Nancy Pelosi — líder democrata da Câmara dos Representantes — pediu ao Ministro da Justiça dos Estados Unidos — Jeff Sessions — que entregue o cargo, em consequência “das revelações do Jornal The Washington Post sobre as conversas com o embaixador russo antes das eleições de 8 de novembro.
A RFI noticiou que:
As revelações representam um novo golpe para o governo do presidente Donald Trump, que desmentiu em várias oportunidades os eventuais vínculos com a Rússia, acusada de interferir na campanha eleitoral americana de 2016.
Jeff Sessions – ex-senador que assessorou Trump sobre política externa e outros temas durante a campanha – se reuniu com o embaixador Sergey Kislay em julho e em setembro de 2016, ao contrário do que ele afirmou ao Senado durante a audiência para a confirmação de seu nome como ministro.
Em um comunicado, ele afirmou que nunca se reuniu “com autoridades russas para discutir temas da campanha, afirmando que a acusação é falsa.” A Casa Branca confirmou os encontros de Sessions, mas afirma que ele não fez nada de errado. Ao mesmo tempo, classifica as revelações do Washington Post de um novo “ataque” dos democratas contra a administração Trump.
A representação democrata, no Congresso dos Estados Unidos, exige “uma investigação especial independente para esclarecer a eventual interferência da Rússia na campanha eleitoral de 2016”. Isso porque “Dadas as declarações falsas de Sessions sobre os contatos com as autoridades russas, precisamos de um comitê especial para investigar os laços entre a Rússia e os membros da equipe de Trump“, afirmou o senador democrata Ron Wyden, membro da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes.
Para a RFI, “A imprensa americana, incluindo o Jornal New York Times, afirma que pessoas da campanha de Trump estabeleceram contatos com membros do serviço secreto russo antes da eleição de 8 de novembro. A administração Trump nega as acusações de interferência da Rússia, também desmentidas por Moscou”.