a Polícia Militar não desiste e não desistirá de defender a sociedade. Se desistirmos dessa luta, estaremos cedendo terreno para a expansão dos tentáculos do crime organizado, que, infelizmente, ainda mantém sob seu jugo milhões de cidadãos de bem. A omissão nesse caso seria uma inversão de valores.
O texto ora destacado foi retirado de mais um artigo da autoria do coronel Wolney Dias, comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
No artigo, o comandante Wolney sintetiza a realidade vivida pelos cidadãos cariocas em meio ao cruento cenário, palco de uma batalha hercúlea: de um lado, o crime organizado, cada vez mais potencialmente bélico; e, do outro, comunidades e Estado mais desorganizados, em consequência de “educação de baixa qualidade, crise econômica, desigualdade social, legislação obsoleta, desordem urbana, impunidade…”.
Porém, não há, na ação de comando daquela Instituição Militar Estadual, nenhum sinal de enfraquecimento! Ao contrário, os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública não desistirão, nem cederão “terreno para a expansão dos tentáculos do crime organizado”, pois a “omissão nesse caso seria uma inversão de valores.”
Leia mais informações, no artigo publicado, no portal da PMERJ, transcrito a seguir:
Temos recebido críticas sobre o enfrentamento armado entre policiais militares e quadrilhas de traficantes de armas e drogas que, há décadas, estão entrincheirados nas comunidades carentes.
Adotamos como uma de nossas estratégias de segurança evitar ao máximo situações de confronto, justamente para preservar vidas e evitar efeitos indesejáveis – suspensão de aulas, fechamento de estabelecimentos comerciais e o pânico entre moradores. Sempre que possível, planejamos nossas operações, com levantamento prévio do ponto a ser abordado e incursões fora horário de entrada e saída escolar.
Contudo, nem sempre essa estratégia pode ser adotada. Em muitos casos, somos obrigados a intervir para pôr fim a uma guerra entre traficantes de facções rivais ou entre traficantes e milicianos. São pedidos de socorro que recebemos diariamente, pelo serviço 190, de moradores e vizinhos dessas comunidades. Da mesma forma, não podemos cruzar os braços quando, por exemplo, uma base de UPP é atacada.
Entendemos e compartilhamos com toda população do nosso estado o clamor pelo fim dos confrontos armados. Mas não podemos aceitar que a mensagem “parem de atirar” seja endereçada à Polícia Militar. Nossa Corporação não pode ser responsabilizada pela inaceitável quantidade de armas em poder dos criminosos. Somente este ano, apreendemos quase 250 fuzis. Da mesma forma, nossa Corporação não pode ser cobrada por outros fatores que impulsionam a violência – educação de baixa qualidade, crise econômica, desigualdade social, legislação obsoleta, desordem urbana, impunidade…
Apesar todas as dificuldades, com a perda de efetivo e de recursos materiais, a Polícia Militar não desiste e não desistirá de defender a sociedade. Se desistirmos dessa luta, estaremos cedendo terreno para a expansão dos tentáculos do crime organizado, que, infelizmente, ainda mantém sob seu jugo milhões de cidadãos de bem. A omissão nesse caso seria uma inversão de valores.
Fonte: PMERJ.