Filme Húngaro Leva o “Urso de Ouro” da Berlinale.

A RFI noticiou (com Bruno Ghetti, de Berlim) que

A Hungria foi a grande vencedora no 67º Festival de Berlim. “On Body and Soul”, da cineasta Ildikó Enyedi, levou o Urso de Ouro, prêmio máximo do evento. O Brasil concorria com “Joaquim”, de Marcelo Gomes.

A decisão foi considerada inusitada “por parte do júri presidido pelo cineasta holandês Paul Verhoeven“. Isso porque “Berlim costuma privilegiar obras com cunho político, o que não é exatamente o caso do longa.”

Sobre o “On Body and Soul”, a notícia diz que o longa:

[…] bateu o finlandês Aki Kaurismaki, o favorito, mas que não deixou o evento de mãos vazias: acabou premiado com o troféu de melhor direção, por ‘The Other Side of Hope’.
[…]
usa uma comicidade muito peculiar para contar a história de duas pessoas que se conhecem no ambiente de trabalho e sentem uma estranha atração e afinidade. Chegam, inclusive, a ter o mesmo sonho à noite.
[…]
mostra um rapaz sírio que foge por causa da guerra civil. Depois de passar por vários países, ele se estabelece na Finlândia, onde conta com a boa vontade de um proprietário de restaurante, que o ajuda a se estabelecer ali.
[…]
mistura humor nonsense com uma sensível observação da questão dos refugiados.

Os demais vencedores foram:
Melhor roteiro: “’Una Mujer Fantástica’, do chileno Sebastián Lelio“. O longa mostra o drama de uma transexual que é menosprezada pela família do seu namorado depois que ele morre.

Melhor ator (considerado uma surpresa): o prêmio foi para o austríaco Georg Friedrich, por “Bright Nights” (dirigido pelo alemão Thomas Arslan). No drama ele vive um homem que tenta se aproximar do filho adolescente, com quem nunca se entendeu bem.

Melhor atriz“a sul-coreana Kim Min-hee saiu vitoriosa, por ‘On the Beach at Night Alone’, de Hong Sang-soo. O longa mostra uma jovem que vai para a Europa para se recuperar de uma desilusão amorosa. Acredita-se que o longa seja inspirado na própria relação romântica na vida real entre a atriz e o diretor. Muito emocionada, a atriz dedicou seu prêmio ao cineasta”.

Contribuição artística: “’Ana, Mon Amour’”, do romeno Călin Peter Netzer. O reconhecimento foi pelo trabalho de montagem do longa, que faz diversas idas e vindas temporais para mostrar as dificuldades na relação amorosa entre um rapaz e uma jovem com síndrome do pânico.”

O troféu Alfred Bauer, considerado o “prêmio mais controverso da noite foi […] ‘Pokot’, longa bastante convencional da polonesa Agnieszka Holland. O filme mostra uma mulher que luta para defender os animais em uma região rural da Polônia.”

O Grande Prêmio do Júri, foi “’Félicité’, do senegalês Alain Gomis”. Mostra um drama, “passado no Congo”, e “o desespero de uma mulher que precisa encontrar dinheiro para financiar a cirurgia do filho, no precário sistema de saúde africano.”

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