A vida vale a pena ser vivida apesar de todas as dificuldades, tristezas e momentos de dor e angústia.
O mais importante que existe é a pessoa humana. E surpreender o homem no ato de viver é uma das coisas mais fantásticas que existe.
Érico Veríssimo.
Em muitas palestras ministradas pelo Bacharel em Direito, Jornalista e Professor Doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – Clóvis de Barros Filho –, tem sido destacada a vida que vale a pena ser vivida, segundo a retórica socrática.
Barros Filho enfatiza o ponto e o contraponto da vida cheia de felicidades.
O ponto é o que tem sido assegurado pelo imediatismo do valor e o sucesso efêmeros de uma vida desejada por muitos. Alguns experimentaram-na. Se foram felizes por alguns momentos, ninguém sabe! Mas os resultados trágicos, muitos conheceram e concluíram que, aquela vida vivida, não valeu a pena!
Nesse particular, destaca-se o que estamos acostumados a ouvir nos mais diversos ambientes de convivência diuturna, pois, segundo Barros Filho, estamos:
“acostumados a ouvir que o sucesso da nossa vida tem a ver com o nosso próprio ganho, com a nossa própria riqueza, com o nosso próprio conforto, com o nosso próprio poder”.
O contraponto, assegura Barros Filho, é a lição ensinada por Jesus, e afirma:
“Jesus disse coisas que ninguém tinha dito antes. Jesus, grande sábio que era, respondeu à nossa pergunta: O que a vida tem que ter para valer a pena? E a resposta de Jesus é impactante até hoje. Por mais que vivamos em uma sociedade de cultura cristã, a resposta de Jesus, quando anunciada com clareza, produz extraordinário impacto nos espíritos de quem ouve. O Filé Mignon da vida, a vida que de fato vale a pena é a vida assumidamente dedicada ao outro. […] aquilo que fará de você um vivente feliz é a entrega, é proporcionar, alavancar, é permitir que o outro viva melhor do que viveria se você não existisse”.
Os exemplos podem ir ao infinito, afirma Barros Filho, e destaca, num testemunho pessoal, a experiência da filha Natália, acamada, num Centro de Tratamento Intensivo, com uma doença desafiadora à moderna medicina. Então, aprendeu que o “amor vale mais que a própria vida”.
Afinal, Barros Filho alerta aos seus ouvintes que a importância maior da vida, nos moldes da Vida de Jesus, é o bem-estar e o bem-viver dos seus semelhantes. Isso porque você estará lá! E será desafiado a decidir sobre uma série de questionamentos, inclusive, se de fato amas “[…] o próximo como a ti mesmo” (Marcos 12.31).
O próximo não é certamente o seu parente consanguíneo ou amigo chegado. O próximo é aquele que se opõe a você nas mais diversas ocasiões. É aquele que você, caro profissional de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, não tem com ele nenhum vínculo afetivo, porém, jurou morrer no lugar dele, se necessário for.
Lembras?