“COM A SINCERIDADE RUDE DO JAGUNÇO”

(Resposta a Honoráveis Curiosos). João Bosco de Castro. Algumas Pessoas ─ verdadeiros Honoráveis Curiosos, dentre os quais bons companheiros de Farda, inclusive Meia-Novianos ─ perguntaram-me, oralmente, por que eu, cheio de títulos e conquistas, com muitos livros publicados, saí apenas tenente-coronel da PMMG. Agora, em 24 de agosto de 2022, meu prezado companheiro Meia-Noviano Major Geraldo Teixeira [Quinto] faz-me, por whatssap, indagação acerca do mesmo assunto. Eis minha resposta: Não saí apenas tenente-coronel da PMMG. Saí Tenente-Coronel ─ posto honroso e respeitável!… ─, com trinta e um anos quatro meses e nove dias de efetivo serviço (férias-prêmio e anuais não gozadas e averbadas para a transferência para a reserva e promoção trintenária), em 4 de setembro de 1994, com vinte e oito anos seis meses e quatro dias de efetivo serviço policial-militar, em contagem dia a dia. Obtive, sem nenhum registro de punição disciplinar, as Medalhas do Mérito Militar nos graus Bronze, Prata e Ouro, sem nenhum atraso, portanto com a ficha limpíssima, ornada com muitas recompensas e elogios individuais. Se eu cumprisse o tempo de efetivo serviço de trinta anos contados dia a dia, teria saído Coronel, mediante promoção trintenária. Antes de eu vir para o Curso de Formação de Oficiais ─ CFO, em 1966, meu Venerando Pai, João Rodrigues de Castro ─ Oficial da Corporação ─, alertou-me sobre minhas severas dificuldades para sucesso na carreira policial-militar, em razão de meus problemas asmático-respiratórios ─ agravados pelo desastroso tabagismo ─, impeditivos de boas notas em Educação Física, e minha assustadora franqueza oral e escrita, como se eu fosse topetudo, malcriado, agressivo e indisciplinado. Menino asmático, não aprendi a gostar da prática de exercícios físicos e esportivos, mas me habilitei, com muito gosto e bons métodos, desde pequeno, às melhores e constantes leituras e tarefas intelectuais, ainda na Vila Militar de Bom Despacho-MG, principalmente na Biblioteca do Sétimo Batalhão, a melhor da Cidade, àquela época. Sobre minha franqueza oral e escrita, o Comandante do 17º BPM/Uberlândia, em 1985, ao elogiar-me, publicou: “(…) O Capitão [João Bosco de] Castro, com a sinceridade rude do jagunço, foi meu seguro e confiável assessor, em manifestações faladas e escritas. O que ele pensa, sua boca fala, e sua caneta escreve, sem dificuldade nem rancor, sem constrangimento nem desconsideração, em benefício do serviço policial-militar, da Unidade e da Corporação.(…)”. Passei os quatro anos do CFO, heroica e bravamente, com notas muito altas nas matérias tecnoprofissionais, intelectuais e escritas, e notas vergonhosas ─ de 5,5 a 6,0 ─ na tenebrosa Educação Física: ponto crítico e decisivo na classificação do Cadete e, consequentemente, na do Oficial. Os mesmos perversos desempenhos em provas do TAF ( Teste de Avaliação Física) de concursos e estágios internos, para progressão no Oficialato, travaram minhas promoções e meu acesso a cursos de aperfeiçoamento ou especialização. Consegui realizar todos eles, sempre na quarta e dura tentativa, quando eu conseguia a nota mínima na bendita e poderosa Educação Física, embora eu tenha alcançado notas com distinção avantajada nas provas tecnoprofissionais, intelectuais e escrita. Minha “sinceridade rude do jagunço”, marca vultosa de meu mobiliário eticodeontológico e humano, com espírito de justiça e respeito, não deixou, contudo, de representar manchas na balança de certos Corifeus de Farda carcomidos por nefasta arrogância e purulenta inveja de meus suados e vários títulos e conquistas. Isso adubou os canteiros do adiamento lamentável de minhas promoções, quase todas conferidas pela honrosa mas injusta antiguidade, mas não corroeu o padrão de minha Consciência Ética e Compromisso de Utilidade Social, não só de Oficial, mas também de Professor, Pesquisador, Escritor, Cidadão, Pai, Chefe de Família e outras muitas situações pessoais. Por que, então, não esperei mais um ano cinco meses e vinte e seis dias de serviço efetivo, na contagem dia a dia, para auferir a promoção trintenária a Coronel?!