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PIRATARIA ESTRATÉGICA…

Li o texto O Coronavírus e o Colapso do Sistema de Segurança Pública, de Rafael Alcadipani, professor do Departamento de Administração da FGV e EAESP, e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Suas páginas misturam achismo, profecia, pirataria estratégica, nhenhenhém do antropologismo-sociológico ( ou sociologismo-antropológico), à sombra do “óbvio ululante” ferroado por Nélson Rodrigues, com pitacos de Gestão de Segurança Pública, para abordar o papel estatal das Forças de Segurança Pública no cenário brasileiro do Coronavírus, assunto para o qual ele não apresenta qualificação tecnocientífica nem experiência prática e efetiva. Ao término de seu profeciário populista, Doutor Rafael louva o desempenho de Forças de Segurança e agradece-lhes a dedicação aos respectivos misteres públicos em prol da Comunidade, com provável alusão às Polícias Paulistas, às quais ele tem proferido palestras. Como Oficial Superior Veterano da Polícia Militar de Minas Gerais, à qual prestei quarenta e três anos de efetivo serviço estatal de Preservador da Ordem Pública e Gestor Estratégico da Polícia Ostensiva e Defesa Interna e Territorial, a par de minhas atividades de Professor Titular, Pesquisador, Editor-Associado e Ensaísta da Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro, principalmente das Ciências Militares da Polícia Ostensiva, Ciências Policiais, Teoria da Ética, e Políticas Públicas e Preservação da Ordem Pública, limito-me à apreciação desse assunto relevante circunscritamente às missões e forças-tarefa realizadas pela respeitável Polícia Militar Mineira, como Força Pública da Paz Social, sem imiscuir-me nos domínios de outras Forças de Segurança deste nem de outros Estados Brasileiros, sem fazer nenhuma incursão nas teias pandemiológicas e sociológicas do Coronavírurs, para as quais não tenho nehuma capacitação nem habilitação. Também não entro no âmago do gênero Segurança Pública, porque à Polícia Militar competem as espécies Preservação da Ordem Pública e Polícia Ostensiva, em favor da Paz Social e Tranquilidade Pública, acrescidas de Defesa Interna e Territorial, em favor da Defesa Nacional, atribuições para as quais o Policial Militar Mineiro está sobejamente bem-preparado pelo respectivo Sistema de Educação Policial-Militar, nos campos do Ensino, Pesquisa, Extensão e Treinamento, mediante Cursos de Formação, Graduação e Pós-Graduação, Programas de Extensão e Educação Continuada, e Malhas Curriculares de Treinamento Policial-Militar e Especializado, para Grupamentos de Cabos e Soldados, Subtenentes e Sargentos, e Ciclos de Oficiais, inclusive dos Quadros Especiais, Complementares e de Saúde. Referido Sistema de Educação Policial-Militar, gerido pela Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro e executado pelas competentes Unidades Escolares, principalmente pela Escola de Formação de Soldados, Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, Escola de Formação de Oficiais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, e Centro de Treinamento Policial, orienta-se, axiológica e eticodeontologicamente, por três Valores Educacionais: Humanização Policial-Militar; Idoneidade Policial-Militar; Consciência Policial-Militar. Estes Valores de Educação Policial-Militar são a mais confiável plataforma de sustentação da autenticidade ( credibilidade), e legitimidade (consagração, renome, boa-fama, reputação) da  Deontologia Policial-Militar (Conhecimentos contidos em Código de Ética e Disciplina, Preceitos de Competências, Atribuições e Deveres), com Razão e Sensibilidade, para o Policial Militar Mineiro, do Soldado ao Coronel, manter-se confiavelmente qualificado e atualizado, principalmente bem-capacitado, para: a) compreender diferenças individuais e culturais, a fim de melhor servir ao Cidadão e à Comunidade; b) humanizar-se