Diretrizes do Comandante Geral à Polícia Militar Paulista!
Notícia da Polícia Militar do Estado de São Paulo, publicada no portal, informa que: A Polícia Militar do Estado de São Paulo parabeniza o novo Comandante-Geral, Coronel NIVALDO CÉSAR RESTIVO (à direita), e o novo Subcomandante, Coronel MAURO CEZAR DOS SANTOS RICCIARELLI (à esquerda). A família Policial Militar deseja muito sucesso na nova missão. A passagem de comando ocorreu no dia 17, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Eis, também, a palavra do Comandante Geral aos membros da Instituição Militar Estadual: “Bom dia a todos! Para me dirigir às senhoras e aos senhores, neste momento, foi necessário fazer um longo período de reflexão, contemplando os mais de trinta e cinco anos passados desde a primeira vez em que ingressei nesse pátio, no dia 26 de janeiro de 1982, aos 16 anos de idade. Treze mil e quinhentos dias de muito aprendizado, muitas alegrias, conquistas, realizações, descobertas e, acima de tudo, a solidificação de amizades que me proporcionaram pertencer a uma nova família. Após essa gratificante jornada, tive o privilégio, o prazer e a honra de ser designado para uma nova e, certamente, a mais difícil missão a mim conferida. Posso imaginar os desafios que se apresentarão, ao mesmo tempo em que compreendo a necessidade de superá-los. Não faltará dedicação exclusiva nesse propósito. Juntos, nós Policiais Militares, uniremos esforços na busca de uma Instituição reconhecida pela excelência no planejamento e na execução das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, reiterando a proeminência e reputação de São Paulo como um Estado bem-sucedido e, assim, contribuir com as bases para o desenvolvimento econômico e social. Entendo oportuno, direcionar nossas forças para algumas Diretrizes, quais sejam: Incremento da EDUCAÇÃO CORPORATIVA E GESTÃO DO CONHECIMENTO, dedicando estudos para: • O aperfeiçoamento das competências dos policiais militares, atendendo aos anseios de uma sociedade democrática; • A ampliação dos mecanismos de gestão do conhecimento como recurso de melhora profissional e de resolução eficaz de problemas, e • A aproximação do sistema de ensino policial militar à sociedade, integrando-a na busca de soluções e aperfeiçoamentos permanentes. Referente aos PROCESSOS INTERNOS, trabalharei para: • A Valorização do policial militar, no exercício de suas funções; • A Buscarei, de maneira permanente e incansável, a redução da vitimização da essência da Instituição: o nosso policial militar; • O Reforço da resposta institucional a desvios de comportamento, por meio de rigorosa depuração interna, e • Aperfeiçoamento dos processos administrativos, com foco na colaboração efetiva no sucesso da atividade operacional. Quanto aos PROCESSOS OPERACIONAIS, buscarei: • Ampliar os esforços em atividades de prevenção criminal e sua repressão imediata, com ênfase aos delitos contra a vida e contra o patrimônio, refletindo diretamente no controle dos indicadores criminais e melhoria na sensação de segurança; • Aproximar o Comandante de polícia à população de sua área de responsabilidade territorial; • Fortalecer na sociedade o conceito de corresponsabilidade na construção, fomento e execução de medidas preventivas, e • Ampliar as ações no campo da inteligência policial. Na esfera de ORÇAMENTO E FINANÇAS, concentrarei esforços: • Na qualificação do gestor público, focando-o em ações que beneficiem os cidadãos. • No fomento ao financiamento de projetos que colaborem com a segurança pública e atividades do corpo de bombeiros. • Redução de despesas, com a otimização das rotinas. Tenho a convicção de que estas ações contribuirão, em muito, para uma Instituição mais forte, mais capacitada e que, certamente, continuará a oferecer um serviço público de qualidade, na difícil e nobre função de servir e proteger nossa sociedade/ e, na preservação dessa construção, o permanente desafio é consolidar os objetivos centrais de imprimir referência de policia ostensiva e de preservação da ordem pública nos cenários nacional e internacional, fortalecer os laços de confiança e proximidade com a sociedade paulista, além dos processos de integração com todas as forças de segurança, em especial com a Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica. Imperioso destacar que nossos objetivos serão alcançados graças ao trabalho dedicado, inspirado e motivado no desprendimento e dedicação