POLICIAL MILITAR ESCORREITO E INIGUALÁVEL…

Conheci-o, no Centro de Pesquisa e Pós-graduação da Polícia Militar de Minas Gerais (CPP – PMMG), em meados de 2002. Eu já estava na segunda fase de meu retorno à ativa da Corporação, às vésperas da publicação de meu quarto volume da Coletânea Essência Doutrinária, Glorioso Tormentório, após cujo lançamento se interromperia tal trabalho de Fundamentação Ética, para Eu ajudar a cuidar da implantação da esplêndida e marcante Reforma da Educação de Polícia Militar da PMMG de 2001, graças à qual se criara o Centro de Pesquisa mencionado, segundo vontade e decisão do então Comandante-Geral, Coronel Álvaro Antônio Nicolau. Meu recém-conhecido era Segundo-Sargento e recebera a missão de reazeitar a diagramação e arte-finalização de Glorioso Tormentório, já digitado, diagramado e arte-finalizado por minha Filha Ana Lívia Azevedo Castro e refundido, no próprio CPP, pela Caba Valéria Gonçalves (somente soube ser esta a esposa do tal novo-conhecido, algum tempo depois…).

Começamos a labuta conjunta, no CPP. Gostei do jeitão discreto e operoso dele. Homem de valor!…

Tratava-se do Segundo-Sargento Antônio Geraldo Alves de Siqueira!

Afeiçoamo-nos um ao outro, com boa camaradagem e respeito recíprocos. Isso virou legítimo e transparente Companheirismo, qualidade preciosa e necessária ao melhor convívio, especialmente em ambiência policial-militar de saudável serviço público exigente de autenticidade e legitimidade plenas.

Além de Assessor Especial do Comandante do efêmero e malsoante Instituto de Educação de Segurança Pública  ̶  nome necessariamente apagado em favor do rebrilho viçoso do rótulo de Academia de Polícia Militar…  ̶ , tornei-me, também, no dia a dia, Redator-Revisor, informal e pacato, das coisas garatujadas pelos sábios do Prado Mineiro, principalmente pelos Organizadores e Artífices do Centro de Pesquisa e Pós-graduação. Depois, até me fizeram de Consultor para as tretas da Educação, ao longo dos Centros diversos da Academia, enfaticamente do Centro de Pesquisa e Pós-graduação e, mais enfaticamente ainda, da gloriosa Revista O Alferes e respectivo Conselho Editorial (retimbrado de Comitê Editorial), para honra e glória dos Pilares da Pesquisa de Polícia Militar. Caladinho e proativo, aquele Sargento Siqueira, cheio das melhores intenções, colava chapéus de palha aos borbotões em minha cabeça velha de Burrinho Cireneu. Aceitei aquilo tudo, mas presenteei-o com milhões e milhões de outros chapéus de palha. Ele também os aceitou a todos e descascou, e muito bem!, os abacaxis da vida saídos de minha criatividade. Afinal, com idade muito inferior à minha, quem tinha de ser o Burrinho Cireneu era exatamente o Sargento Siqueira. Ele nunca recusou nenhum desses maravilhosos chapéus de palha, nem na cangalha, nem na própria cabeça. Habilidoso carregador de peso-pesado!

Fizemos proezas de bom serviço, a par das rotinas de pesquisa e pós-graduação…

O Sargento Siqueira ajudou-me demais, nos altos-fornos de fornalha acesa: publicação de Coletâneas de Prêmios da Polícia Militar, da Academia de Letras João Guimarães Rosa e da Fundação Guimarães Rosa, dos quais fui organizador, curador, prefaciador e inventador de modas, com o aval do Comando da Academia e do CPP.

Elevei-o à categoria de Parceiro-Assessor da Academia de Letras, com direito a diploma e insígnia. De lá, Ele também alcançou a Medalha Cultural Acadêmico Saul Alves Martins. Por mérito elevadíssimo, sem nenhuma dúvida, mas sem desprezar a teoria irretorquível das belezas da reciprocidade, pois, em qualquer circo, o ursinho dança, não só para agradar à plateia, mas também para defender o açúcar de cada dia!!! Nada é de graça!…