profissionalmente; c) agir, reagir e proagir, com equilíbrio entre postura e compostura;   d) assimilar e aplicar as teorias eticodeontológicas e axiológicas, em proveito dos conteúdos profissionalizantes da Preservação da Ordem Pública, Polícia Ostensiva e Defesa Social, com fundamentação nos conceitos de finalidade, necessidade, compromisso, dever, usos, constumes, tradição , crítica, autocrítica, humanização, comportamento individual e coletivo, consciência de utilidade social, prática do bem e abominação do mal, respeito à dignidade objetiva e subjetiva da pessoa humana e a preciosidades eticodeontológicas   (valores éticos indissociáveis dos deveres morais e tecnoprofissionais do Servidor Policial-Militar); e) refletir sobre questões morais decorrentes das relações humanas e sobre a dimensão ética do Serviço Policial-Militar; f) aplicar o preceiturário contido na alínea anterior a esta, em benefício da Paz Social e Tranquilidade Pública; g) conhecer a súmula filosófico-científica do trinômio humanizante ÉTICA, MORAL E DEONTOLOGIA, e bem-aplicá-la ao exercício comunitarista das Obrigações Policial-Militares; h) burilar-se como Servidor Militar da Preservação da Ordem Pública, Polícia Ostensiva e Defesa Social capaz de proagir, acima de simplesmente agir e reagir, com lhaneza, bravura, serenidade, sensatez e compromisso com as Ciências Militares correlatas com o Comunitarismo, Direitos Humanos, Cidadanização e Felicidade Pública, sem estupidez, subserviência, desleixo pessoal nem tendências a práticas indecorosas e ilícitas; i) embutir-se na Consciência Policial-Militar moderna: O Preservador da Ordem Pública é militar estadual bem-preparado para a luta diuturna em prol da Paz Social, Servidor do Povo, Agente  de Estado ( e não de Governo), afeito ao diálogo e pronto para o contundente desforço físico, nos limites da Lei e sob as prescrições em seu espírito contidas; j) manter-se hígido e bem-preparado para o melhor cumprimento de missões militares típicas de ações e operações de Defesa Interna e Defesa Territorial, como integrante constitucional de Força Auxiliar de Força Terrestre. Com todo esse efetivo processo de Qualificação Tecnoprofissional de  seus Oficiais e Praças, a Polícia Militar de Minas Gerais, desde 1775, mas principalmente a partir de 1912 e 1934, cumpre, com lealdade e excelência, credibilidade e boa-fama, todos os misteres legal e constitucionalmente a ela atribuídos, como Força Pública da Paz Social e Guardiã da Tranquilidade Pública do Cidadão e da Comunidade. Ela tem fé de ofício impecável e não está, como nunca esteve, sob risco, nem atual  nem iminente, de Colapso Institucional, muito menos sob ameaça de corrosão ou falência deontológica, no Sistema de Segurança Pública. Ao contrário dos disparates alarmistas do Doutor Rafael Alcadipani quanto ao perigo do Coronavírus contra as Forças de Segurança Pública – sem descrever tal colapso nem a força por ele ameaçada – , Minas Gerais, em seus oitocentos e cinquenta e três Municípios e cerca de mil e quinhentos Distritos, enfrenta muito bem, e o vencerá, o Coronavírus, pela eficiência de seus Servidores e Profissionais de Saúde e eficácia dos meios para isso disponíveis, sob a proteção e socorro garantidos por sua briosa e altiva Polícia Militar, cujos Oficiais e Praças não se curvam

O Parasita e as questões políticas