de todo o nosso valoroso e precioso contingente de homens e mulheres abnegados, que juram e cumprem defender o cidadão, oferecendo a sua própria vida, orientados pelo sentimento e dever ao interesse público e na honestidade de propósitos. Para isso, conto com uma equipe invejável de oficiais e praças, sob a coordenação direta de meu amigo, meu irmão policial-militar, Cel PM Mauro Cezar dos Santos Ricciarelli, Subcomandante da Polícia Militar, que possui credenciais de muito respeito em sua carreira e dispensa apresentações. No campo dos agradecimentos, obrigatório consignar a trajetória irreparável do Cel PM Ricardo Gambaroni, eterno Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, referência de todos, em especial para mim, desde o meu ingresso na APMBB. Primeiro colocado de turma, construiu um nome respeitável na Instituição, liderou com inteligência, com competência e, acima de tudo, pelo exemplo. Seu legado é sólido e Vossa Excelência faz parte da história da Milícia do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Substituí-lo, Comandante, sem dúvidas, se apresenta como um enorme desafio. Declaro, em público, que me sinto muito honrado e profundamente agradecido por ter sido escolhido por nosso Secretário da Segurança Pública, Dr. Mágino Alves Barbosa Filho, para ocupar o cargo de Comandante Geral de nossa querida Polícia Militar do Estado de São Paulo. Senhor Secretário, saberei honrar sua escolha. Por fim, quero agradecer ao nosso Governador Geraldo Alkmin, por depositar sua confiança em meu trabalho e posso garantir que retribuirei com muito esforço, dedicação, comprometimento e lealdade na defesa da causa pública. Senhor Governador, “nós somos o que escolhemos ser.” Escolhemos ser uma Instituição que defende os direitos da população, que entrega seu bem mais valioso para o fortalecimento da democracia e que se mantem no firme e indelegável propósito de servir e proteger. Que Deus nos ilumine e continue a derramar suas bênçãos sobre nós. POLÍCIA MILITAR, VOCÊ PODE CONFIAR! MUITO OBRIGADO! Nivaldo Cesar Restivo Coronel PM Comandante Geral” Fonte: PMESP.
Como medir o desempenho de uma organização policial moderna?

A propósito da insegurança, cumpre sublinhar que os dados estatísticos das polícias dão conta apenas do que se pode chamar de (in)segurança objetiva, o que tem a ver pura e simplesmente com a quantidade das ocorrências criminais. Não dão conta da (in)segurança subjetiva, também conhecida como sentimento de insegurança, que, independentemente dos dados objetivos, pode ser ampliada por inúmeros fatores, mas principalmente pelo impacto emocional destas ou daquelas ocorrências em função de quem seja a vítima ou o local onde tenham ocorrido. Ana Paula Miranda – Antropóloga – Fonte. A utilização da informação no planejamento da atividade policial se coloca como uma das principais questões no debate sobre os paradigmas de segurança pública contemporâneos. Ana Luísa Vieira de Azevedo – Administradora – Fonte Medindo o desempenho em uma organização policial moderna é um dos temas da série de estudos sobre Novas Perspectivas Para o Policiamento. Publicado em março de 2015, integra, igualmente, ao Program in Criminal Justice Policy and Management, de Haward Kennedy School e do National Institute of Justice (NIJ). Conduzido por Malcolm K. Sparrow, o estudo contém orientações atualizadas de interesse de todos os profissionais da polícia ostensiva e preservação da ordem pública que atuam neste Século XXI. Mas, a principal motivação é, certamente, alertar aquele(a)s que lideram as funcionalidades policiais, de apoio e operacionais. Devem atentar-se para as questões específicas de mensuração dos respectivos desempenhos, individuais e organizacionais, das unidades que comandam. O estudo chama a atenção para a possibilidade de haver, pelo menos, duas situações consequentes do hiato de tempo. A primeira, relacionada com a época da elaboração e estabelecimento das orientações funcionais de mensuração. A outra, se os atuais gestores operacionais, no exercício da liderança operacional, leram ou conhecem de fato quais são os objetivos reais da mensuração pretendida. São destacadas duas pesquisas. Uma, realizada em 1999, financiada pelo National Institute of Justice (NIJ) e pelo Office of Community Oriented Policing Services (COPS). Recebeu o título de Measuring What Matters. Consolidada em 15 ensaios e com opiniões divergentes, os especialistas