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Testamento – a quem interessa isto?

Vale atualizar alguns legados de triste memória, se não vejamos:

Mais de 250 mil empresas fecharam as portas desde 2015. 14 milhões de trabalhadores estão desempregados. Dívida interna supera a barreira de 3,8 trilhões de Reais, com a taxa Selic em 11,25 ao ano, o governo terá que desembolsar cerca de 500 bilhões de Reais, somente para pagar serviço e juros aos bancos. A previdência consumirá 600 bilhões de Reais. Estados e Municípios, em situação de penúria, não têm como pagar mais de 30 bilhões de Reais este ano para a união e pretendem reduzir o valor deste débito com o calote de juros. Diversos setores do funcionalismo exigem correção salarial o que representará um gasto de mais 10 bilhões de Reais ao final de 2017.

Pensa que acabou?

Má notícia, só com atualização dos repasses para os poderes constituídos, FPM, FPE, FUNDEB, Royalties, IPI-Exp, Lei Kandir, FEX, ITR, CIDE-Combustíveis, IOF-Ouro e AFM/AFE serão mais de 150 bilhões de Reais. Folha de pagamentos e encargos dos funcionários cerca de 35 bilhões de Reais. Saúde 120 bilhões de Reais. Educação 110 bilhões de Reais.

Vem agora a pergunta que não quer calar: onde vamos arranjar dinheiro para tudo isto?

A arrecadação em 2016 estava estimada em 2,9 trilhões, mas com a derrocada da economia, este número foi bem menor, 2 trilhões.

Tem ainda a revogação das benesses de última hora, que visaram unicamente um mote para os defenestrados tocarem o bumbo da injustiça e do golpe. Melhor tomar o remédio amargo, que sucumbir sob o peso da irresponsabilidade.

O chamado presidente golpista terá que contar com o apoio da nação, tal e qual o de seus “brimos e barentes” de Btaaboura, no norte do Líbano. Para sufocar o mantra da injustiça e do golpe, vale a versão para o brado dos entusiasmados ascendentes:
‎الله هو المسؤول (alllah hu almaswuwl) equivalente ao nosso Deus está no comando.

Em tempo: paralisações, discursos e mantras mentirosos e de caráter eleitoral, defesa de interesses pessoais em detrimento aos da nação, oposição sistêmica e oportunista, todos olhando os próprios umbigos. A quem interessa tudo isto?

Lambança pouca é bobagem!

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Neimar Fernandes