Quando se confrontam duas posições antagônicas temos uma certeza e uma verdade: a certeza é que uma delas está equivocada; e a verdade é que as duas podem estar erradas mas, nunca certas.
Viver por entre catedrais é uma oportunidade única de conviver com o conhecimento, de gratuitamente usufruir da carga maravilhosa de infinitas contemplações do saber, do apreender, do reter, aquilo que os olhos decodificam num relance, num piscar e num segundo ver se transformar em prazer.
Viver por entre catedrais não é falar de religião – pode-se até mesmo se falar em religião, não em fé – mas na capacidade de se Ordenar e disponibilizar a avidez do saber, do interpretar, de fechar os olhos e imaginar o que o Mestre se propôs a transmitir e ao abrir os olhos se maravilhar.
Viver por entre catedrais não é uma oportunidade aleatória, mas uma escolha consciente de quem se propõe a ouvir, a se espantar com o amor que tudo constrói. Uma característica do ouvinte, do pensante, do caminhante – que por entre estantes, mesas, tablados, paredes, tetos, portas e janelas – encontra a lógica estruturante do pensamento.
Viver por entre catedrais é encontrar o mestre por entre palavras e não o guia que se forma para fazer maravilhar as belezas dos arranjos, das frases pontuadas – que buscam encantar. Encontrar o Mestre é a oportunidade de compreender que o arranjo é aleatório e que o importante é saber ouvir, deixar falar, compreender o ambiente e sobretudo esperar pela próxima informação, como a noite espera pelo dia – um novo ensinamento.
Viver por entre catedrais não precisa ser em Notre Dame, nem no Louvre ou na Sé de Braga. Muito menos na Biblioteca Pública de Nova Iorque e nem mesmo no Oceanário de Lisboa.
Viver por entre catedrais pode ser bem pertinho, sugiro uma catedral onde o Mestre vai te proporcionar uma essência de vida, um prazer pela última flor do Lácio, quase ao seu lado, escutando os corações e falando de Camões.

Se tiveres tempo visite essa Catedral ela é na minha cidade natal e o seu nome é Espaço Camões, na Rua Pedro Simão Vaz, 217 – Bairro Jardim dos Anjos. Bom Despacho-MG.
Respostas de 6
Muito obrigado, Historiólogo Major Carlos Alberto da Silva, por sua visita a meu Espaço Camões: Oficina de Saberes, Letras e Artes, em 9 de janeiro de 2020. Muito obrigado, principalmente pelo maravilhoso texto laudatório de referido Espaço de Erudição e Cultura, de sua erudita lavra, publicado pelo notável Portal PontoPM, idealizado e gerido pelo Professor Coronel Isaac de Oliveira e Souza, meu Confrade na Academia Epistêmica de Mesa Capitão-Professor João Batista Mariano – MesaMariano, em Belo Horizonte. O título de sua mensagem relevante catedraliza meu Espaço dedicado ao Gênio de Portugal e da Lusofonia, o Poeta-Mor Luís Vaz de Camões, o Príncipe do Verso da Última Flor do Lácio, embora este insuperável arquiteto de Os Lusíadas esteja bem acima de qualquer bispo dos domínios gerais do Pastor Viriato, ancestral grandioso dos Lusitanos, pela civilização da Emblemática Serra da Estrela. Se catedral é o Templo no qual se instala a Cátedra (cadeira) do Bispo, Corifeu do Episcopado, o Mosteiro dos Jerônimos é a Catedral das Catedrais Camonianas (Monumento Maiúsculo da Língua Portuguesa e respectivo Patrimônio Filológico, Literário, Mitológico, Humanístico e Referencial), de cuja seiva se nutre meu Espaço Camões: Oficina de Saberes, Letras e Artes, em benefício da saúde gloriosa da Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira e das Heranças Maiores da Cultura Lusíada e Lusófone). Saudações Camonianas!
Sr Cel PM João Bosco de Castro, seguindo o Mestre, não me atrevo à resposta, me perco tropeçando nas pedras do caminho, esperando o socorro do Gigante Adamastor percebo que o cantar da Musa Antiga não me permite saber além da minha própria sombra ao sol do meio-dia. Ainda sou como no enigma da Esfinge: apenas engatinho. Muito obrigado pela oportunidade da convivência entre amigos, saberes e cultura.
Belo texto que vai dar religiosidade à beleza das catedrais.
Parabéns amigo Carlos
Antônio Roberto Sá, obrigado pela assiduidade ao espaço virtual pontopm.com.br, com ajuda de amigos, dos quais você faz parte, tento dar sentido ao meu prazer pela vida e o faço através das palavras.
O além dos encantos culturais, o ambiente nos trás conhecimentos através da história.
Parabéns amigo Carlos Alberto por mais essa belíssima narrativa da nossa cultura!
Robson Maciel, meu caro amigo Brácaro-Pernambucano, o espaço virtual pontopm.com.br e as manifestações de pessoas como você, são estimulos nas construções das palavras que me movem no Conhecimento. Muito obrigado pela sua assiduidade e comentários aos textos que me permitem publicar.