envolvidos se dividiram, de um lado — sobre o modelo CompStat, do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) (com seu foco rigoroso e quase centrado nas reduções no crime relatado como a “linha de fundo” do policiamento) —, e do outro lado, os que defendiam concepções mais expansivas da missão policial, pressionando a favor de abordagens mais inclusivas e mais matizadas para a medição do desempenho. A segunda pesquisa, realizada em 2002, de autoria Mark H. Moore e Anthony Braga, foi publicada pelo Fórum Executivo de Pesquisas da Polícia (PERF). Em 2003, foi, igualmente, consolidada num documento do PERF, denominado The Bottom Line of Policing: What Citizens Should Value (and Measure!) in Police Performance. A crítica evidenciada no estudo questiona: por que a liderança de muitas organizações policiais, a despeito das informações atualizadas e disponíveis, insiste em permanecer estreitamente focadas nas mesmas categorias de indicadores superados? Foram destacados os seguintes: (A) Reduções no número de crimes graves relatados, mais comumente apresentados como comparações locais contra um período imediatamente anterior. (B) Taxas de depuração. (C) Tempos de resposta. (D) Medidas de produtividade da execução (por exemplo, números de prisões, citações ou buscas de “pare e fale”). Na busca de procedimentos atualizados, Sparrow (2015) ressalta a prática de pesquisas de satisfação de algumas poucas unidades policiais. Demonstra algumas limitações verificadas nos últimos 20 anos, e possivelmente comuns nas unidades brasileiras de polícia ostensiva e preservação da ordem pública , assim ressaltadas: categoria (a) tende a dominar, pois é a medida mais próxima de uma verdadeira medida de controlo do crime. A categoria (b) tende a receber menos ênfase do que as outras três porque as taxas de depuração são geralmente difíceis de medir de forma padronizada e objetiva. As categorias (c) e (d) são úteis para mostrar que a polícia está recebendo chamadas rapidamente e trabalhando arduamente, mas não revelam se o serviço é prestado de forma inteligente, com a utilização de métodos apropriados e se causam impacto positivo. Outro ponto relevante do estudo e de interesse também da liderança gestora da avaliação de desempenho, são alguns aspectos comuns, encontráveis na maioria das unidades policiais, assim destacados por Sparrow (2015): (1) O foco é estreito porque o controle do crime é apenas um dos vários componentes da missão policial. (2) O enfoque em crimes graves é ainda mais estreito, uma vez que as preocupações da comunidade muitas vezes giram em torno de outros problemas e padrões de comportamento. (3) A pressão implacável para baixar os números, sem pressão equivalente para preservar a integridade dos sistemas de registro e relatório, convida a manipulação de estatísticas criminais – supressão de relatórios e classificação errada de crimes – e outras formas de corrupção. (4) O foco no crime relatado negligencia crimes não declarados. Os índices globais de vitimização são geralmente duas a três vezes mais altos do que as taxas de criminalidade relatadas. As taxas de relatório particularmente baixas se aplicam aos roubos de casas, estupro, outras agressões sexuais, crimes contra jovens de 12 a 17 anos, crimes violentos cometidos em escolas e crimes cometidos por Alguém que a vítima sabe bem. (5) A pressão para reduzir os números é contraproducente quando se trata de crimes invisíveis (crimes clássicos não declarados ou sub relatados, como crimes dentro da família, crimes de colarinho branco, crimes consensuais como tráfico de drogas ou suborno e crimes envolvendo intimidação). As campanhas bem-sucedidas contra esses tipos de crimes envolvem, muitas vezes, tentativas deliberadas de expor o problema, primeiramente elevando as taxas de relatório, não diminuindo. (6) O foco na redução da taxa de criminalidade não considera os custos ou efeitos colaterais das estratégias utilizadas para alcançá-los. (7) Enfatizar comparações com períodos de tempo anteriores oferece uma perspectiva de curto prazo e muito local. Pode dar à unidade policial a chance de se vangloriar, mesmo enquanto suas taxas de criminalidade permanecem péssimas em comparação com outras de localidades diferentes. Por outro lado, os melhores desempenhos (com baixas taxas de criminalidade em geral) podem parecer ruins quando flutuações aleatórias
As melhores e mais preparadas polícias do mundo.
