100º do Portão das Armas

No ano do Bicentenário da Independência do Brasil (1822-2022), registrou-se outro feito significativo, na Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro. Ouviu-se, o “ecoar os sons dos tambores e dos taróis em magistral solenidade comemoraram-se os Duzentos Anos da Independência do Brasil e os Cem Anos do Portão das Armas da Academia de Polícia Militar.” A importância desse evento tem significativa importância para os Colegas de Farda do Alferes Joaquim Xavier – o Tiradentes. Testemunham as conquistas da Liberdade e da Paz Social, firmadas no solo da Pátria Amada Brasil. No entanto, dentre os valiosos profissionais mineiros de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, o mais feliz é o Major Veterano Carlos Alberto da Silva Santos Braga. Afeito à pesquisa dos negócios da Corporação Policial mais antiga do mundo, Carlos Braga, buscou informações encontradas, no Brasil e Portugal, quando residia, até pouco tempo, em Braga-PT. O consistente Relatório de Pesquisa, denominado O Portão das Armas da Academia da Polícia Militar Mineira é um Pórtico Colonial, mostra aos interessados na esplendorosa História Mineira e Portuguesa. O Relatório da Pesquisa (veja no link abaixo) foi publicada neste Ponto PM! Aliás, Carlos Braga, ao lado dos Camaradas Coronéis Veteranos — João Bosco de Castro e Marcílio Fernandes Catarino —, compõem o Rol dos nossos Ilustres Articulistas. Assim, em consequência das decisões estratégico-táticas da Liderança do Sistema de Ensino da Polícia Militar de Minas Gerais, Carlos Braga endereçou a seguinte correspondência: “Braga – Portugal, 12 de setembro de 2022 Exmo Senhor Coronel PM Rodrigo Sousa RodriguesDigníssimo Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais Excelentíssimo Senhor Comandante-Geral, bom-dia! Distante fisicamente, mas presente no respeito e na ordem em que nos inserimos, valho-me das presentes palavras para expressar algo comum a todos os amantes da realidade estoica – a gratidão – expressão de amor à verdade necessária, a única que existe e que só subsiste pelo compromisso com a correção, com a justiça, com a solidariedade e com o respeito por todos quantos fazem parte das nossas memórias. A fim de demonstrar a gratidão que se fez ecoar nas Minas Gerais, na noite do dia 9 de setembro do corrente ano, quando no Pátio da Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro, sob os auspícios do seu Comandante, o Senhor Coronel PM Eugênio Pascoal da Cunha Valadares, fizeram-se ecoar os sons dos tambores e dos taróis em magistral solenidade comemoraram-se os Duzentos Anos da Independência do Brasil e os Cem Anos do Portão das Armas da Academia de Polícia Militar. Valho-me de uma expressão germânica de agradecimento, própria da região da Baviera: “Ich bin deine Servus” e sendo Vosso Servo, ponho-me ao caminho. O caminho que se faz pelo significado de irreparável ato de amor à Pátria, às tradições, às pessoas e aos significados das edificações nos ritos de passagens que se manifestam na transposição dos umbrais do Portão das Armas da Academia de Polícia Militar, onde o cidadão deixa de existir e passa a ser o Homem-Estado e justamente por passar a ser o Homem-Estado a sua vida não vos pertence, passando a pertencer ao conjunto do simbolismo próprio da Ordem Militar e o compromisso com a Paz Social em Minas Gerais. Sou sim o autor de uma obra – História (in)Completa da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais – Símbolos, Ideais e Conhecimento – que procura resgatar toda a importância do conjunto material e imaterial que se encontra inserido no contexto da Academia da Polícia Militar de Minas Gerais, todo o capital intelectual e valor agregado que constituem a força e o domínio da inteligência institucional, tal obra se encontra disponível no espaço virtual da PMMG e é facultado a todos que a queiram transformar em meio material, afinal ela não me pertence, na verdade eu é que me pertenço a ela. Mas na verdade não é sobre ela – a minha obra – que se estruturam essas ideias, tento ajuntar as palavras para fazer fluir de mim algo que é parte de um conjunto de ações que têm um só objetivo: dignificar aqueles que, como eu, encontram no Portão das Armas da Academia de Polícia Militar a essência do que nos tornamos e ao nos tornarmos o que somos, ecoam as palavras de Saint-Exupéry, em sua icônica obra, “Nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos”. Aqui o que cativamos é o significado do Portão das Armas. Fui eu, com certeza, apenas aquele que teve a grata oportunidade de conviver com pessoas que conheciam a história oral da edificação, seu período histórico e as autoridades relacionadas a ele, coube a mim, organizar as palavras, colecionar imagens, conhecer ideias e pensamentos e por fim materializar. Não sendo eu, com certeza, em outro período o Idealizador indicaria outra Criatura para observar a Natureza e com pureza de Alma, transformar em sonhos o que se materializou na noite do memorável dia 9 de setembro de 2022. Já não cabe a mim, mas cabe sim naquele que, como eu, sonhou e deu o passo seguinte e dele temos a certeza de que com o Coração agiu e essa certeza deriva de quem ele é, de onde vêm seus princípios e para onde seguem seus sonhos. O conheci quando ainda Aspirante-a-Oficial, no ano de 1987, cheguei na icônica Vila Vitoriana, construída pela Coroa Inglesa como entreposto do ouro que se produzia nas Minas de Paracatu do Príncipe e que mais tarde encampada pela Rede Mineira de Viação foi cedida à Força Pública de Minas Gerais para a instalação do 7o BPM, tornando-se uma Vila Militar, construção histórica ímpar e pouco conhecida. Ele ainda criança, eu no Aspirantado passei a conviver com o seu saudoso pai, Cel PM Veterano José Geraldo da Cunha Pinto, pois servindo na Companhia Escola o seu pai era o P3 da Unidade, o responsável pelo Ensino e Instrução, na mesma Unidade sucedi ao seu tio, o Ten-Cel PM Veterano Raimundo da Cunha Pinto, na Seção de Manutenção e Transportes. Na 10a RPM trabalhei com outro tio dele, o Cel PM Veterano