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EDMAR DE BRITO TRAJANO – SAUDADE.

Vivemos um turbilhão de emoções a cada segundo, nosso cérebro não descansa, a cada segundo um novo pensamento, a cada pensamento inúmeras memórias e de cada memória uma infinitude de saudades. Saudade é a palavra que me valho, para qualificar o sentimento que se aflora neste momento. Saudade da pessoa que me permitiu, construir memórias e hoje, sentado num canto do meu quarto, no silêncio da minha casa e sentindo a doce brisa que arrefece o calor, de forma memorável, me permitir sentir a frescura do Tucunaré, às margens do Rio Tacutu, no Estado de Roraima, fronteira do Brasil com a Guiana. Sim, foi lá que eu conheci, no mês de novembro de 1990, o destinatário desta saudade, seu nome Edmar de Brito Trajano. Homem sexagenário, com traços da vida entalhados no rosto. Cuja lida diária se fez numa região, que sempre exigiu esforços hercúleos, na criação da família e na manutenção da sua propriedade. Brincava eu, comigo próprio, de ter um propósito em vê-lo e a cada encontro, estabelecer um prazo e um trato de o reencontrar. Sei que era um trato tolo, não somos senhores da nossa vida, mas sei que isso me deixava alegre. Não era importante , para mim, apenas o encontrar, mas ver nele a alegria da vida. De aprender, de sorrir, de se fazer presença e, sobretudo, de me permitir estar naquele local. Nele, o Senhor Edmar, encontrei pessoas ímpares. Passei por momentos incomparáveis. Senti sensações indescritíveis. Vivo um turbilhão de emoções. Sim, na pessoa do Senhor Edmar de Brito Trajano, fui acolhido por muitos e por apenas um – o um que se manifesta na gênese. A origem que aglutinou, aglutina e por gerações continuará aglutinando, pois, enquanto um dos seus e daqueles, que como eu, se sente pertencido a ele, não haverá morte. Há ausência física, mas nunca ausência de amor, princípios e retidão. O exemplo é eterno. Em cada um de nós que aqui fica, ficam as memórias, as presenças, os pensamentos e a certeza de que a todos amou. Não amou apenas como filho, neto, afilhado, irmão, primo, padrinho, cunhado, esposo, genro, pai, sogro, avô, tio, bisavô ou qualquer outro relação de proximidade. Ele amou como amigo, como alguém que quer o bem, como alguém que socorre, serve de exemplo e se serve da amizade para fazer o bem. Não, eu não estou sendo benevolente, eu estou sendo sincero. Eu,minha esposa Rosângela e minhas filhas Clarissa e Melissa tivemos a alegria de conhecer o Senhor Edmar de Brito Trajano, usufruímos da sua hospitalidade, do seu carinho, da sua atenção, dos seus exemplos e dos seus casos. Sentimos a sua dor na relação com a vida, convivemos com as pessoas que ele amava, que amavam a nós e nós a elas. Sabemos da dor deste momento. Sabemos que a sua Páscoa se reveste de saudades. Sabemos que todos nós,sem exceção, estamos partilhando deste momento como corolário da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, na certeza de que Nossa Senhora nos cobre com o seu manto sagrado e de que a Paz de Deus é conosco. À sua esposa, apenas uma palavra: obrigado. Aos seus filhos apenas um conselho: Amem como o seu pai os amou. Aos parentes um abraço e a todos nós a Paz. Obrigado pela oportunidade de ser parte da história do Senhor Edmar de Brito Trajano e que Deus, na sua infinita bondade, acolha a alma do nosso querido Edmar de Brito Trajano e tenha misericórdia das nossas almas.

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