Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado de Londres.

Nesta quinta-feira (23), segundo a RFI, o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado ocorrido ontem nos arredores do Parlamento de Westminster, em Londres.

Conforme noticiado anteriormente, a agressão, que deixou quatro mortos, incluindo o autor do ataque, e cerca de 40 feridos, foi conduzida por um conhecido dos serviços secretos britânicos. Foi identificado como Khalid Masood, de 52 anos, nascido em Kent, no sudeste da Inglaterra.

As informações divulgadas indicam que reivindicação teria partido da:

Amaq, agência de propaganda do EI na internet, após divulgar que “o autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do grupo EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão internacional antijihadista”.

Esta é a primeira vez que a organização ultrarradical reivindica um atentado na Grã-Bretanha, que é membro da coalizão dirigida pelos Estados Unidos.

No Parlamento Britânico, a situação foi de aparente normalidade, quando verificamos que:
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, confirmou, hoje, que o autor do ataque era nascido no país e conhecido pela polícia e pelos serviços de inteligência britânicos. Pelo menos oito pessoas foram presas nesta manhã, suspeitas de envolvimento no caso. O motorista assassino foi identificado como Khalid Masood, de 52 anos.

May afirmou que o criminoso já tinha sido investigado alguns anos atrás por possíveis ligações com atividades extremistas. Mas para os serviços de inteligência, ele era visto como uma figura periférica no atual panorama do terrorismo no país. A primeira-ministra fez um discurso para seus colegas no Parlamento, que voltou a funcionar normalmente um dia depois de ter sido o alvo do ataque. Ela disse que os britânicos não vão se intimidar nem se abalar diante do terrorismo.

Harun Khan — O presidente do Conselho Muçulmano Britânico — “condenou o ataque e pediu para os seus cidadãos manifestarem sua solidariedade às vítimas”. Há, inclusive, “um grupo de civis muçulmanos liderados por um homem que testemunhou o ataque está angariando fundos para as vítimas e já conta com mais de 7 mil libras”.

Diante dos acontecimentos, há continuidade dos trabalhos da polícia, quando foi divulgado que:

Nesta manhã, a polícia anunciou que prendeu oito pessoas suspeitas de estarem ligadas ao ataque – quatro delas na cidade de Birmingham, a 200 quilômetros de Londres.

As autoridades britânicas decidiram manter como “severo” o nível de alerta para possíveis novos ataques, como vem sendo desde 2014. Isso significa que um novo ataque é “altamente provável”, mas não é “iminente”.

Londres e outras cidades do Reino Unido ganharam reforço de mais policiais armados nas ruas e em locais de grande movimento. A estação de metrô de Westminster e algumas das principais atrações turísticas da região reabriram suas portas nesta tarde.

O policial que morreu esfaqueado quando tentou impedir que o homem armado entrasse nas dependências do Parlamento foi identificado como Keith Palmer, de 48 anos, um pai de família e ex-militar.

Foi o mesmo homem que atacou Palmer, Khalid Masood, que dirigia o carro que, minutos antes, entrou em alta velocidade na ponte de Westminster e se chocou contra dezenas de pedestres. O autor do ataque foi baleado por policiais e morreu no local. As outras vítimas fatais são o turista americano Kurt Cochran,e a professora Aysha Frade, britânica de origem espanhola, de 43 anos, que trabalhava em uma faculdade na região. Entre os feridos, estão pessoas de 11 nacionalidades diferentes.

Na noite desta quinta-feira, milhares de londrinos são esperados em uma vigília em Trafalgar Square, no centro da capital britânica.

Fonte: RFI.

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