Vimos e lemos com indignação a publicação do portal BHAZcincoanos, exposta a seguir:
PM responde o senador Zezé Perrella após ataque no Twitter: ‘Exigimos respeito’
O senador Zezé Perrella não gostou da decisão da FMF (Federação Mineira de Futebol) sobre a final do Campeonato Mineiro e desabafou no Twitter. O político criticou a diretoria do Cruzeiro, a FMF e a Polícia Militar. Os oficiais responderam às críticas nesta quarta-feira (26).
Cruzeiro e Atlético farão a final do campeonato estadual neste domingo (30), às 16h. Ficou decidido, após reunião entre os clubes, a Polícia Militar e a FMF, que o jogo será com 90% da torcida celeste e 10% de atleticanos.
No jogo de volta dia 7 de maio, que ainda não tem local definido, a torcida poderá ser exclusivamente alvinegra. As críticas foram referentes aos bastidores da reunião que envolveu todas as entidades.
Com isso, o senador, que é pré-candidato à presidência do Cruzeiro, reclamou da polícia e obteve uma resposta dos oficiais. “Estão deitando e rolando em cima da gente! Essa federação, polícia militar e atleticanos… mas essa graça vai acabar! Tô voltando!”, comenta o senador no post. Em resposta, a polícia exigiu respeito à corporação.
Tudo indica que posicionamento nada recomendável demonstra a teoria escancarada dos “vícios privados, benefícios públicos”! Isso porque, qualquer cidadão pode divertir, praticando ou torcendo, nas mais diversas atividades desportivas. Nessa situação, iguala-se aos demais. Mas, não poderia, jamais, a propósito de um posicionamento esportista, buscar guarida num cargo público que exerce. Aliás, em nenhum país do mundo, notadamente nos considerados democratas, jamais se viu tamanho despautério!
Além disso, não é cabível que, no pleno exercício de um cargo representativo do voto popular do seu Estado, um agente político achincalhe publicamente, em redes sociais, uma das mais sérias instituições estaduais. Cabia-lhe, sim, se sabedor de qualquer atitude desviante de um, ou mais, membro(s) da Instituição Militar Estadual, tomar providências oficiais cabíveis. Ao contrário, o servidor público que assim não procede, prevarica-se, sob o pálio da Lei. Há, inclusive, em tese, outra agravante, em face de uma possível ameaça, caracterizada pela mensagem “mas essa graça vai acabar! Tô voltando!”
Por tudo isso, é lamentável o posicionamento ‘ameaçador’ de um Senador da República!
Diante da envergadura do cargo que ostenta merecidamente pelo voto popular, insiste-se, cabia-lhe, no mínimo, dar o exemplo aos seus eleitores, alguns, talvez, até seus eleitores! Evidencia-se aparentemente um desserviço, a possibilidade de um Senador da República, um ícone político brasileiro, reduzir, a um nível inexplicável, uma Instituição Militar Estadual (IME), com 242 anos de serviços prestados ao Estado. Isso porque a IME grafada simplesmente de “polícia militar” pode ser qualquer uma das 27 existentes no Brasil. Ressalte-se, contudo, que todas elas, inclusive, a de Minas Gerais, são constituídas por pessoas humanas — homens e mulheres — dignas e honradas.
São portanto, dignas de respeito!
Fonte: destacada acima.