A língua órgão, escrita e a oralidade nas fake news.

As conquistas das tecnologias das informações e comunicações, na história da civilização humana, são incontáveis. Começaram com a língua órgão, na articulação da língua falada, e multiplicada, segundo o episódio bíblico da Torre de Babel. Passou pela língua escrita, evidenciada, por Peter Drucker, como a primeira revolução da informação. Depois, da complexidade das línguas escrita e falada, houve o favorecimento à oralidade. Esta, tem-se ampliada, com o uso intensivo daquelas tecnologias, vias das fake news, nesses tempos de pós-modernidade.

A língua órgão, escrita e falada são objetos de estudos da ciência

A língua órgão é indispensável à falada

A língua, enquanto órgão, é estudada pela Anatomia. É “órgão muscular situado na cavidade bucal que serve aos processos de mastigação, deglutição e articulação dos sons da fala.” Tem singular importância na pronúncia, ou fonética, destacada como “disciplina que estuda e descreve os sons das língua naturais na sua realização concreta (articulação, características físicas e percepção), independentemente da sua função dentro de um ou mais sistemas linguísticos”.

A língua falada é propagada pela escrita

A língua falada e escrita são nomes femininos. Compõem a linguagem humana expressada de várias formas, inclusive, pela linguagem figurada. Esta, segundo Massaud Moisés, “diz-se dos processos linguísticos de alteração das palavras ou do pensamento, por meio da mudança na disposição usual dos membros da frase, ou da transformação semântica dos vocábulos.”

A língua falada e escrita são explicadas pela Linguística, e assim conceituadas:

“1. ciência que tem por objeto de estudo a linguagem humana, desde o plano da língua até ao plano do discurso”

“2. estudo comparativo das línguas humanas nos seus aspectos científico e histórico”.

 


Então, a língua falada1 tornou-se oralidade, descrita como a “qualidade daquilo que é falado”. A língua escrita2, por sua vez, tornou-se “modalidade de realização da língua que recorre a um suporte gráfico e exige adequação discursiva que tenha em conta o facto de o destinatário estar ausente no tempo e no espaço”.

Aplicações da língua órgão, escrita e oralidade nas fake news

Há muitos registros, em documentos antigos, sobre a língua órgão, escrita e oralidade. Nos textos bíblicos, a exemplo do que foi citado anteriormente, encontram-se 141 referências, ora de uma, ora de outra. São 109 citações no conteúdo veterotestamentário e 32 no conteúdo neotestamentário.

Na Epístola escrita por Tiago, de modo específico, há um alerta sobre o “tropeço na palavra” e o efeito danoso da língua órgão, conforme destacado a seguir:

Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.” (Tiago 3:1-12)

Na história da humanidade, o tempo testemunhou a evolução da língua falada e escrita. Registrou as muitas tragédias consequentes da comunicação indesejável, a despeito da limitação dos meios de propagação. Porém, nos tempos atuais, ainda, circulam mensagens indevidas e em grande quantidade. A maioria delas tem conotação destrutiva. Não importa os efeitos danosos causados. São denominadas de fake news.

Com as informações das fontes destacadas.

Respostas de 2

  1. Sr Cel Isaac, evidências claras da língua, que tal qual a irreversibilidade nas palavras pronunciadas, encontra na retórica a capacidade criativa da desconstrução da verdade. Aliada à vaidade foi responsável pela destruição de impérios, de governos, de ordens e de ideologias, neste último para felicidade nossa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sobre o(a) Autor(a):

Picture of Isaac de Souza

Isaac de Souza

(1949 _ _ _ _) É Mineiro de Bom Despacho. Iniciou a carreira na PMMG, em 1968, após matricular-se, como recruta, no Curso de Formação de Policial, no Batalhão Escola. Serviu no Contingente do Quartel-General – CQG, antes de matricular-se, em 1970, e concluir o Curso de Formação de Oficiais – CFO, em 1973. Concluiu, também, na Academia Militar do Prado Mineiro – AMPM, os Cursos de Instrutor de Educação Física – CIEF, em 1975; Informática para Oficiais – CIO, em 1988; Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO, em 1989, e Superior de Polícia – CSP, em 1992. Serviu no Batalhão de RadioPatrulha (atual 16º BPM), 1º Batalhão de Polícia Militar, Colégio Tiradentes, 14º Batalhão de Polícia Militar, Diretoria de Finanças e na Seção Estratégica de Planejamento do Ensino e Operações Policial-Militares – PM3. Como oficial superior da PMMG, integrou o Comando que reinstalou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, onde foi o Chefe da Divisão de Ensino de 92 a 93. Posteriormente secretariou e chefiou o Gabinete do Comandante-Geral - GCG, de 1993 a 1995, e a PM3, até 1996. No posto de Coronel, foi Subchefe do Estado-Maior da PMMG e dirigiu, cumulativamente, a Diretoria de Meio Ambiente – DMA. No ano de 1998, após completar 30 anos de serviços na carreira policial-militar, tornou-se um Coronel Veterano. Realizou, em 2003-2004, o MBA de Gestão Estratégica e Marketing, e de 2009-2011, cursou o Mestrado em Administração, na Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade FUMEC. Premiado pela ABSEG com o Artigo. É Fundador do Grupo MindBR - Marketing, Inteligência e Negócios Digitais - Proprietário do Ponto PM.