O artigo avaliação de estresse em policiais militares, da autoria de Marilda Aparecida Dantas; Denilza Vitar Cantarino Brito; Pâmela Batista Rodrigues e Tiago Silvério Maciente contém informações valiosas para os gestores de profissionais da polícia ostensiva e preservação da ordem pública.
No artigo que relata os resultados da pesquisa realizada pelos autores, contém o seguinte resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar o nível de estresse em policiais militares. Para isso, utilizou-se o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Foram sujeitos 38 policiais militares, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que estão em atividade, de uma unidade do batalhão no sul de Minas Gerais. Destes, 45% apresentaram estresse em algum nível, com predominância da fase de resistência. Em relação ao gênero, constatou-se que policiais militares do sexo feminino apresentaram mais estresse. Quanto à função, observou-se estresse em policiais da área administrativa. Segundo a idade, o estresse foi identificado com maior concentração entre 25 e 41 anos. Esses profissionais necessitam de maior atenção quanto ao aspecto psicológico, visto que o índice de estresse observado neles foi elevado.
Os dados indicam que todos os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública estão sujeitos ao estresse, independente do local — seja nos aquartelamentos ou nas ruas —, ou da atividade — administrativa ou operacional — desenvolvida. Observa-se, também, que os profissionais — entre 25 e 41 anos e mais propensos ao estresse — integrantes das categorias de maior potencial, físico e maturidade profissional etc., de empregabilidade funcional. Outra preocupação para os gestores da polícia ostensiva e preservação da ordem pública é o alerta destacado no artigo, indicando que:
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2009), a população de policiais civis e militares faz uso de tranquilizantes diária ou semanalmente, um número quase seis vezes maior que a média da população nacional.
Destaca-se o cuidado que todos devem ter com a saúde, cabendo principalmente ao gestores citados anteriormente e aos responsáveis técnicos (médicos, enfermeiros, terapeutas etc.) pela higidez funcional dos respectivos profissionais sob os seus cuidados.
Assim, nunca é demais lembrar as orientações da Drª Nathércia Abrão, ao destacar, em: Qualidade de Vida no Trabalho, os aspectos observados no conceito de saúde funcional.
Mas, é possível prevenir o estresse. Os autores destacaram a alimentação, relaxamento e atividades físicas, outrora praticadas pelos profissionais que antecederam os sujeitos considerados na pesquisa em questão.
Nos dias atuais, os profissionais que se empenham para alcançarmos melhor qualidade de vida não se cansam de nos alertar sobre os cuidados alimentar e prática de uma atividade desportiva.
Fica, pois, o alerta: prevenir o estresse é preciso!