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Construindo a Descrição do Conhecimento

Conhecimento é um processo de validação da informação que chega ao nosso cérebro. Consiste numa análise de informações pretéritas acumuladas a partir da exposição do cérebro às experiências dos nossos terminais sensoriais. E favorecem a(o) audição, visão, olfato, tato e paladar. Assim, o cérebro cruza as informações obtidas, e, possibilita muitas conclusões, a partir do estoque de experiências acumuladas.

As experiências acumuladas não se encerram nos simples fatos de seus registros. Mas, a partir dos terminais sensoriais, multiplicam-se, em progressão geométrica. Procuram respostas ao infinito cruzamento de variáveis que se processa no nosso cérebro. E encontram respostas para todos os fenômenos que são observados e/ou sentidos na natureza.

O nosso cérebro precisa de estímulos, para produzir o Conhecimento.Na medida que nos distanciamos dos estímulos, nos distanciamos do Conhecimento. Dar a Conhecer é uma função adquirida pelo correto emprego dos estímulos. Cruzar informações, numa velocidade não medida, favorece o aumento do estoque de Conhecimento.

Como qualquer outra função que se busque aperfeiçoar, o Conhecimento é uma oportunidade de crescimento. E remete-nos a outro nível de compreensão e de entendimento do universo circundante. O Conhecimento, por ser um processo dinâmico, demanda aceitação e especulação e não é propício àqueles que demonstram preguiça mental. O Conhecimento, por ser cruzamento de variáveis, impõe a quem dele se aproprie, constante exercício da atividade mental.

O Conhecimento não pode ser entendido como dual, pois, se assim o fosse, o seu entendimento morreria, em si só, e não seria conhecimento. Seria apenas descrição do estado natural, ou seja, sentido o fenômeno, a informação seria arquivada e não gravitaria em torno dela as especulações necessárias, para a produção do Conhecimento. É isso, na verdade, o que difere a matemática da lógica.

Na matemática construímos uma expressão para validar uma informação, na lógica procuramos entender o pensamento que constrói a informação. Em outras palavras, na matemática nos cercamos de teorias, enunciados, fórmulas, ou seja, informações pretéritas, para construir uma expressão que valide uma informação.

Na lógica, nos concentramos no pensamento simples, sem deixar se influenciar pelas informações periféricas. Nela, devemos nos distanciar das informações sensoriais e nos centrar nas informações descritivas do fato em si, não se traduzindo, portanto, em conhecimento.

Na lógica, não nos é facultado especular. A nós é recomendado apenas centrar no cerne da questão. Isso é muito semelhante aos espetáculos de ilusionismos, onde ocorre a busca de informações para validar a arte do profissional. Nesse caso, nosso cérebro desconsidera informações primitivas e, finalmente, engana-se.

O Conhecimento, em muitos casos é confrontado com a realidade. Leva nosso cérebro a formular conclusões errôneas do ambiente. Cita-se, à guisa de exemplo clássico, o caso de rampas descendentes opostas, que se cruzam ou mesmos e encontram num ponto qualquer. Tem-se, então, a impressão de que o veículo liberado se desloca em marcha à ré. Dando-se a impressão de que estivesse subindo a rampa que descia, quando na verdade ela desce em relação ao veículo que vem na rampa oposta. Porém, essa rampa sobe em relação ao veículo que nela trafega, deixando-nos a impressão de que sobe, em marcha à ré. E o conjunto das informações visuais não permite ao cérebro uma conclusão apropriada do evento observado.

Pois bem, se o Conhecimento não é potencialidade dual, então pode-se classificá-lo como potencialidade tríplice. Isso porque necessita de uma construção objetiva, uma especulação subjetiva e um entendimento clarificado. Necessita ser uma hipótese em tese, uma compreensão em antítese para ser ao final um Conhecimento em síntese. Necessita o Conhecimento de uma positividade, ou seja, uma afirmação deque aquela realidade é a mais factível e verossímil. E tem de suplantar a negatividade do discurso que busca desqualificar as suas bases e não se deixar  influenciar pela neutralidade do óbvio ululante.

O Conhecimentonão é algo a ser dado, é algo a ser construído, algo a ser escolhido. Quem busca a Conhecer deve primeiro ser conhecido. Deve primeiro ser aceito. Deve primeiro permitir que o seu cérebro encontre a fertilidade necessária para crescer, se transformar, se cobrar, pois a quem é dado a Conhecer, mais responsável se tornará e mais se cobrará.

Leia também:

Clarificando o Conhecimento

Validação do Conhecimento

A Aplicação do Conhecimento

O Tempo e a Validação do Conhecimento

O Conhecimento, a Descrição Teórica e Operacional e a Relação Tempo e Espaço

Conhecimento Consequente da Produção das Informações

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Sobre o(a) Autor(a):

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Carlos Alberto da Silva Santos Braga

Major PM Carlos Alberto da Silva Santos Braga, natural de Bom Despacho - MG é Aspirante-a-Oficial da Turma de 1987. Ingressou na PMMG no ano de 1982, no Batalhão de Polícia de Choque, onde fez o Curso de Formação de Soldados PM. É Especialista em Trânsito pela Universidade Federal de Uberlândia e Especialista em Segurança Pública pela Fundação João Pinheiro. Durante o serviço ativo como Oficial na PMMG - 1988 a 2004 - participou de todos os processos estruturantes do Ensino, Pesquisa e Extensão. Nos anos de 1989 e 1990 participou da formação profissional da Polícia Militar do então Território Federal de Roraima durante o processo de efetivação da transformação em Estado. Foi professor da Secretaria Nacional de Segurança Pública nos Cursos Nacionais de Polícia Comunitária. A partir de 2005, na Reserva da PMMG, trabalhou como Vice-Diretor da Academia de Polícia Integrada de Roraima - Projeto da SENASP - foi Membro do Conselho Estadual de Trânsito de Roraima, Membro do Conselho Diretor da Fundação de Educação Superior de Roraima - Universidade do Estado de Roraima, Coordenador do Curso Superior de Segurança e Cidadania da Universidade do Estado de Roraima. Foi Superintendente Municipal de Trânsito de Boa Vista, Superintendente da Guarda Civil Municipal de Boa Vista, Assessor de Inteligência da Prefeitura Municipal de Boa Vista e professor nos diversos cursos daquela Prefeitura. Como reconhecimento aos serviços prestados ao Município de Boa Vista e ao Estado de Roraima foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário de Boa Vista - RR e com a Medalha do Mérito do Forte São Joaquim do Governo do Estado de Roraima. Com dupla nacionalidade - brasileira e portuguesa - no período de fevereiro de 2016 a outubro de 2022, residiu em Braga - Portugal onde desenvolveu projetos de estudos na área do Conhecimento. Acadêmico-Correspondente da Academia Maranhense de Ciências Letras e Artes Militares - AMCLAM.