Louros sob espinhos…
Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves? Jó 7.17 Com humildade, conhecimento e sabedoria, o Professor, Jornalista e Tenente-Coronel PM João Bosco de Castro, coloca o “Louros sob Espinhos” — outra preciosa e mui bem elaborada obra literária — à disposição do público brasileiro, mais especificamente aos policiólogos de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Nas primeiras páginas, o autor de Louros sob Espinhos assim se manifesta: Ofereço este Livro à imagem autêntica e legítima da Polícia Militar Brasileira, especialmente ao melhor desempenho da Força Pública da Paz Social de Minas Gerais. Há, também, no Louros sob Espinhos uma apresentação do saudoso Coronel Saul Alves Martins — Ensaísta, Professor, Folcrorólogo e Profesor da Universidade Federal de Minas Gerais. Daquele Professor-Doutor, destacamos, aqui, os parágrafos inicial e final: A realidade não é o que nos parece ser, e só a pesquisa confere sabedoria: pesquisa-se para conhecer; conhecer para prever; prever para controlar. Humanize-se o policial militar, e, com certeza o reconhecimento da sociedade se fará presente. Recuar é raro na história da raça humana, parar é comum, é a estagnação. O importante não é progredir depressa, é não cessar de ir sempre em frente. Coube ao Coronel PM Ari de Abreu — Bacharel em Direito, ex-Comandante da Academia Militar do Prado Mineiro e integrante da Academia de Letras “João Guimarães Rosa” — prefaciar o “Louros sob Espinhos“.Sobre o autor e a obra, o Coronel Ari de Abreu destacou:”Considero o PROFESSOR JOÃO BOSCO DE CASTRO dono de NOTÓRIO SABER, com base em seu maciço cabedal em LITERATURA COMPARADA (ESTUDOS LITERÁRIOS), com rigorosa e escorreita metodologia científica e extraordinária autoridade literocultural, nítido e comprovado na Pesquisa Acadêmica […]. Para o Coronel Ari, a obra: […] obtém e expõe ao juízo filosófico científico e até ao senso moral a imagem de polícia militar e seus agregados congêneres, segundo a óptica da Literatura Brasileira (acrescida de elaborações intelectuais de conteúdo antropológico, histórico, filosófico, jornalístico e sociológico) em diversos estilos de época e padrões de cultura. Vale a pena conferir!
Crime e Gratidão em Nova York
Crime e Gratidão em Nova York foi o título do Editorial sobre a criminalidade, publicado no Jornal The New York Times, no último dia 7 de janeiro. O Editorial ressalta que, naquela maior cidade do Estados Unidos, a taxa de criminalidade decresce, ano a ano, inclusive, no último ano (2016), quando teria sido verificado crescimento em outras localidades. Na coletiva de imprensa, no dia 4 de janeiro, o Prefeito Bill de Blasio e o Comissário de Polícia James O’Neil alcançaram altos pontos. Foram 1.000 tiros a menos, um recorde de queda, considerando os 5.000 registrados 25 anos atrás, destacou Blasio, enfatizando o horizonte de tempo. Menos 17 homicídios dos 335 registrados em 2016 contra os 352 de 2015, além da diminuição nos crimes de estupros, furtos e roubos. O total de crimes registrados também diminuiu em 4.315, considerando que em 2015 foram 105.921, e, 101.606, em 2016. O mais impressionante, destacou o editorial, é como a criminalidade diminuiu quando as políticas policiais e de justiça criminal mudaram drasticamente. A criminalidade caiu quando os policiais da cidade de Nova York registraram centenas de milhares de abordagens todos os anos, e caiu quando foi abandonada a política injusta – no ano de 2016, foram abordados 10.000 nova iorquinos. A criminalidade caiu mesmo quando Nova York abandonou políticas antigas e duras contra a criminalidade, reduzindo acentuadamente a quantidade de prisões e espaços de encarceramentos. Uma pesquisa realizada em Harvard Kennedy School evidenciou queda de 58%, nas prisões e encarceramento, e, 58%, nos crimes violentos. Isso indica, ressalta o Editorial, que Nova York não é apenas a maior e mais segura cidade americana, mas também a que tem o menor número de encarceramentos proporcional ao seu tamanho. Houve queda na criminalidade depois que a Câmara Municipal aprovou uma reforma na legislação sobre o processo de convocação e suavização do uso da maconha e outras violações menores. Ele continuou caindo mesmo quando os críticos de Blasio insistiram que sua eleição tinha condenado a cidade a voltar aos dias de tiroteios, pichações, incêndios culposos e arrastões. A notícia é boa, mas 335 homicídios em uma cidade com mais de 8,5 milhões de pessoas causam muita tristeza humana. O Jornal The Times passou o último ano verificando cada homicídio registrado na 40ª Delegacia no Sul de Bronx, um dos vários bairros tumultuados por gangs, drogas e armas, onde a violência e a pobreza e a desconfiança são resistentes à polícia. Os nova-iorquinos não compartilham o dividendo de paz que a cidade como um todo goza. A série Times observou que bairros fora de Manhattan não conseguem os mesmos recursos que aqueles de lá para fazer face a criminalidade. Verificou que as equipes de detetives, na área de responsabilidade da 40ª, perderam 8 profissionais entre 2001 e 2015. Enquanto a criminalidade diminuiu um terço naquele período, a taxa verificada para a área da 40ª permaneceu inalterada. O trabalho do Departamento de Polícia é o mesmo em toda a cidade; seus métodos e seu compromisso com a prevenção da criminalidade também devem ser os mesmos. O desafio para o Prefeito Blasio e o Comissário O’Neil é continuar diminuindo a violência nos pontos críticos, empregando os recursos o mais justo e eficazmente possível. Uma descrição comum do Prefeito Blasio – alimentada por seus críticos e amplificada por notícias sensacionalistas e televisivas – e que ele negligencia a governança de grande importância enquanto persegue inepta ambições motivadas pelo ego. Alguns apontam para problemas como a falta de moradia, um desastre sem solução, de câmara lenta sob o prefeito, como prova de sua incompetência. Mas a persistência da queda da criminalidade conta uma outra história. Nova York é mais segura e mais tranquila do que a maioria de nós pode se lembrar. A sua taxa de criminalidade é uma inveja para outras cidades americanas – mais tragicamente Chicago, mas também Detroit, Phoenix, Dallas, Memphis, Las Vegas, San Francisco, Honolulu, Boston e outras, onde as taxas de homicídios são crescentes. O Prefeito Blasio e seus comissários, William Bratton e agora O’Neil, bem como os 36.000 policiais do departamento, merecem muito crédito, e a gratidão da cidade.O Prefeito Blasio e seus comissários, William Bratton e agora O’Neil, bem como os 36.000 policiais do departamento, merecem muito crédito, e a gratidão da cidade.