A presença da Mulher, na história da civilização humana, foi decisiva e colaborativa, segundo os autores bíblicos e historiadores seculares. Naquelas fontes, há informações sobre muitas mulheres que decidiram e/ou agiram em prol do desenvolvimento e da proteção de seus povos. Constituíram — e ainda constituem — o grupo das mulheres combatentes e das mulheres protetoras. Por isso, neste 8 de março, consagrado Dia Internacional da Mulher, o Pontopm presta mais uma homenagem singular às laboriosas mulheres militares brasileiras.
Mulheres combatentes
Entre as mulheres combatentes, nesta postagem, destacam-se: Débora e Artemísia.
Débora: a juíza israelita
A participação histórica de Débora — “cujo nome significa ‘abelha’, única profetiza entre os Juízes de Israel — cristaliza uma homenagem singular às mulheres militares brasileiras. Suas ações, registradas nos capítulos 4 e 5 do Livro de Juízes, por volta do Século XII aC, foram decisivas. Obteve o reconhecimento de Baraque que lhe afirmara: “Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei.” Débora foi com Baraque e derrotaram o Rei de Canaã. Subjugaram o Exército liderado por Sísera. Este fugindo do campo de batalha, foi acolhido e morto por Jael. Em “O Cântico de Débora”, o texto bíblico destaca: Bendita entre todas as mulheres será Jael, mulher de Heber, o queneu; bendita será entre as mulheres nômades(Juízes 5:24).
A Almiranta Artemísia
Artemísia foi outra mulher que se destacou na batalha Naval de Salamina, travada entre os persas e gregos, no limiar do Século V aC. No canal do History, em “Construindo um Império”, o ator e diretor Peter Frederick Weller, fez referência à Almiranta Artemísia, quando descreveu que:
Há um episódio notável na derrota na Batalha de Salamina. Uma mulher chamada Artemísia, única capitã na esquadra persa, tapeou os gregos atingindo um de seus próprios navios e escapou no meio da confusão. Sua habilidade de sobrevivência impressionou Xerxes que teria dito “Meus homens tornaram-se mulheres e minhas mulheres se tornaram homens”
No ano de 2014, a indústria cinematográfica estadunidense reproduziu a sagacidade de Artemísia, no filme “300: A Ascensão de um Império. Assista a um dos trailers no no seguinte vídeo:
Mulheres protetoras
Nas fileiras das Instituições Militares Estaduais (IME), há mulheres valorosas, a exemplo de Débora e Artemísia. São, igualmente combatentes, e são evidenciadas na condição de mulheres protetoras. São as profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Presentes, nas 26 unidades da Federação e no Distrito Federal,de cada uma das IME, recebem, anualmente, de suas respectivas IME, homenagem singular, no Dia Internacional da Mulher. Devem ser homenageadas, inclusive, na forma de tratamento que lhes é devido.
Assim, na Flexão e Modernidade, uma das três partes do Livro O Estouro do Casulo, João Bosco de Castro — Oficial de polícia ostensiva e preservação da ordem pública; poeta e jornalista deste Pontopm — presta uma homenagem singular, às militares estaduais, citando as “consolidadoras do Descobrimento do Brasil, Dona Brites de Albuquerque [ Esposa de Duarte Coelho Pereira e homônima da mãe de Martim Afonso de Sousa. ] e Dona Ana Pimentel, as duas primeiras grandes capitãs portuguesas nos domínios de Santa Cruz! “. Ensina, também, que “Sobranceira e elegantemente, falemos e redijamos, com acerto e modernidade, sem nenhum atavio de petulância nem afetação:
o almirante | a almiranta |
o aspirante-a-oficial | a aspiranta-a-oficial |
o bacharel | a bacharela |
o brigadeiro | a brigadeira |
o cabo | a caba |
o cadete | a cadeta |
o capelão | a capelã |
o capitão | a capitã, a capitoa |
o chefe | a chefa, a chefe |
o subchefe | a subchefa, a subchefe |
o cirurgião | a cirurgiã |
o comandante | a comandanta |
o subcomandante | a subcomandanta |
o coronel | a coronela |
o diretor | a diretora |
o escrivão | a escrivã |
o escrivão | a escrivã |
o general | a generala |
o major | a majora, a majora |
o marechal | a marechala |
o militar | a militara, a militar |
o oficial | a oficiala |
o o presidente | a presidenta |
o recruta | a recruta |
o sargento | a sargenta |
o terceiro-sargento | a terceira-sargenta |
o segundo-sargento | a segunda-sargenta |
o primeiro-sargento | a primeira-sargenta |
o servidor | a servidora |
o soldado | a soldada |
o tenente | a tenenta, a tenente |
o segundo-tenente | a segunda-tenenta, a segunda-tenente |
o primeiro-tenente | a primeira-tenenta, a primeira-tenente |
o subtenente | a subtenenta, a subtenente |
o tenente-coronel | a tenente-coronela , a tenenta-coronela |
CASTRO, J.B. (1998). |
Nas histórias das IME, há registros das ações bem-sucedidas alcançadas pelas mulheres, profissionais de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. Conquistaram seus espaços, nas atividades-fim e atividades de apoio, nos níveis operacionais, intermediário e estratégico. Três delas alcançaram, inclusive,o mais alto posto, tornando-se comandantas-gerais.
Neste ano de 2019, a Polícia Militar de Minas Gerais, mediante seu comandante-Geral — Coronel Giovanne Gomes da Silva —, homenageou as militares estaduais mineiras, com o seguinte vídeo:
Respostas de 4
A presença da mulher nos quadros das forças militares e de segurança, atende aos princípios descritos por Robert Peel – a Polícia é o povo e o povo é a Polícia – sem nos descuidar dos conceitos inclusivos de direitos humanos e dos grupos vulneráveis.
Concordo com você, caro Carlos. Nas considerações sobre “os princípios de Robert Peel” estão publicadas neste Pontopm. Vemos, no Princípio 7: “7. The police at all times should maintain a relationship with the public that gives reality to the historic tradition that the police are the public and the public are the police; the police are the only members of the public who are paid to give full-time attention to duties which are incumbent on every citizen in the intent of the community welfare.” Numa livre tradução lemos que: “A polícia em todos os momentos deve manter um relacionamento com o público que dê realidade à tradição histórica de que a polícia é o público e o público é a polícia; a polícia é o único membro do público que é pago para prestar atenção em tempo integral aos deveres que cabem a todos os cidadãos na intenção do bem-estar da comunidade.” (grifamos).
Gostei de seu ufânico texto de louvor à Mulher. Muito obrigado por citar meu Flexão e Modernidade para reconhecimento de mérito das zelosas Militaras e Policialas, à sombra das excelsas Capitãs Brites de Albuquerque e Ana Pimentel, as notáveis Civilizadoras de Pernambuco e São Vicente. Abraços marianianos!..
São justas, a homenagem e a referência textual ao tratamento respeito. São lições aprendidas na vida de caserna e compartilhadas publicamente. Abraços Marianianos!