As notícias da RFI e de Vivian Oswald, correspondente em Pequim, informam que continuam as discussões entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. O motivo é o 10° teste de míssil balístico realizado no último domingo (12) pela Coreia do Norte.
Após o encontro do Conselho de Segurança da ONU, que condenou a ação do governo norte-coreano, o décimo desde abril do ano passado, foi realizada uma videoconferência de emergência, nesta terça-feira (14) entre os países contrários aos testes. Por isso, decidiram que intensificariam a troca de informações entre os respectivos órgãos responsáveis pelos serviços de inteligência.
Na reunião de emergência realizada, nesta segunda-feira (13), o Conselho da ONU condenou, por unanimidade, a Coreia do Norte. Em nota, disse “deplorar as atividades de mísseis balísticos da República da Coreia do Norte, que contribuem para o desenvolvimento do sistema de armas nucleares do país e o aumento da tensão”.
A Rússia e a China condenaram também os testes norte-coreanos. No caso da China, a situação é mais desfavorável à Corei do Norte. Isso porque 70% das exportações norte-coreanas são destinadas à China, o maior aliado da Coreia do Norte. Pequim ainda mantém um diálogo importante com os norte-coreanos, mas a China também parece estar perdendo a paciência com a situação. Ontem, por meio do seu porta-voz, o governo condenou os testes e reiterou que eles violam as resoluções da ONU. Pediu que todas as partes envolvidas evitassem movimentos que pudessem aumentar as tensões na região e disse que todos deveriam “buscar a contenção e manter em conjunto a paz e segurança na região”. O porta-voz afirmou ainda que a China vai participar de reuniões na ONU sobre o lançamento com “uma atitude responsável e construtiva”.
A Coreia do Norte diz que está no seu direito soberano de se proteger. Afirmou também que que o novo teste míssil balístico de médio a longo alcance foi bem-sucedido e representa avanços no seu programa armamentista. A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que o líder do país, Kim Jong-un, supervisionou o teste do Pukguksong – (PUGUSON) 2, um novo tipo de arma estratégica capaz de carregar uma ogiva nuclear.
Com o telefonema trocado, na semana passada, entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, cessaram as relações de incertezas entre os países. Aumentaram-se as possibilidades da reaproximação e firmeza de propósitos para o desenvolvimento de ambos os povos e para os demais parceiros das duas potências mundiais.