“Operação policial em Paris desmantela novo acampamento de migrantes”.

A Rádio França Internacional (RFI) noticiou sobre a “Operação policial em Paris” que desmantelou um acampamento de 1,6 mil migrantes retirados das ruas da capital francesa.

A operação de desmantelamento, considerada a maior deste novembro de 2016 foi realizada na manhã desta terça-feira (9), em Paris, no bairro de La Chapelle, zona norte da cidade, onde havia vários acampamentos de migrantes. Cuidou-se, entretanto, de conduzi-los para abrigos que lhes oferecessem situações menos desfavoráveis, segundo relatou a RFI, ao destacar que:

Pouco mais de 1,6 mil migrantes, incluindo 75 mulheres e menores desacompanhados, foram transportados para abrigos do Estado. Os assentamentos, constituídos principalmente por afegãos, sudaneses e eritreus, funcionavam em condições de higiene e segurança deploráveis. Eles estavam instalados sob as pontes da auto-estrada A1 e entre as vias de acesso às marginais em torno do centro de apoio aos migrantes, que existe no local. O centro humanitário foi inaugurado em novembro de 2016 para acabar com o ciclo de instalações e consequentes desmantelamentos provocados pela crise migratória na capital francesa.

A prefeitura de Paris vota hoje um projeto para receber 25 estudantes sírios em instituições de ensino da cidade. Eles deverão ganhar uma bolsa de € 600 por mês. Na Síria, pela primeira vez desde o início da guerra, em 2011, os rebeldes começaram a se retirar de um bairro de Damasco, depois de sofrer intensos bombardeios do regime. A ONU anunciou novo ciclo de negociações sobre o conflito, no dia 16 de maio, em Genebra.

Quanto às consequências, sobre o acolhimento em centros específicos de abrigo, inclusive, com possibilidades de orientação de apoio, foi noticiado os seguintes detalhes:

A operação, que cortou a circulação em um cruzamento bastante movimentado, começou pouco depois das 6h da manhã (pelo horário local). A partir das 5h30, centenas de migrantes estavam à espera no cais do Sena, onde costumava dormir a população migrante sudanesa. “O governo vai nos levar para as casas. Eu não sei onde, mas parece bom”, disse Said, instalado entre as vias do Boulevard Ney “por um mês.”

Os migrantes “serão todos atendidos em centros de acolhimento na Ile-de-France (região metropolitana de Paris) para uma avaliação do seu estatuto de imigração nos próximos dias, quando irão então para os CAO (centros de acolhimento e orientação)”, declarou a ministra francesa da Habitação, Emmanuelle Cosse.

“Queríamos acelerar o processo porque havia muitos acampamentos que se tornaram extremamente perigosos ao redor da Porte de la Chapelle. E a perspectiva de um desmantelamento provavelmente atraiu candidatos a serem cadastrados nos centros de acolhimento da Prefeitura”; explicou Cosse.

“Por causa da eleição, não havia forças policiais disponíveis e tivemos que esperar para ter lugares suficientes nos centros para iniciar a operação, que foi co-realizada pela região Ile-de-France, a cidade de Paris, o OFII (Escritório francês para a imigração e integração), Emaús Solidariedade e France Terre d’Asile”, finalizou a ministra

Fonte: RFI.

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