Decisão da ONU é Rejeitada pela Coreia do Norte
A Coreia do Norte rejeitou categoricamente, nesta quarta-feira (15), a Resolução do Conselho de Segurança da ONU, em consequência do lançamento do tiro balístico de míssil realizado no último domingo (12) O lançamento balístico foi considerado uma provocação ao novo governo americano. O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu uma resposta “firme ao regime de Pyongyang. A RFI noticia que as resoluções da ONU proíbem Pyongyang de desenvolver programas militares ou balísticos. A decisão do Conselho de Segurança, na última segunda-feira (13), condenou por unanimidade o teste do míssil, julgando que se tratava de uma “grave violação” das resoluções do órgão, ameaçando o regime de novas medidas significativas. Esta última decisão do Conselho de Segurança da ONU é a sexta daquele órgão, considerando que a primeira foi tomada no ano de 2006 e, duas delas, no ano passado. Neles, foram lançados vinte mísseis. As informações evidenciam que “o objetivo de Pyongyang é que as armas tenham alcance suficiente para atingir o território americano”. As decisões têm o propósito de convencer “o líder Kim Jong-Un a abandonar seus projetos militares”. Por outro lado, a KCNA, agência oficial do governo norte-coreano, declara que a decisão da ONU “é um questionamento ao direito de um Estado soberano à legítima defesa”. Além disso, alerta sobre a necessidade de a ONU “olhar de frente os progressos norte-coreanos e assegurar a posição estratégica do país como uma potência nuclear”.
Viver é aprender!
Temos 20 anos em que greves de policiais militares acontecem no país. E ao longo da História brasileira tivemos greves de forças policiais desde o Império. O Exército já se amotinou, várias forças já foram extintas e recriadas por causa de conflitos entre elas e com o governo. Parece que desaprendemos a lidar com isso – e esse desaprender é intencional. O que eu vejo são cálculos oportunistas. A ideia do “quanto pior, melhor” tem favorecido péssimos governantes. Jacqueline Muniz – Fonte. Devem ser lidas, analisadas e refletidas — principalmente pelos profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública —, as considerações de Jaqueline Muniz, à BBC, e de Elio Gaspari, na sua coluna, na Folha de S. Paulo, nesta data, e transcrita abaixo. No último editorial do Pontopm, alertou-se a respeito, com uma série de indagações, agora, parcialmente, respondidas. Mas, aos textos ora indicados, a maior atenção deve ser da liderança executiva dos policiais militares brasileiros, principalmente, no momento da decisão para ocupar cargo de poder decisório. Na maioria das vezes, uma carreira é construída com muito sacrifício, para ser encerrada — e até esquecida — quando as escolhas são equivocadas. É preciso pensar muito bem, pois o verdadeiro poder pertence aquele executivo que tem a chave do cofre. De resto, só o gerenciamento do conflito, com muita sabedoria e cuidado, para não cometer erros, especialmente injustiças. Leia, por favor, o texto de Elio Gaspari, e reflita! Somando-se todos os seus mandatos, Paulo Hartung governou o Espírito Santo por dez anos e trabalhou duro no seu saneamento financeiro. Encarnou o respeito à Lei da Responsabilidade Fiscal e aquilo que chama de “o caminho capixaba”. O motim da Polícia Militar do Estado mostra a necessidade da busca de algo impossível, uma lei da responsabilidade social. O prometido paraíso fiscal levou o Espírito Santo a viver dias de inferno social. Enfrentando o motim da PM, o governo de Hartung seguiu um modelo comum aos governadores que esticam a corda e, quando despertam, pedem socorro às Forças Armadas. Em 2012, num motim muito parecido com o capixaba, o governador Jacques Wagner chamou o Exército. Seis governadores já chamaram a tropa e 22 Unidades da Federação já expulsaram policiais militares e bombeiros. Parecem grandes defensores da lei e da ordem, mas é tudo teatro. Entre 2011 e agosto passado, o Congresso votou duas anistias para policiais e bombeiros que se meteram em pelo menos 33 greves e motins. Nas duas, o PMDB de Temer e Hartung apoiou as iniciativas (curiosidade: um militar que sofreu uma sanção disciplinar enquanto sua tropa estava mobilizada para conter um motim continua com a ficha suja. O PM foi anistiado). Noutro motim, o dos bombeiros do Rio, o governador Sérgio Cabral foi o paladino da lei e da ordem. Hoje ele está em Bangu. Pezão, seu vice e herdeiro, também chamou o