As questões políticas e o Parasita, e, na sociologia das relações internacionais, o segredo está na propaganda — arma preferida dos estados totalitários — que se estabelece, como estratégia do Estado, para alcançar um objetivo que se manifesta imperceptível. Quando povos com origem comum se separam por questões políticas – as Antigas Alemanhas Ocidental e Oriental ; as Coréias do Norte e do Sul; e as Irlandas do Norte e o Eire – o sentimento de autodeterminação dos povos não é vencido pelas fronteiras políticas. As distâncias da tecnologia, do conhecimento, da qualidade de vida, da representatividade no mundo não foram suficientes para criar um cisma entre os povos alemães ocidentais e orientais. O mesmo se pode dizer dos povos irlandeses, apesar da violência religiosa, da submissão à Coroa Inglesa e da submissão política, econômica e social ao Reino Unido, as cores, as tradições e o sentimento de pertença ainda coabitam entre os cidadãos da Irlanda do Norte e do Eire que faz parte da Zona do Euro. Não diferente, mas ao mesmo tempo assimilando as características das Antigas Alemanhas e das Atuais Irlandas, as Coréias passam por um momento crucial no sentimento de pertença dos seus povos. As barreiras, por questões políticas, entre as duas Coréias vão aos poucos sendo transpostas com o objetivo de coesão social e de reaproximação entre os povos. Uma questão estratégica, neste momento, traz à tona uma hipótese de coesão dos povos calcada no sentimento de pertencimento comum aos povos das Coréias do Sul e do Norte. O sentido de autodeterminação dos povos coreanos, neste momento histórico, recebe um impulso particularmente propício, um impulso que contempla a projeção de um povo aos auspícios de inserção num mundo de glamour, num mundo que não apenas projeta, mas sobretudo, distingue a capacidade do povo coreano em oferecer ao mundo uma alternativa cultural. A articulação atende aos interesses da geopolítica internacional, as questões políticas se valem das estratégias, próprias dos pensadores e, sobretudo, iguais as reveladas em O Parasita, filme vitorioso no Oscar de 2020.

Mesmo deprimidos, os brasileiros, ainda são ‘o povo menos infeliz do mundo’ – Domenico de Masi

Na entrevista publicada pela BBC-Brasil, o sociólogo italiano Domenico de Masi afirma que o estilo de vida atual – classificado por ele como estressante, competitivo e consumista – está deixando o mundo cada vez mais deprimido e que o Brasil pode ter um modelo alternativo, capaz de oferecer uma opção mais solidária e de reflexão. Foi destacado também que: “o autor de O Ócio Criativo é otimista em outros aspectos da vida brasileira: acredita que a trajetória de miscigenação pode representar um exemplo à intolerância e confia na cultura pacífica da nossa sociedade. “O Brasil, apesar de deprimido, continua o povo menos infeliz do mundo”, disse” Em geral o Brasil conserva uma visão equilibrada do tempo, onde trabalho e lazer têm igual importância. Este é um sinal positivo de sabedoria”. Embora reforce os aspectos positivos, De Masi critica o que classifica como uma”infantilidade” do povo brasileiro quando muda de opinião a respeito de algumas personalidades políticas como o ex-presidente Lula e o atual presidente, Michel Temer. Ele ainda compara a Operação Lava Jato à semelhante Mãos Limpas, que ocorreu na Itália na década de 1990, e diz que “a tempestade judiciária” pode ter um importante efeito pedagógico no país. “Leia abaixo trechos da entrevista”. BBC Brasil – Uma pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde mostra que o Brasil é o país mais deprimido e ansioso da América Latina. Apesar disso, há um estereótipo do povo alegre. O que poderia explicar tanta depressão? Domenico de Masi – Quando eu vinha ao Brasil 30 anos atrás, saía de uma Itália eufórica e chegava a um Brasil deprimido. Quando eu vinha ao Brasil 15 anos atrás, saía de uma Itália deprimida e chegava a um Brasil eufórico. Hoje saio de uma Itália deprimida e chego a um Brasil deprimido. Hoje em dia o mundo todo está deprimido, como tento demonstrar no livro O Futuro Chegou, onde procuro encontrar as razões para isso. Quanto mais o mundo adota um modelo americano, feito de competitividade, de estresse e de consumismo, mais se deprime. Neste livro, descrevo quinze modelos de vida antigos, da Grécia à Idade Média, e modernos como sociedade industrial e pós-industrial. Comparando estes quinze modelos é possível