Ele passou a Primeiro-Sargento e a Subtenente… Esmerou-se a Si mesmo. Reconsolidou-se como Homem, Policial Militar, Companheiro, Esposo, Pai de Família. Aprendi muito com Ele, ao longo dos suores desses mais de três quinquênios de companheirismo confiável e cristalino, sólido e produtivo, ético e pronto para todas as serventias da vida propícias à utilidade social. Aprendi com Ele, acima de tudo, a primazia da calma recheada de bons-modos. Quando me afloram asperezas, imagino-me no lugar do Subtenente Siqueira: exemplo de fidalguia e presteza, dedicação ao trabalho e credibilidade imensurável. Ele nunca perdeu as estribeiras com meus ofícios de amansador de ursos, nem mesmo diante dos rigorosos rabiscos vermelhos de minha generosa caneta de revisor ranzinza. Um verdadeiro Jó da Arte de Viver: paciência, reflexão e Bom Trabalho!…

Agora, ao completar sua gloriosa jornada pública de Policial Militar escorreito e inigualável, Ele ascende ao posto de Segundo-Tenente e enflora-se com a esplêndida Medalha de Ouro do Mérito Militar ornada do respeito de Todos, na Polícia Militar e fora dela. Esse respeito, conquistado com zelo e naturalidade pelo Tenente Antônio Geraldo Alves de Siqueira, tem valor superior ao do Ouro de Ofir e não está à venda em nenhuma das melhores Joalherias da Dignidade Humana, porque se burilou na Oficina da Autodoação e da Decência, como sabem muito bem disso a Polícia Militar de Minas Gerais e respectivo Centro de Pesquisa e Pós-graduação da respeitabilíssima Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro.

Também Nós, seus amigos de Fé e Companheiros de Verdade, sabemos disso e apreciamos saber disso, Tenente Antônio Geraldo Alves de Siqueira. Você merece loas!

Aproveite a conquista do laurel contido na honorabilidade do Quadro de Oficiais da Reserva da Polícia Militar e aprecie, com saúde e paz, as melhores recompensas da Vida, ao lado de Valéria e Débora!

Você colhe o melhor da Seara, porque é Semeador de Excelências e Propósitos Grandiosos!

Parabéns, meu Companheiro e Amigo!…

A vida continua com rosas vigiadas por espinhos… Sua fé de ofício confere-lhe rosas, porque Você consegue entender o papel ético dos espinhos… Esse papel ético é a vigilância da Honradez!

Boa-sorte!

 

Belo Horizonte-MG, 6 de dezembro de 2017.

Professor-Tenente-Coronel JOÃO BOSCO DE CASTRO,

Editor-Associado da Revista O Alferes,

Pesquisador Benemérito Notável da Polícia Militar

de Minas Gerais. Jornalista do Portal Pontopm

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Sobre o(a) Autor(a):

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João Bosco de Castro, Jornalista e Professor

(1947 ____) é Oficial Superior Veterano da PMMG. Poeta, contista e ensaísta, romancista, cronista e heraldista, jornalista profissional, tupinólogo e filólogo honóris-causa, palestrante, comunicólogo e inscultor-escultor, crítico literário, redator-revisor, camonólogo e carpinteiro. Professor de Línguas e Literaturas Românicas. Professor Titular e Emérito da Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro. Pesquisador Benemérito Notável da PMMG. Especialista em Polícia Militar, em Gestão Estratégica da Segurança Pública, em Linguística Geral e em Comunicação Social (CEPEB). Policiólogo: Mestre, Doutor e Livre-docente, por Notório Saber, em Ciências Militares da Polícia Ostensiva e em Historiografia de Polícia Militar (História da Polícia Militar de Minas Gerais), de acordo com as páginas 49-65 do BGPM/PMMG nº 70, de 13 de setembro de 2012. Publicou doze Livros (escreveu outros vinte e sete) e mais de duzentos Ensaios (dentre filológicos, policiológicos e críticos). Tem quinhentos e vinte quatro prêmios obtidos em concursos literários e epistêmicos. Integra trinta e oito Academias (ou Institutos) de Letras, História e Cultura. Presidente Ad-Vitam da Academia de Letras Capitão-Médico João Guimarães Rosa da PMMG, Presidente da Alliance Française de Belo Horizonte (2010-2011) e Presidente da Academia Epistêmica de Mesa Capitão-Professor João Batista Mariano ─ MesaMariano. Veja, também, a SÚMULA CREDENCIAL do Autor.
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