Novas perspectivas para o policiamento.

Na série de estudos sobre Novas Perspectivas Para o Policiamento, Anthony A. Braga apresentou, em setembro de 2015, um artigo intitulado Crime e Policiamento Revisitados. No artigo, há aspectos informativos da temática ora destacada, no contexto das Primeira e Segunda Seções Executivas dos acadêmicos que integram o Program in Criminal Justice Policy and Management, de Haward Kennedy School e do National Institute of Justice (NIJ).

No texto analisado, Braga (2015) inicia indagando se a polícia pode reduzir o crime? Posteriormente, ressalta duas considerações. A primeira, de 1991, considerava que a redução do crime ocorreria simplesmente como sendo no olho do espectador. A segunda, de 1992, sustentada pelos argumentos de estudos científicos de vários criminologistas e policiólogos, indicava que a polícia não era capaz de reduzir o crime. Entretanto, se houvesse a mudança de abordagem para o controle e a prevenção do crime, os resultados poderiam sem promissores. A proposta estratégica considerou então que as iniciativas de resolução de problemas para enfrentar as situações correntes, mediante ações de um policiamento comunitário, mais próximo dos locais de ocorrência dos eventos críticos, com a apreensões de reincidentes e a constante busca de informações fornecidas pelas pessoas da comunidade.

As discussões acadêmicas iniciadas em 1992 aconteceram até meados de 2008. Verificaram-se que os resultados foram exitosos, segundo Braga (2015). Mostraram um crescimento das experiências vividas, compartilhadas e consolidadas num conhecimento plausível e comprovado cientificamente, evidenciando que os profissionais responsáveis pelo policiamento discutiram e implementaram estratégias inovadoras de prevenção da criminalidade. Isso indicou que a polícia pode reduzir a criminalidade, desde que utilize uma abordagem centrada na resolução de problemas de criminalidade recorrentes, envolva a comunidade e uma diversidade de parceiros a fim de implementar estratégias e táticas apropriadas e adaptadas às condições aos problemas criminais emergentes.

Mas, na segunda Sessão Executiva, em 2008, iniciaram-se novas discussões, com o propósito de verificar, não mais centrado na questão de saber se as ações efetivas do policiamento no controle da criminalidade influenciavam no aumento ou na diminuição. A questão proeminente indagava se o comprometimento do profissional de policiamento, nas práticas eficazes de prevenção da criminalidade, concorria para a resolução de problemas na comunidade e, se mantinha a mesma abordagem flexível e adaptável, diante da evolução dos problemas de criminalidade.

Braga (2015) enfatiza que, entre a primeira e segunda Sessões Executivas, as diferenças radicais na natureza das conversações policiais foram resultado de um período sem precedentes de inovação policial e crescimento concomitante em pesquisa sistemática de avaliação sobre a funcionalidade da polícia na prevenção da criminalidade.

O autor destaca, então, sobre o:

que se sabia sobre a polícia e a prevenção do crime, na época da primeira Sessão Executiva e o que se propunha então como novas e promissoras formas de a polícia reduzir a criminalidade. Entre os anos 90 e 2000, os pesquisadores exploraram a eficácia dessas novas ideias para a redução do crime. Os desafios à noção de que estratégias de policiamento inovadoras geram ganhos de redução do crime são então revistos.

O ensaio conclui oferecendo duas ideias centrais, sobre a continuação de políticas eficazes de prevenção do policiamento na criminalidade, sugeridas pelos participantes da segunda Sessão Executiva e apoiadas por evidências de pesquisa existentes.
Foram analisados diversos aspectos assim destacados:
O que se sabia sobre o policiamento, antes da primeira Sessão Executiva.
O que foi proposto para o policiamento, na primeira Sessão Executiva.
O que foi aprendido sobre o policiamento, após o encerramento da primeira Sessão Executiva.
O trabalho do policiamento e segurança pública, na segunda Sessão Executiva.

Cada um desses tópicos serão oportunamente destacados em novos posts.

Fonte: Braga, Anthony A. Crime and Policing, Revisited. New Perspectives in Policing Bulletin. Washington, D.C.: U.S. Department of Justice, National Institute of Justice, 2015. NCJ 248888

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Isaac de Souza

(1949 _ _ _ _) É Mineiro de Bom Despacho. Iniciou a carreira na PMMG, em 1968, após matricular-se, como recruta, no Curso de Formação de Policial, no Batalhão Escola. Serviu no Contingente do Quartel-General – CQG, antes de matricular-se, em 1970, e concluir o Curso de Formação de Oficiais – CFO, em 1973. Concluiu, também, na Academia Militar do Prado Mineiro – AMPM, os Cursos de Instrutor de Educação Física – CIEF, em 1975; Informática para Oficiais – CIO, em 1988; Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO, em 1989, e Superior de Polícia – CSP, em 1992. Serviu no Batalhão de RadioPatrulha (atual 16º BPM), 1º Batalhão de Polícia Militar, Colégio Tiradentes, 14º Batalhão de Polícia Militar, Diretoria de Finanças e na Seção Estratégica de Planejamento do Ensino e Operações Policial-Militares – PM3. Como oficial superior da PMMG, integrou o Comando que reinstalou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, onde foi o Chefe da Divisão de Ensino de 92 a 93. Posteriormente secretariou e chefiou o Gabinete do Comandante-Geral - GCG, de 1993 a 1995, e a PM3, até 1996. No posto de Coronel, foi Subchefe do Estado-Maior da PMMG e dirigiu, cumulativamente, a Diretoria de Meio Ambiente – DMA. No ano de 1998, após completar 30 anos de serviços na carreira policial-militar, tornou-se um Coronel Veterano. Realizou, em 2003-2004, o MBA de Gestão Estratégica e Marketing, e de 2009-2011, cursou o Mestrado em Administração, na Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade FUMEC. Premiado pela ABSEG com o Artigo. É Fundador do Grupo MindBR - Marketing, Inteligência e Negócios Digitais - Proprietário do Ponto PM.
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