O Portão das Armas da Academia da Polícia Militar Mineira é um Pórtico Colonial

Ao longo dos anos muitas pessoas passaram e continuam a passar pela Rua Diabase, no bairro do Prado, em Belo Horizonte e não se dão conta do Pórtico edificado para celebrar os 100 anos da Independência do Brasil. O Portão das Armas da Academia de Polícia Militar é um marco incorporado ao patrimônio da Capital das Alterosas. Foi edificado durante o Governo de Afonso Vaz de Melo, à frente da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; quando o Governador do Estado de Minas Gerais era Arthur Bernardes e o Presidente da República Epitácio Pessoa. O Pórtico edificado no Prado Mineiro, no ano de 1922, ano do Centenário da Independência do Brasil, é uma manifestação de um estilo de época da arquitetura portuguesa denominado “Estilo Colonial” presente nas colônias portuguesa e adotado em alguns locais da Metrópole. As linhas geométricas e os azulejos azuis emprestam caráter ao estilo arquitetônico que se multiplicou por todas as possessões portuguesas pelo mundo e ganha significativa expressão no início do século XX com uma apurada maturação que vai encantar os arquitetos em Portugal e particularmente no Brasil. Um Pórtico tinha diversas funções nas cidades – historicamente abundavam nas Cidades-Estados Européias e nos Coutos de Portugal – nos séculos XVI a XVIII era o local onde se dava o controle de fronteiras; acontecia a tributação dos produtos que entravam e saiam das muralhas das cidades e por onde passavam as tropas militares nas derrotas e nos triunfos. O Pórtico do Prado Mineiro edificado para as Comemorações dos 100 anos da Indepedência do Brasil, teve um significado muito importante – já distante da concepção original dos séculos XVI a XVIII – que foi galardoar as pessoas que participaram da Feira dos 100 anos da Independência do Brasil, transpor o Pórtico do Prado Mineiro e ser parte da Feira era um privilégio e uma responsabilidade institucional para com a República. Naquela época a posse dos novos Prefeitos e Governadores se dava no dia 07 de Setembro e a posse do Presidente da República se dava no dia 15 de Novembro. Assim, no dia 07 de Setembro de 1922 Flávio Fernandes dos Santos assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte e Raul Soares de Moura o Governo do Estado de Minas Gerais, tendo como vice-governador Olegário Maciel. O Presidente da República que tomou posse em 15 de Novembro foi Arthur Bernardes, o ex-governador de Minas Gerais. Obviamente que não estava, sobre a disponibilidade da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, o espaço onde hoje temos o Pórtico e que nem tampouco o atual Portão das Armas da Academia de Polícia Militar se presta ao objetivo inserido na sua concepção. Mas, independente disso, como nas palavras do Coronel Idimar Vilas Boas, o Portão das Armas da Academia de Polícia Militar presta-se a nos lembrar que: “ A grandeza da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais também foi feita pelo sangue dos que tombaram envergando a sua farda e sobre a sombra da Bandeira do Brasil”. Tanto o Pórtico edificado no Prado Mineiro em Belo Horizonte – MG, no ano de 1922, como um prédio que está localizado na cidade de Aveiro em Portugal, edificado no início do século XX, nos remetem claramente ao conceito de estilo arquitetônico aqui abordado, não permitindo qualquer especulação que tenha o condão de divagar sobre o tema. As fotos que se seguem, sobre ambas edificações, falam por sí.
117° aniversário de Carlos Drummond de Andrade.
No Doodle da Google, neste 31 de outubro de 2019, há, conforme figura destacada acima, justa homenagem, pois seria o 117° aniversário de Carlos Drummond de Andrade. Ícone entre mais respeitáveis produtores da literatura brasileira e um dos mais destacados poetas de nossa pátria, no Século XX, o mineiro de Itabira faleceu em 17 de agosto de 1987. Ainda no princípio do século passado, Drummond marcou sua estreia grandiosa, no movimento do modernismo brasileiro, com produção literária riquíssima, reconhecida nas “características do seu tempo”, informa Carolina Marcello, mediante o “uso da linguagem corrente, temas do cotidiano, reflexões políticas e sociais.” Mas, o 117° aniversário de Carlos Drummond de Andrade, aqui, lá e acolá, deve ser lembrado, principalmente, pela riqueza poética de seus poemas. A despeito de o tempo passar, as questões centrais, vivenciadas, no dias atuais, pelos leitores drummonianos, foram descritas, anteriormente, pelo admirável poeta. Sua poesia fala de vida nas grandes metrópoles, onde se vive, na maioria das vezes, de memória, numa solidão infindável, em meio aos burburinhos marcantes das pessoas e comunidades. Firme na convicção de que “escrever é cortar palavras”, a lembrança do poeta literato é comemorada de muitas formas e maneiras, a exemplo do que se publicou nesse 117° aniversário de Carlos Drummond de Andrade. Todas falaram de seus feitos inesquecíveis, com jeito leve e suave de contar momentos expressivos, muitas vezes pessoais, porém parecidos com os experimentados pela maioria dos seus leitores. Quem nunca teve uma pedra no meio do caminho? No dia do 117° aniversário de Carlos Drummond de Andrade, vale a pena relembrar! No Meio do Caminho Veja a recitação do poema em várias línguas. Com as informações buscadas em 1 e 2.