… ─ Porque eu estava bem-aprovado em concurso público de provas e títulos para o notável e cobiçado cargo de Redator-Revisor da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e com o saco cheio das investidas nojentas e invejosas de Corifeus Acanalhados e transvestidos das Decências da Farda Bege, prontos para castigar-me nas Comissões de Promoção de Oficiais, principalmente depois de 1992, quando, amparado por Mandado de Segurança, realizei, com sucesso total, o Curso de Especializaçao (Pós-Graduação Lato-Sensu) em Comunicação Social, no respeitável Centro de Estudos de Pessoal do Exército ─ uma das melhores e mais idôneas Escolas pelas quais passei. Eu era o primeiro-colocado na seleção de Candidatos Mineiros à única vaga destinada à PMMG em tal Curso, mas fui preterido e desclassificado por Ato Administrativo injusto de Autoridade da Polícia Militar. Como, naquela época, era crime de lesa-majestade qualificado um Major impetrar mandado de segurança contra deletéria decisão de Sua Excelência o Superior Hierárquico, minha imagem de Oficial franco, atrevido, jagunçamente-sincero e rude, indisciplinado e perigoso ficou ainda mais escancarada e acidamente comprometedora, principalmente diante das Onipotentes Comissões de Promoção de Oficiais. Mesmo assim, decidi não chutar o balde, antes de titular-me no relevante Curso Superior de Polícia (atual Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu de Especialização em Gestão Estratégica de Segurança Pública), no qual me matriculei, com honra e louvor, em 1994, no Centro de Altos Estudos ( Atual Centro de Pesquisa e Pós-Graduação) da insuperável Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, nossa Nobre Escola do Prado Mineiro. Tão logo diplomado no CSP, eu contei meu tempo de serviço e, mesmo sem chegar ao último posto, requeri minha transferência para o Quadro de Oficiais da Reserva. Eu era o primeiro-lugar no CSP/1994, apesar de ter sido massacrado pelo Chefão da Banca Examinadora de minha Pesquisa (acompanhada e orientada pelo Maiúsculo e Incomparável Professor-Doutor Coronel Saul Alves Martins), porém aquela nota injusta e miserável não contaminou a postura altaneira dos três outros Avaliadores de meu Trabalho ( apenas minha Banca funcionou com quatro Avaliadores…Por quê?…), e minha Monografia obteve a maior média dentre todas as outras do CSP/1994: 9,25. Na Hora H da classificação ─ encaminhada ao premeditado labéu da desclassificação !!!… ─, enfrentei a mais humilhante agressão no Trabalho de Teoria de
“Voto no Sapucaí”

Referência: SANTOS, Gilmar Luciano dos, Prática Forense para o Juiz Militar,2013. Bom Despacho-MG, 8 de setembro de 2022. Prezado Major PMAC Neri: Saúde e Paz! Encontrei, há muitos anos, a menção “Voto no Sapucaí”… ─ atribuída ao Senador Imperial Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias ─ em vetustos papéis avulsos existentes, até então, no Museu Histórico da Polícia Militar de Minas Gerais, sob o título de “Registros do Senado Imperial do Brasil”, cuja autoria desconheço. Naquela página impressa, velhíssima, havia anotações manuscritas, em nome de Djalma Andrade (suponho seja do então Capitão-Professor do Departamento de Instrução ─ D.I. ─ atual Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro ─ Djalma de Assis Andrade: médico, advogado, jornalista…). O citado Museu Histórico da PMMG ─ até então integrante da Estrutura do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação da APM/PMMG ─ transformou-se em Museu dos Militares Mineiros, na década de 2010-2020, e saiu do Prado Mineiro para o Bairro dos Funcionários/ Belo Horizonte-MG. Fui lá, uma vez, em busca de fontes bibliográfico-documentais, em 2014, mas nada consegui. Segundo um Funcionário de tal Museu, todas as fontes bibliográfico-documentais do antigo Acervo tranferiram-se para o Arquivo Público Mineiro, onde as procurei, sem nenhum sucesso, naquela época, pois ainda estavam encaixotadas. Professor João Bosco de Castro; 37.999027699, Oficial Superior Veterano da PMMG. Imagem destacada: FaceBook – Duque de Caxias – Patrono do Exército.