A simpática mulher chinesa que derrotou “a gigante Uber”

 

A chinesa com um sorriso discreto, destacada na foto acima, é Jean Liu, a simpática mulher chinesa que derrotou “a gigante Uber”.

Jean Liu, segundo a Rádio França Internacional (RFI) é uma “executiva de 40 anos” e “filha de Liu Chuanzhi, o fundador de Lenovo, líder mundial dos PCs, que entrou para a história ao comprar parte da IBM”.

Antes de tornar CEO do “Grupo Didi”, e a despeito “de ter um pai famoso no mundo dos negócios”, Jean Liu “começou sua carreira nos bancos em Nova York”. E, na busca do reconhecimento de seu notável talento, caminhando com suas próprias pernas, personificando uma Workaholic, quando trabalhou, no início de sua carreira, “mais de 100 horas por semana”, a fim de “mostrar que era capaz de vencer sozinha”, conta a RFI.

Jean Liu venceu e tornou-se “diretora para a Ásia do banco Goldman Sachs,” pilotando “o grupo com mão de ferro.” Destacou-se, pois foi capaz de combinar “o espírito de competição capitalista e os valores chineses, encarnando o aumento do poder tecnológico da segunda economia mundial”, a reportagem ressalta, ainda, que, após regressar à “China, Jean investe essa ambição em um novo projeto: a direção da startup Didi Chuxing. A empresa é fruto da fusão entre dois aplicativos locais de gestão de serviços de taxi, que decidiram se unir para recuperar o terreno que o Uber vinha conquistando no país.”

Destacou-se, também, que o Grupo Didi, além dos negócios “transporte de pessoas”, “atua na entrega de comida, possui postos de gasolina e oficinas mecânicas, e tem seu próprio sistema de seguros.”

Na batalha travada para a conquista do significativo mercado chinês, a Uber teria jogado “a toalha após ter gasto mais de US$ 1 bilhão. Isso porque ” Didi aproveitou o instante de fraqueza do Uber e se ofereceu para assumir as operações da empresa no país, em troca de uma participação no capital do aplicativo americano […]”

Sobre a batalha travada, a reportagem evidencia também que:

A transação aconteceu no momento em que o gigante americano já havia gasto mais de US$ 1 bilhão e penava para se implantar no maior mercado online do mundo.

Desde que absorveu o Uber, o aplicativo tem praticamente o monopólio do mercado chinês, com 500 milhões de usuários. E esse sucesso se deve ao fato de que a Didi, que se apresenta como “a maior plataforma móvel de transporte no mundo”, conhece melhor os hábitos dos chineses que o partido comunista, explica o texto. Principalmente graças ao sistema de dados coletados durante as 30 milhões de corridas diárias, em 400 cidades diferentes, ao ponto de servir de consultora para o governo sobre temas ligadas ao tráfego na China, um dos principais problemas das metrópoles do país. Hoje, o grupo tem 10 mil empregados, metade deles engenheiros ou especialistas de big data, pontua a revista.

O grupo Didi ainda não gera lucros, e pretende fazer sua entrada na Bolsa de Valores apenas no ano que vem. “Para seduzir os investidores, a empresa deve continuar crescendo”, analisa o texto. Por enquanto essa vontade se manifesta por meios das parcerias com os antigos rivais do Uber, como Brab e Lyft na Ásia ou a estoniana Taxify, na Europa. Mas a gigante chinesa também está de olho em novos mercados, como o brasileiro, pois comprou o aplicativo 99, além de ter se lançado com seu próprio nome na Austrália, México e prepara sua chegada no Japão, completa a reportagem da revista francesa Le Point.

Com as informações da RFI e Le Point

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