No website wonderslist há muitas curiosidades. Dentre as relacionadas com as forças policiais, retiramos as seguintes informações: O Japão, seguido por EUA, depois Itália, Reino Unido, França, Austrália, Alemanha, China, Países Baixos e Canadá são os 10 países que mantêm, nessa ordem, as melhores forças policiais do mundo. A Agência Nacional de Polícia (NPA), do Japão, seguida pelo (Departamento de Polícia de New York (NYPD, depois a Polícia Estadual Italiana (Polizia Di Stato), Polícia da Nova Zelândia, Polícia Nacional da França, Polícia Federal Australiana, Polícia Federal da Alemanha (AFP), Polícia Armada Popular da China, Agência Policial Nacional dos Países Baixos e a Real Polícia Montada Canadense (RCMP) são as 10 forças policiais, na ordem indicada, com a melhor performance de treinamento. As dez melhores forças policiais do mundo são, na seguinte ordem, a Polícia islandesa (Islândia), Guarda de Paz (Irlanda), Polícia Federal da Áustria, Polícia da Nova Zelândia, Polícia Armada Popular da China (China), Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) – EUA, Polícia Federal Australiana – AFP – Austrália, Serviço de Polícia Metropolitana – Inglaterra, Real Polícia Montada Canadense – Canadá e a Polícia Rodoviária da Califórnia (EUA). Cinco das forças policiais anteriores encontram-se em países da União Europeia; um deles (Inglaterra) teria sido o berço da polícia moderna e outro (França) o berço de algumas forças policias brasileiras. Mas, o que essas organizações policiais fizeram – ou fazem – para alcançar esses resultados? Esta não é uma questão fácil de ser respondida. Há, certamente, muitas respostas relacionadas aos aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos, tecnológicos, ambientais, dentre outros. Porém, uma resposta pode ser afirmada. São polícias que convivem sistematicamente com feed back dos cidadãos a quem servem. Uma das formas de a força policial de determinada localidade buscar a opinião pública com vistas à melhoria contínua pode ser a utilização do Barômetro Policial (BP). Mas, o que é e como deve ser desenvolvido um BP? Um BP é uma pesquisa que pode ser realizada com o propósito de explorar as opiniões dos cidadãos sobre as ações individuais e coletivas. A liderança da polícia ostensiva e preservação da ordem pública pode avaliar as possibilidades de avaliar a atuação individual ou coletiva dos respectivos profissionais.É recomendável que os trabalhos sejam desenvolvidos a cada dois anos. A Finlândia utilizou sistematicamente o BP, por decisão do Ministério do Interior. Foram realizados nove BP, entre 1999 e 2016. Normalmente, são entrevistados cerca de mil pessoas finlandesas com idades compreendidas entre os 15 e os 79 anos e residentes na Finlândia continental. Os cidadãos são convidados a fornecer os seus pontos de vista sobre a polícia e a eficácia dos serviços de polícia. Eles também são convidados a relatar suas experiências pessoais de segurança e da criminalidade. O BP fornece aos cidadãos e à polícia informações que de outra forma seriam difíceis de obter. Ao suplementar as estatísticas da criminalidade e outros registros, essas informações ajudam a construir um quadro geral melhor do crime. Os resultados do barómetro também podem ser usados para avaliar a extensão do crime não declarado. Cada BP é conduzido por um dos institutos de pesquisas que atuam no mercado de pesquisas, na Finlândia. Uma das formas práticas para efetivar-se a inteligência de polícia ostensiva e preservação da ordem pública pode ser a utilização do BP. Uma pesquisa realizada segundo as orientações científicas, com a utilização das ferramentas adequadas, pode coletar muitas informações que bem analisadas indicarão decisões coerentes e sem “achismos”.