A RFI noticiou nesta sexta-feira (3) que a “partir de 1º de julho, todo jovem sueco nascido após 1999 será convocado para servir as Forças Armadas. O governo aponta os conflitos da Rússia como uma das razões para a medida”.
Na Suécia, há sete anos que o serviço militar é voluntário. Isso porque o país, há 200 anos, “não enfrenta um conflito armado em seu território. Agora, alegando graves mudanças no cenário internacional, o governo de esquerda, em comum acordo com a oposição de centro-direita, volta a instaurar a conscrição obrigatória”.
A motivação, ao que tudo indica, e segundo informações do Ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, aquele país está “num contexto no qual a Rússia anexou a Crimeia, e faz frequentes exercícios militares no mar Báltico”.
Por outro lado, “apesar de não dividir uma fronteira terrestre com a Rússia, os dois países têm faixas costeiras em lados opostos do mar Báltico, onde um submarino não identificado foi detectado pelos radares suecos em 2014”.
Outra preocupação que faz sentido é o fato divulgado pelo “Centro de Análises das Políticas Europeias, um instituto norte-americano”, destacando que “a Rússia teria 33 mil homens treinados e preparados para invadir qualquer território estrangeiro no mar Báltico, inclusive a ilha sueca de Gotland“.
Para “o especialista em segurança internacional sueco” — Wilhelm Agrell — segundo à agência AFP, “Nós vemos a Rússia como expansionista, e pronta a recorrer à violência para atender os seus interesses”.
Com o destaque de “Rapazes e moças, às armas!”, a RFI destacou que:
Recrutando rapazes e moças, sem nenhuma distinção entre os sexos, a Defesa sueca espera preencher as fileiras que não vêm sendo preenchidas pelo serviço militar voluntário. Treze mil jovens serão convocados e mobilizados, mas somente 4 mil permanecerão nas Forças Armadas depois de terminado o serviço obrigatório de onze meses.
Não sendo membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Suécia e Finlândia, outro vizinho do mar Báltico, assinaram em 2016 um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos. Tanto suecos como finlandeses, que dividem uma fronteira terrestre de 1.340 quilômetros com a Rússia, cogitam uma eventual adesão à Otan, mas receiam, ao mesmo tempo, a reação de Moscou.
Fonte e foto destacada: RFI.