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AÇÃO POLICIAL MILITAR BEM-SUCEDIDA NO RIO DE JANEIRO

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A Ação Policial Bem-sucedida no Rio de Janeiro foi o tema do Editorial de O Globo, neste 13 de março de 2024, ao destacar que o “Sequestro de ônibus expõe dilemas da segurança pública”. Enfatiza, ainda, que a “Polícia fez trabalho exemplar, mas atirador deveria estar preso por não usar tornozeleira eletrônica”. Ambos os temas “dilemas da segurança públicae ação policial exemplar compõem o contraste do pano de fundo da publicação.

Quais dilemas da segurança pública evidenciados?

Um deles foi assim relembrado, durante a ocorrência de 24 anos atrás.

“O desfecho contrasta com o trauma do sequestro do ônibus 174, em junho de 2000 — uma tragédia de erros. Na ocasião, uma professora mantida como refém acabou morta, e o bandido morreu asfixiado no carro da polícia.”

Na CNN Portuguesa, encontra-se o seguinte vídeo:

Outros dilemas da segurança pública foram assim descritos:

“(…) as falhas graves que permitiram ao criminoso consumar o sequestro. Ele não deveria estar ali, mas numa penitenciária. Já havia sido preso em 2019 por assaltar passageiros de um ônibus no Rio com uma arma falsa. Foi condenado a nove anos e quatro meses em regime fechado. Depois de dois anos, acabou beneficiado com a progressão de pena para o regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Uma vez livre, deixou de usá-la. Por seis vezes, a Secretaria de Administração Penitenciária alertou a Vara de Execuções Penais sobre a situação irregular, mas a Justiça só decidiu devolvê-lo à cadeia depois do sequestro.

(…)

Outra questão evidente é a facilidade com que o bandido entrou no ônibus armado. Ainda que, diferentemente dos aeroportos, a lei não obrigue o uso de detectores de metal antes do embarque em ônibus, o assunto deveria ser discutido entre autoridades de segurança e gestores do terminal. Qualquer passageiro armado, exceto agentes da lei, traz risco óbvio a um local por onde circulam milhares de pessoas.

O caso que deixou o país sobressaltado expõe mais uma vez os dilemas enfrentados pelo Brasil para combater a violência.

(…) Mas o importante é impedir que episódios assim aconteçam, porque o desfecho poderia ter sido outro. Ainda que os reféns tenham sido libertados em segurança, um profissional que viera ao Rio fazer treinamento para assumir um novo cargo na Petrobras foi baleado e luta pela vida. Não é aceitável que bandidos perigosos circulem livremente por aí quando deveriam estar encarcerados. Pode-se discutir a leniência da legislação penal, que abre brechas a situações desse tipo. O mínimo a exigir, porém, é que as leis em vigor sejam cumpridas.”

A ação da polícia foi caracterizada nos momentos descritos a seguir:

Os vídeos abaixo mostram a situação de controle da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Eis as considerações descritas no Editorial do Globo

(…)
Do início ao fim, a ação da polícia seguiu todos os protocolos recomendados. A rodoviária, por onde circulam 30 mil passageiros diariamente, foi desocupada após a chegada dos agentes, e o trânsito interrompido no entorno. Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, e de outros quartéis cercaram o terminal. Atiradores ficaram a postos em pontos estratégicos, mas não precisaram disparar.

As negociações foram tensas, e o sequestrador atirou várias vezes contra os policiais. Depois de três horas, porém, ele se entregou, e os reféns foram libertados. O criminoso foi levado para uma delegacia, como manda o manual.

É verdade que a polícia fez um ótimo trabalho. (…)

A ação bem-sucedida, no entanto, não encobre (…)

Os dilemas da segurança pública são casos sérios. Não são políticas de governo. São políticas de Estado capazes de descentralizar os recursos necessários aos respectivos executores. Os executores são os Estados e o Distrito Federal, juntamente com os respectivos municípios. Mais uma vez, os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, mostraram-se qualificados  a solucionar um conflito que teve reflexos internacionais.

Com as informações, imagens e vídeos das fontes citadas.

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Sobre o(a) Autor(a):

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Isaac de Souza

(1949 _ _ _ _) É Mineiro de Bom Despacho. Iniciou a carreira na PMMG, em 1968, após matricular-se, como recruta, no Curso de Formação de Policial, no Batalhão Escola. Serviu no Contingente do Quartel-General – CQG, antes de matricular-se, em 1970, e concluir o Curso de Formação de Oficiais – CFO, em 1973. Concluiu, também, na Academia Militar do Prado Mineiro – AMPM, os Cursos de Instrutor de Educação Física – CIEF, em 1975; Informática para Oficiais – CIO, em 1988; Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO, em 1989, e Superior de Polícia – CSP, em 1992. Serviu no Batalhão de RadioPatrulha (atual 16º BPM), 1º Batalhão de Polícia Militar, Colégio Tiradentes, 14º Batalhão de Polícia Militar, Diretoria de Finanças e na Seção Estratégica de Planejamento do Ensino e Operações Policial-Militares – PM3. Como oficial superior da PMMG, integrou o Comando que reinstalou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, onde foi o Chefe da Divisão de Ensino de 92 a 93. Posteriormente secretariou e chefiou o Gabinete do Comandante-Geral - GCG, de 1993 a 1995, e a PM3, até 1996. No posto de Coronel, foi Subchefe do Estado-Maior da PMMG e dirigiu, cumulativamente, a Diretoria de Meio Ambiente – DMA. No ano de 1998, após completar 30 anos de serviços na carreira policial-militar, tornou-se um Coronel Veterano. Realizou, em 2003-2004, o MBA de Gestão Estratégica e Marketing, e de 2009-2011, cursou o Mestrado em Administração, na Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade FUMEC. Premiado pela ABSEG com o Artigo. É Fundador do Grupo MindBR - Marketing, Inteligência e Negócios Digitais - Proprietário do Ponto PM.