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Uma Mulher e seus parentes militares.

Nos seus oitenta e oito anos de vida, Graciosa teve esplêndida convivência com muitas pessoas, familiares ou não. Mas, na sua vida, conviveu muito com os militares mineiros. Tornou-se então, uma mulher e seus parentes militares. Neste Dia Internacional da Mulher, conheça a homenageada, desde o nascimento, infância, adolescência, casamento, família e o parentesco com militares e suas atividades acadêmico-literárias. O nascimento e a infância de uma mulher e seus parentes militares. Graciosa veio ao mundo, no dia 10 de setembro, no ano de 1929. Em seguida, veio uma das Primaveras mais floridas de Itapecerica, cidade aprazível da Região Geográfica Imediata de Divinópolis. Os anos passaram, dia após dia, naquele tempo festivo e aumentava a alegria dos pais, irmãos, tios e primos. Tempos depois, Graciosa mudou-se, com os queridos familiares, para Bom Despacho. Nessa cidade, edificaram-se as instalações da Estrada de Ferro Paracatu (EFP), que tornou-se o Ramal Paracatu da Rede Mineira de Viação (RMV), criada em 1931. Naquele ano, editou-se o Decreto-Lei n° 9.969, de 09 de Julho, criando o 7° Batalhão de Caçadores Mineiros da Força Pública do Estado de Minas Gerais, atual 7º BPM. Um de seus tios ingressou nessa unidade, tornando-se sobrinha de militar. Na infância, Graciosa viveu momentos de alegria, com as outras duas irmã. Houve, porém, um momento de tristeza, com o falecimento de uma delas. Veio-lhes, no entanto, o tempo de conquistas! Ambas as irmãs realizaram o Ensino Primário no Grupo Escolar de Bom Despacho. Não houve, contudo, a continuidade dos estudos, na Escola Normal, própria para moças daquela época. Isso implicaria na mudança de cidade e custeios elevados. A adolescência e o casamento uma mulher e seus parentes militares. Novo tempo de conquistas chegou às irmãs adolescentes da Cidade-Sorriso. Qualificaram-se para o acesso ao trabalho, na Companhia Industrial Aliança Bom-despachense (CIAB), fundada em 1938. Graciosa e a irmã trabalharam, naquele empreendimento, conhecido pelos Bom-despachenses de “fábrica de tecidos”. Sentiram-se, novamente, vencedoras. Alcançaram a possibilidade de independência, com os ganhos financeiros, ainda que pequenos. Às moças e aos moços abastados, favoreciam-lhes as escolas internas, nas cidades maiores das cercanias. Aos filhos dos ferroviários, da RMV, e dos militares, do 7º BPM, restavam-lhes, tão somente, alcançar uma das vagas disponíveis, na carreira ferroviária ou militar. A família de uma mulher e seus parentes militares. Primeira e segunda gerações de militares Além do seu tio, um de seus irmãos ingressou naquela Unidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). De igual modo, aquele que seria seu esposo, ingressou-se no 4º Batalhão de Uberaba. Com isso, Graciosa — que era sobrinha de militar — tornou-se irmã e mulher de militar, após se casar, no dia 8 de fevereiro de 1947, na Assembleia de Deus de Bom Despacho. Possivelmente, o Tu és divina e Graciosa…, do cancioneiro popular, som do clarinete, tocado pelo jovem esposo, soava-lhe melodicamente. A música uniu o jovem casal. Tornaram-se músicos e apaixonados e tementes da Deus. Foram abençoados, com a chegada dos filhos. Alcançaram, pois, nova conquista, com o ingresso do irmão do esposo e e marido de sua irmã, na PMMG. Graciosa se tornou cunhada , por duas vezes, e prima-irmã de militares, após um de seus primos-irmãos ingressar, no 7º BPM, e um outro matricular-se no Curso de Formação de Oficiais, no Departamento de Instrução (DI – da PMMG). Terceira Geração de militares O tempo passava e Graciosa ousou ir mais longe. Mudou-se com os filhos, a Belo Horizonte. Ficaria perto do esposo que, na Capital do Estado, realizava o Curso de Formação de Oficiais de Administração. Depois, mais uma vez, prima-irmã e tia de militares, um primo-irmão e um de seus sobrinhos ingressarem na PMMG. Seguiram-lhes, na carreira militar, outro primo-irmão e seus dois filhos mais velhos. Graciosa tornou-se, respectivamente, pela primeira vez, prima-irmã e tia e mãe de militares. Pouco tempo depois, a filha mais velha casou. O genro de Graciosa era Repórter da ex-Rádio Guarani, mas ingressou-se, também, na PMMG. Pela ela primeira vez, foi sogra de militar. Depois, Graciosa tornou-se, numa terceira vez, cunhada de militar. Contudo, outros dois sobrinhos, seguiram os exemplos dos pais — um irmão e outro cunhado de Graciosa. Tornou-se, pela primeira vez, tia de militares. Novamente, foi prima em segundo grau e mãe e tia de militares, após os filhos de dois dos seus primos-irmãos e mais um de seus filhos, e dois sobrinhos, e uma de suas filhas ingressarem na PMMG. Quarta geração de militares De igual modo, Graciosa ficou muito feliz, quando soube que um de seus sobrinho-neto e um de seus netos e o esposo de uma de suas sobrinhas-netas ingressaram, também, na PMMG. Um de seus netos casou uma militar. Foi pela primeira vez, avó e tia-avó de militares. Depois, uma de suas filhas casou-se com um militar. Graciosa se tornou sogra de militar, pela segunda vez.O casal foi abençoado por Deus. Geraram dois filhos. Esses seguiram os passos dos pai, ingressaram no Corpo de Bombeiros Militares — CBM-MG. Assim, Graciosa foi, pela segunda e terceira vezes, avó de militares. Foi, ainda, pela segunda e terceira vez, tia-avó de militar. Profissionalização e despedida deste mundo Em meio a tais acontecimentos, no princípio da Década de 90, Graciosa cursou o Ensino Supletivo dos 1º e 2º graus. Aprovada no Concurso do Vestibular, graduou-se em Pedagogia, na Faculdade Belo Horizonte, atual Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Especializou-se em Supervisão Escolar e escreveu os Livros Adolescentes Bem-Sucedidos e Vitoriosos e A História de Henrique (no prelo). Após uma vida de muitas lutas e de conquistas, a Vitoriosa Graciosa, denominada — mais de uma vez e publicamente — de Mulher Virtuosa, deixou-nos. Partiu ao encontro do Deus Único e Vivo que ela creu, e ensinou isso aos seus queridos familiares. Em suma, deixou-nos, no final da manhã do dia 18 de janeiro de 2018. Encontrava-se internada, no Hospital da Polícia Militar, onde ganhara os cinco filhos caçulas. Eis, afinal, o porquê da Homenagem do PontoPM, neste Dia Internacional da Mulher, à uma mulher e seus parentes militares.

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