No portal da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), o comando da Instituição Militar Estadual (IME) orientou a publicação de uma “nota de esclarecimento” sobre uma reportagem publicada num jornal daquela Unidade da Federação.
Na explicação inicial do post, há o alerta de que o título da reportagem pudesse induzir um pensamento equivocado sobre a megaoperação deflagrada pelos policiais militares espírito-santenses. O objetivo do esclarecimento é reafirmar exatamente o compromisso da IME com as comunidades espírito-santenses.
Leia mais informações, no post publicado, no portal da PMES, e transcrito em seguida:
A reportagem especial do Jornal A Tribuna desta segunda-feira (06/11/2017) estampou o título “Traficantes retomam bairro após megaoperação da PM”.
Com essa chamada, o leitor pode ser induzido ao pensamento de que a Polícia Militar fez uma megaoperação pontual e depois abandonou a comunidade à própria sorte.
A Polícia Militar não se omite! Jamais se omitirá!
No município da Serra e em todo Estado estamos realizando diariamente inúmeras operações, abordagens e cercos táticos, apreensões de armas e prisões. Isso também ocorre na região do Condomínio do bairro Ourimar.
Numa democracia é muito salutar que a imprensa exija das Instituições Públicas respostas para as demandas da sociedade. Contudo, essa prática deve ser responsável, a fim de que a verdade dos fatos, tão fundamental para o jornalismo, não seja deturpada por uma chamada descontextualizada e que não reflita a exatidão dos acontecimentos.
Nesse sentido, apesar de o conteúdo da reportagem ter abordado com cuidado a problemática dos moradores do condomínio Ourimar, ouvindo diversas fontes sobre o tema, o título apresentado, a nosso ver, é equivocado.
Isso porque, num primeiro momento, é imprescindível esclarecer à comunidade que a megaoperação, ocorrida em julho deste ano, foi planejada pela Polícia Civil e contou com o apoio da Polícia Militar, para o cumprimento dos Mandados expedidos pela Justiça após manifestação do Ministério Público.
Por outro lado, quando a imprensa afirma que criminosos retomaram um bairro, ela deixa de contribuir para a construção de uma sociedade melhor e, no caso específico, o desmerecimento à instituição da Polícia Militar acentua a cultura do medo e a espetacularização do crime.
A Polícia Militar reitera o seu compromisso de zelar pela segurança das comunidades, no entanto, ressalta que a discussão sobre Segurança Pública deve ir muito além do que a cobrança por mais policiamento.
Esse debate precisar incluir e atribuir responsabilidade também aos vários atores responsáveis por garantir a tranquilidade social.
Agradecemos a parceria na construção de uma cultura de paz e pedimos que o Jornal A Tribuna apresente integralmente esta nota, para que a comunidade capixaba saiba que pode continuar confiando e contando com a sua polícia.
POLÍCIA MILITAR, 182 anos – PATRIMÔNIO DO POVO CAPIXABA
Fonte: PMES.