecimento mais propício ao entendimento do mundo em que vivemos.

Caminhar como a figura do deus Janus, com uma face voltada para o passado e com a outra a descortinar os saberes que se apresentam à nossa frente e a partir de uma nova seara que exige de nós a correta interpretação daquilo que os nossos olhos percebem no ambiente e que validados pela nossa audição nos permitem o entendimento mais próximo da verdade insofismável.

O caminhante não refuta o caminho e nem se desvia dele, ao contrário, tenta compreender a sua jornada e encontrar nela a essência da sua própria existência. Não a faz simplesmente pela consecução de um objetivo e sim porque sendo parte do caminho, através das próprias marcas no solo, não deixa apenas o seu rastro, mas o conjunto de análises criteriosas dos percalços e das mais favoráveis atitudes a adotar. Em suma mantenha-se no caminho.

Respostas de 6

  1. Sim,fazer o que o caminho te apresenta com expertise, caráter e foco,não deixando o externo influenciar .
    Um bom dia !

    1. Boa-tarde meu caro sobrinho Alexandre Magno de Miranda, a nossa verdade é fundamentada pela verdade dos valores e das virtudes e assim nós nos mantemos convictos de que tudo que não se enquadra nela é refutável. O espaço virtual PontoPM nos aproxima, mesmo tão distantes fisicamente.

  2. Mais um artigo bacana e intrigante do ilustre Carlos Braga. Concordo plenamente com o auror.

    Parabéns!

    1. Meu caro Valter Braga do Carmo, amigo dos bancos acadêmicos da Turma de Aspirantes de 1987, sempre presente companhia nas empreitadas da vida, presença marcante no espaço virtual PontoPM, muito obrigado pelas palavras e sobretudo pela recíproca admiração profissional.

  3. O caminhar de hoje, tornou-se algo coletivista. Os influenciadores agem no ensino, na informação, na diversão, no convívio, na demanda por serviço, alimento, saúde…
    “Regras de conduta” se sobrepõem à leis, costumes, religiões, comportamentos…
    Um pequeno grupo, que se auto intitulam “mentes privilegiadas” ou “iluminados” se julgam no direito não só de influenciar, mas de determinar e doutrinar. São de uma empáfia nunca vista.
    Infelizmente, a grande maioria aplaude, consente e policía quem tem a ousadia de divergir. Muitos, em decorrência da ignorância, estupidez, preguiça e condicionamento estabelecidos pelas diversas mídias, que repetem a mesma cartilha de dominação.
    Difícil, muito difícil trilhar o próprio caminho.

    1. Meu caro Amigo Antônio Roberto Sá, nos muitos relatos próprios do espaço virtual PontoPM tivemos a oportunidade de discorrer sobre o que se acabou de explicitar através das suas palavras e nas várias manifestações de sua propriedade intelectual fica patente a preocupação com a opinião de massa ou o regurgitar das opiniões, próprios dos indivíduos que, despidos da capacidade moral, aceitam tudo como verdade e se deixam levar pelo comodismo e pelas palavras sem sentido e que nada constroem. Agradeço imensamente pela presença e argumentos coerentes que se expressam no espaço virtual PontoPM.

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Sobre o(a) Autor(a):

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Carlos Alberto da Silva Santos Braga

Major PM Carlos Alberto da Silva Santos Braga, natural de Bom Despacho - MG é Aspirante-a-Oficial da Turma de 1987. Ingressou na PMMG no ano de 1982, no Batalhão de Polícia de Choque, onde fez o Curso de Formação de Soldados PM. É Especialista em Trânsito pela Universidade Federal de Uberlândia e Especialista em Segurança Pública pela Fundação João Pinheiro. Durante o serviço ativo como Oficial na PMMG - 1988 a 2004 - participou de todos os processos estruturantes do Ensino, Pesquisa e Extensão. Nos anos de 1989 e 1990 participou da formação profissional da Polícia Militar do então Território Federal de Roraima durante o processo de efetivação da transformação em Estado. Foi professor da Secretaria Nacional de Segurança Pública nos Cursos Nacionais de Polícia Comunitária. A partir de 2005, na Reserva da PMMG, trabalhou como Vice-Diretor da Academia de Polícia Integrada de Roraima - Projeto da SENASP - foi Membro do Conselho Estadual de Trânsito de Roraima, Membro do Conselho Diretor da Fundação de Educação Superior de Roraima - Universidade do Estado de Roraima, Coordenador do Curso Superior de Segurança e Cidadania da Universidade do Estado de Roraima. Foi Superintendente Municipal de Trânsito de Boa Vista, Superintendente da Guarda Civil Municipal de Boa Vista, Assessor de Inteligência da Prefeitura Municipal de Boa Vista e professor nos diversos cursos daquela Prefeitura. Como reconhecimento aos serviços prestados ao Município de Boa Vista e ao Estado de Roraima foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário de Boa Vista - RR e com a Medalha do Mérito do Forte São Joaquim do Governo do Estado de Roraima. Com dupla nacionalidade - brasileira e portuguesa - no período de fevereiro de 2016 a outubro de 2022, residiu em Braga - Portugal onde desenvolveu projetos de estudos na área do Conhecimento. Acadêmico-Correspondente da Academia Maranhense de Ciências Letras e Artes Militares - AMCLAM.