entender que o Brasil, apesar de deprimido, continua o povo menos infeliz do mundo. BBC Brasil – No mesmo livro o senhor fala, que o Brasil “pode se dissolver na confusão ou gerar o modelo inédito de que o mundo precisa”. O que está acontecendo – estamos dissolvendo ou gerando esse modelo? De Masi – Não sei dizer. Depende dos intelectuais brasileiros. Ao longo da história, os modos de vida para uma nova sociedade não foram elaborados por políticos, ou por sindicatos, nem mesmo por empreendedores, ou executivos. Eles foram elaborados por intelectuais, artistas e humanistas. O livro Trópicos Utópicos, do economista Eduardo Giannetti, representa uma excelente contribuição neste sentido. BBC Brasil – Mas que modelo seria esse que o Brasil poderia gerar? De Masi – Um modelo menos focado na concorrência e na velocidade e mais na solidariedade e na reflexão. Um modelo menos voltado à satisfação das necessidades alienadas – riqueza e poder – e mais voltado à satisfação das necessidades radicais como introspecção, amizade, amor, jogo, beleza e comunhão. BBC Brasil – Nesse aspecto, somos um país conhecido pela diversidade cultural e sincretismo religioso, mas com registros de vários casos recentes e violentos de intolerância. Há uma mudança ou sempre houve esses outros aspectos? De Masi – No mundo todo existem espaços de intolerância, de fechamento e de agressividade. Mas me parece que, nestes aspectos, o Brasil seja melhor dos outros países. Por exemplo: a Europa sempre se dilacerou em guerras entre as várias nações que a compõem, assim como os Balcãs e os países asiáticos, os Estados Unidos – que estão em guerra permanente e mundial desde que existem – o mesmo com a Rússia. O Brasil, entretanto, em 500 anos, conduziu apenas uma guerra, contra o Paraguai, e nenhuma guerra contra os outros 10 países vizinhos. Trata-se de uma diferença profunda em favor do Brasil e de sua cultura pacífica. BBC Brasil – Mas o Brasil vive uma onda recente de polarização política. Que impacto essa divisão pode ter no médio e longo prazo? De Masi – Visto da Europa, o caso do Brasil parece um tanto paradoxal. Ao longo dos oito anos de governo Lula, o carisma do presidente e a passagem de milhões de brasileiros do sub-proletariado ao proletariado, e do proletariado à classe média, deram ao Brasil uma grande admiração internacional. Ao longo do primeiro mandato do governo Dilma, a imagem do Brasil aos olhos do resto mundo continuou muito positiva. Em seguida, logo no começo do segundo mandato, surgiram péssimas noticias sobre o Lula, muitos integrantes dos governos do PT foram acusados de corrupção, Dilma sofreu o impeachment. Lula, que antes era aplaudido por multidões enormes, chegou a ser vaiado ao entrar em restaurantes. Recentemente, chegaram do Brasil mais duas noticias contraditórias: membros do novo governo Temer também estão sendo acusados de corrupção e nas pesquisas pré-eleitorais Lula parece ser mais uma vez o favorito. A impressão que esta situação gera é de que o povo brasileiro esteja se comportando de maneira infantil, mudando rapidamente de opinião, principalmente influenciado pela mídia de massa. A mídia, por sua parte, amplifica e manipula a luta entre os partidos políticos conduzida por meio de ações judiciais, assim como aconteceu na Itália em 1992 com a Operação Mãos Limpas. Eu espero que a Operação Lava Jato tenha no Brasil efeitos melhores daqueles que a Operação Mãos Limpas teve na Itália. Espero, portanto, que o Brasil saia desta fase dramática com governantes e empreendedores menos corruptos. Mas, por enquanto, o maior efeito gerado foi uma maior precariedade do proletariado e da classe média. BBC Brasil – A Operação Lava Jato está completando três anos neste mês. Como ela se compara à Mãos Limpas e como o senhor avalia o impacto dela até agora e daqui pra frente? De Masi –

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