MARCHA ALUSIVA AO 48.° ANIVERSÁRIO DA PNSTP.

Eis o convite da Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe: Cara(o) cidadã(o), No âmbito das atividades alusivas ao 48.° Aniversário da PNSTP, que se comemorará no dia 27 de Agosto de 2023, cujo lema para este ano é “MODERNIZAR PARA MELHOR SERVIR E PROTEGER A SOCIEDADE”, temos a honra convidá-la(o) a participar na Marcha alusiva à efeméride, agendada para o dia 05 de Agosto de 2023, sábado, com concentração às 06h00, no Comando Distrital de Água Grande. Desde já, agradecemos a vossa colaboração e participação! Sabemos onde estamos e onde pretendemos chegar: UMA POLÍCIA FORTE, HOLÍSTICA, PRÓXIMA E DE CONFIANÇA! Avante, PNSTP!
Uma História de Vida Num Centro de Gestão de Documentos

Durante muitos anos – parte significativa da minha vivência profissional na Polícia Militar de Minas Gerais – me vali dos registros históricos como construção do conhecimento, afinal eles são a essência de tudo quanto, amigo da história, produzo. Particularmente me classifico como um validador, cujas referências são o grande bibliófilo e bibliográfo português Joaquim Martins de Carvalho, natural de Coimbra, nascido em 1822 e falecido em 1898, que produziu uma obra literária de intervenção cívica com ênfase nas liberdades públicas e nos interesses locais. Outro nome singular na validação histórica e que muito acrescenta ao meu método de validação é do genealogista e historiador francês Jean-Baptiste-Pierre Julien, Le Chevalier de Courcelles, nascido em 1759 e falecido em 1834, que em sua obra publicada na década de 1820: A Arte de Verificar as Datas, antes e após Jesus Cristo, conjuntamente com o também francês, Marquis de Fortia d’Urban, se tornam os primeiros à escreverem sobre a ocorrência de uma Rebelião em Minas Gerais e da existência de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Completa a tríade de referenciais o genealogista e historiador português Anselmo Braamcap Freire, nascido em 1849 e falecido em 1921 que escreveu sobre os Brasões da Sala de Sintra, um registro histórico dos brasões de armas das famílias portuguesas de origem. Os registros históricos movem a minha produção e acrescentam mais valia aos meus conhecimentos. Na minha visão de amigo da história, compreender a história é como galgar um muro e olhar por cada fresta que se apresenta e, juntando todas as imagens, construir uma narrativa própria e fiável do ponto de vista da memória que se quer perpetuar. Particularmente as minhas obras demandam pesquisas nas fontes primárias, visitas aos locais abordados, conversas com as pessoas e, sobretudo, um debruçar sobre as imagens formadas e a interpretação acumulativa de anos de viagens, conversas, leituras, manuseios de materiais históricos, contemplações e o constante reescrever a partir de uma nova informação que se percebe de forma aleatória e que quase se faz desentendida. É justamente o acaso quem move aquele que manuseia um documento em arquivo, tem-se que estar pronto para o improvável, o inusitado, a peça que faltava para completar o quebra-cabeças pode aparecer a qualquer momento. Uma das minhas pesquisas é sobre a História (in)Completa da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais – Símbolos, Ideais e Conhecimentos, onde as informações disponibilizadas pelo Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais foram relevantes no processo de validação de nomes, datas, atos, fatos, eventos e exemplos. Com certeza o Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais é um espaço que permite ao pesquisador não apenas acessar a fonte primária, mas de forma responsável, perceber o processo de construção de uma história singular que se caracteriza pelos registros da vida de cada um dos homens e mulheres que construíram, constroem e, em permanente reconstrução, tornam atual o significado da Polícia Militar de Minas Gerais. Mas tudo isso é pontual, talvez pessoal, ou ainda atenda ao propósito próprio de alguém que se vale das informações em arquivo, para atender pura e exclusivamente à uma questão de família, segundo a lei de acesso à informação. No entanto, para um pesquisador o contato com a fonte primária é a mais sublime das oportunidades de se construir a sua própria hipótese de validação histórica, de ser único, alguém a ser contradito e ao mesmo tempo respeitado pelos seus pares. Recentemente escrevi sobre a gênese de um nome, cujo o título é “Gontijo – Origem do Nome de Família” como topônimo e ao mesmo tempo antropônimo, com origem em Braga – Portugal, muito provavelmente incorporado para reforçar a origem familiar, uma pesquisa que me obrigou no aprofundamento histórico e na imersão em arquivos públicos do Brasil, de Portugal e da Espanha. Escrever sobre a gênese de um nome, me conduziu na busca da genealogia da minha família materna e como Organizador do projeto denominado “Raízes do Coração – Uma História Familiar”, onde é relatada a importância do 3o Sgt Galdino Antônio dos Santos, no contexto do que somos e nos tornamos, são as informações disponíveis nos arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais que nos permitem avançar além da história familiar e compreender as dificuldades de uma família, cujo patriarca ingressou na então Força Pública do Estado de Minas Gerais em 02 de fevereiro de 1933, com 42 anos de idade e, cuja a pensionista, sua filha solteira, recebeu pensão até o mês de seu falecimento, em agosto de 2017. Os arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais, para quem se propõe à pesquisa, pode revelar algumas informações significativas da vida da própria Corporação e dos seus integrantes e que ainda podem ser validados por outros arquivos de interesse da Corporação, caso do Instituto de Previdência dos Servidores Militares e do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais. Nos arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais vamos descobrir que o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, só foi considerado como equivalente ao ensino fundamental no ano de 1953. Que no ano de 1955, se torna equivalente ao ensino médio e que no dia 10 de junho de 1983, torna-se equivalente aos cursos superiores do sistema civil de ensino, retroagindo seus efeitos aos formandos do ano de 1973, isso há exatos 40 anos. São os arquivos do Centro de Gestão Documental da Polícia Militar de Minas Gerais que vão nos revelar que um Oficial da PMMG, no início da década de 1950, se torna destaque em projetos de educação da ONU, junto às Escolas Caio Martins. São os mesmos arquivos que nos permitem entender a grandeza da Corporação quando chamada à formação da Polícia Militar do Estado de Rondônia e também da Polícia Militar do Estado de Roraima, nas décadas de 1980 e 1990. São nos mesmos arquivos que vamos ter o relato das Missões de Paz da ONU