Exército, depois de detonar a responsabilidade fiscal, a social e, quem sabe, a penal. Hartung sustenta que não atende as reivindicações da PM pois não tem dinheiro. Algum dia se saberá quanto custou a mobilização da tropa federal de 3.000 homens. A desordem que acompanhou o motim custou dezenas vidas e cerca de R$ 500 milhões à economia. Esse aspecto fiscalista das desordens não é o único. Nesses motins e na forma como os governos estaduais reagem, há uma irresponsabilidade social, impossível de ser legislada, mas possível de ser percebida. Os governadores não se previnem e, quando o caldo entorna, chamam o Exército. Quando tudo volta ao normal, deixam a anistia passar no escurinho do Congresso. A doce figura de Milton Campos (1900-1972) governava Minas Gerais quando estourou uma greve provocada por salários atrasados e um de seus secretários anunciou que mandaria um trem com soldados para a área. “Não seria melhor mandar o trem pagador?”, perguntou o governador. Seria um exemplo de tibieza, mas esse adjetivo jamais poderá ser associado ao general Ernesto Geisel. Em 1975, ele enfrentava uma greve de fome de presos políticos por melhores situações carcerárias e dois dos seus generais cuspiam fogo. (Entre os presos estavam dois condenados à prisão perpétua, três sequestradores e um dos terroristas que mataram um marinheiro inglês cujo navio visitava o Rio de Janeiro.) Geisel estudou a situação e informou: “Ceder a uma greve é duro, mas eu prefiro ceder”. Se fosse possível redigir uma lei da responsabilidade social, os governantes seriam punidos quando criassem situações caóticas. Em nome da responsabilidade fiscal, Hartung acha que faz o certo, assim como Michel Temer acredita que deve reformar a Previdência e a legislação trabalhista de acordo com as tabelas de seus sábios. Planilha de excel qualquer um faz. Administrar uma sociedade é bem outra coisa.
Penitenciária Inglesa num documentário da BBC
A RFI noticiou, nesta terça-feira (14), que a divulgação de um documentário do canal de TV BBC provocou uma grande polêmica. Isso porque foi revelada a situação caótica da prisão de Northumberland, situada no nordeste da Inglaterra, uma das mais importantes do Reino Unido. A notícia informa que o jornalista Joe Fenton teria passado dois meses como agente penitenciário naquela unidade penal e, com uma câmera escondida, teria realizado as filmagens para o documentário. Dentre os episódios destacados, o documentário mostra que: As imagens revelam uma realidade preocupante. O número de funcionários é insuficiente, os carcerários perdem frequentemente o controle da situação e o uso de drogas é generalizado e as condições mínimas de segurança não estão asseguradas. Sobre as questões envolvendo o tratamento penitenciário, o jornalista teria constatado que: os alarmes de várias portas consideradas estratégicas estão quebradas e o tráfico na cadeia é bem organizado. Fenton também presenciou o uso de uma substância conhecida como Spice. Vários prisioneiros foram achados jogados em suas camas depois de consumir o psicotrópico. Um agente penitenciário tomado por convulsões depois de ter inalado a droga por acidente. Muitos funcionários revelaram que não têm mais “coragem” de intervir nas brigas entre os presidiários ou vasculhar os pavilhões mais violentos. Foi noticiado também que o Ministério da Justiça “anunciou a abertura de um inquérito para analisar a situação na prisão onde vivem atualmente pouco mais de 1300 prisioneiros”. A RFI informou que “o documentário também é uma crítica velada ao governo conservador de Theresa May, que fez diversos cortes no setor desde sua chegada ao poder”. A superpopulação carcerária é considerado um dos problemas principais, pois, em 30 anos, aproximadamente, o número de detentos teria aumentado de 42 000 para 85 000. Para o partido de oposição trabalhista é preciso remediar o problema com penas de prisão mais curtas e aumentar o esforço na reinserção dos egressos. Por outro lado, a ministra da Justiça de Theresa May, Lizz Truss, não é favorável a essa estratégia. Sua pretensão é: aumentar a pena de detentos acusados de crimes sexuais e violência doméstica. Por outro lado, ela também anunciou que investirá € 120 milhões por ano em programas de reinserção e inspeções mais severas nas penitenciárias. As medidas são consideradas insuficientes pelos funcionários, que apelam para novas contratações que evitariam o caos completo em estabelecimentos à beira da explosão.

