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 FÉ – CRENÇA OU CONVICÇÃO? 

Marcílio Fernandes Catarino (*)  Apresentar uma reflexão sobre a FÉ é, sem sombras de dúvidas, uma enorme ousadia para quem, como eu, está apenas a balbuciar as primeiras letras do alfabeto espiritual.  Esse extenso e profundo assunto, que está muito além dos nossos sentidos físicos, foi registrado na literatura espiritualista através de estudos e tratados da lavra de eminentes e inspirados pensadores.  Obviamente, para os propósitos desta reflexão que ousamos apresentar, faremos uma brevíssima abordagem sobre o tema, para ensejar um melhor entendimento do texto e sua finalidade.  Para os cristãos, de modo especial e particular, o significado da FÉ adquire conotação mais profunda, pois não se trata tão somente de ACREDITAR, mas de CERTEZA sobre aquilo em que se crê.  Em Hebreus 11:1 está registrado:  “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem”.  Em Habacuque 2:4 e Romanos 1:17, encontramos:  “… O justo viverá pela fé”. (destaques nossos)  A motivação que nos levou a esta reflexão sobre o tema, teve origem em observação pessoal ao longo últimos anos, em que via manifestações de inúmeros “cristãos”, ao bater no peito e bradar com eloquência, num pretenso arroubo de fé: “não se preocupem, Deus está no controle”, ou “não temam, Jesus está no comando”.  No entanto, esses mesmos “cristãos”, ao primeiro encontro com as adversidades da vida, em que viram ameaçadas a sua estabilidade social e política, a sua segurança pessoal, material, econômica e financeira, ou até mesmo por questões ideológicas, são os primeiros a caírem em desespero, a soltarem imprecações e apontarem os dedos para todos os lados, à procura de culpados. Colocam-se sempre na posição de vítimas de tudo e de todos. Que tipo de fé é essa que dizem professar, questiono?  Invariavelmente, partem para as críticas ácidas, a fazerem julgamentos, na maioria das vezes distorcidos da realidade fática, cujas nuances  desconhecem, buscando alhures as causas de seus infortúnios. Talvez, quem sabe, apenas para a satisfação do seu ego inflado, ou atraírem a comiseração social.  No afã de demonstrarem um conhecimento que de fato não possuem, se lançam nas redes sociais divulgando textos/notícias e vídeos de autoria e origens duvidosas, muitos dos quais falsos, que a própria natureza, redação e forma de divulgação por si sós revelam. Atitude que contribui tão somente para com a disseminação da dúvida, do desalento, do medo, do pânico e da cizânia, no meio social em que vivem; a incitar a revolta, o ódio e o esmaecimento da fé naqueles que, apesar de tudo, a mantém viva em seus corações.  Incapazes sequer de imaginar a extensão do mal que estão alimentando, seguem formando à sua volta uma egrégora extremamente destrutiva, com a qual alimentam e potencializam as investidas e os propósitos macabros dos Senhores da Escuridão.  Creio firmemente que aqueles que carregam dentro de si a FÉ verdadeira, de que o Criador Supremo está no controle de tudo e que o Rabi Nazareno é o timoneiro do barco da Vida, não têm por que se desesperar, se revoltar, ou a que temer. Por compreendem, finalmente, que a realidade em que vivem nada mais é do que a colheita obrigatória da semeadura infeliz feita ao longo da vida.  Com todo o respeito às naturais divergências – que certamente surgirão – entendo que, muito mais do que um recurso de retórica, a fé verdadeira se sustenta e se revela nas atitudes e se demonstra, efetivamente, não nos momentos de paz e benesses, mas nos torvelinhos das dores e adversidades, quando tudo parece perdido.    (*)Coronel Veterano/PMMG – Aspirante 1970 

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