Desafios da Polícia 5.0 ao combate do CiberCrime

Mediante as experiências de Chris Lynam [1], aprende-se um pouco mais sobre as funcionalidades da Polícia 5.0 ao combate do CiberCrime. Conta sobre suas atividades iniciais na RCMP “(…) no espaço político e, então, comecei a ver como a RCMP poderia lidar melhor com o cibercrime”. Depois, de sua liderança no “Centro Nacional de Coordenação de Crimes Cibernéticos (NC3)”[2]. Segundo a narrativa de Brittani Schroeder, há considerações sobre o papel da polícia no combate ao cibercrime, a performance tática e tecnológica dos cibercriminosos, a disponibilidade das novas tecnologias, as arcerias estratégicas e a higienização cibernética. O papel da polícia no combate ao cibercrime. A respeito de O papel da polícia no combate ao cibercrime, as explicações não se restrigem às técnicas, téaticas e estratégias de Polícia. Enfatiza, contudo, os desafios da Polícia 5.0 no contexto da sociedade A vitimização dos “indivíduos, empresas ou qualquer tipo de organização”. Isso porque as ações danosas aprimoram-se com o tempo, ficando cada vez “mais complexos e impactantes do que antes”. Lynam exemplifica situações práticas, do ponto de vista da seriedade e violação do “site AshleyMadison.com”, em 2015, citando que: “Em muitos casos, o que costumávamos considerar um crime cibernético sério alguns anos atrás, agora não os consideraríamos tão sérios.”; “Na época, isso parecia o maior tipo de violação, mas quando você avança para agora e vê o Toronto Sick Kids Hospital sendo atingido por um ataque de ransomware pouco antes do Natal que afetou seus sistemas, vemos o quanto o espaço cibernético afetou mudou e evoluiu ao longo dos anos.” Para Lynam, a Polícia 5.0 é desafiada, ainda mais, devido à “natureza sem fronteiras do cibercrime”. Destaca que as vítimas podem ser os residente do “Canadá, mas os perpetradores geralmente estão em outros países do mundo. Então, “Encontrar dados ou evidências para construir sua investigação para outra jurisdição é extremamente difícil, e nos deparamos com um desafio multijurisdicional que nosso modelo tradicional de policiamento não foi criado para enfrentar.” Eis, então, o principal fundamento da criação do “NC3 da RCMP”: propiciar sinergia às ações da Polícia 5.0. Lynam, assim, comenta: “Queríamos tentar movê-los todos em uma direção semelhante e capacitá-los para realizar investigações com a ajuda de ferramentas e inteligência especializadas e parcerias. Essas parcerias atingem todo o país, é claro, mas também alcançam nossos vizinhos do sul nos EUA, na Europa, em qualquer país que pense da mesma forma, para que possamos ter uma abordagem de equipe para perseguir os cibercriminosos.” A performance tática e tecnológica dos cibercriminosos. Nos últimos tempos, cresceu a performance tática e tecnológica dos cibercriminosos, segundo Lynam“: Lynam enfatiza a Operation Cookie Monster, derrubada pelas autoridades no “Genesis Market, um mercado online que oferecia acesso às contas online das pessoas”: “Isso não fornecia apenas às pessoas credenciais roubadas; também fornecia a capacidade de emular o dispositivo ou computador de alguém. Por exemplo, o Market colocaria malware em seu computador, coletaria informações e depois venderia o acesso às suas várias contas online para outras pessoas. Você nem saberia que eles se conectaram como você e poderiam fazer o que quisessem. (…) as equipes de aplicação da lei se uniram para derrubar o mercado e apreender sua infraestrutura e domínios. Como outro passo, o NC3 – em parceria com outras organizações policiais canadenses – perseguiu os usuários que estavam comprando as credenciais roubadas. (…) Nesta investigação, trabalhamos com 28 diferentes serviços policiais em todo o país para executar nove mandados de busca e nove prisões. Foram mais de 60 ocorrências em que os policiais foram à casa de um usuário suspeito e pediram para falar com a pessoa em questão. Em alguns casos, eles descobriram que o usuário quase não tinha ideia no que estava se metendo (…). conseguimos mostrar a eles que eles realmente não querem se envolver nesse tipo de atividade e talvez os tenhamos evitado de se tornarem criminosos cibernéticos hardcore no futuro.” A disponibilidade das novas tecnologias. A disponibilidade das novas tecnologias, como é o caso da “AI (inteligência artificial) e novas plataformas como o ChatGPT” é procurada pelos cibercriminosos que se especializam em adotá-las. Assim, Lynam esclarece que “É muito importante mantermo-nos atualizados e tentarmos adotar as tecnologias mais recentes, o quanto pudermos.” Indagado “sobre a taxa de sucesso na prisão de cibercriminosos, ele respondeu que, infelizmente, não é uma resposta tão simples (…). No entanto, há esforços conjugados, a fim de: “(…) afastar da simples métrica de sucesso proveniente de quantos criminosos são presos e acusados. Nosso mandato é reduzir a ameaça e o impacto do crime cibernético sobre os canadenses e, portanto, estamos usando uma abordagem muito mais holística para reduzir esses aspectos”. (…) Numa extremidade do espectro está o trabalho preventivo: é aqui que a aplicação da lei faz o trabalho de desvio e se concentra nos próprios infratores, e eles fornecem o máximo de informações às vítimas em potencial para que possam permanecer seguras online. No outro extremo do espectro, estão as apreensões, prisões, indiciamento de indivíduos por meio de investigações, etc. Mas o mais importante é o que a polícia está fazendo cada vez mais, que é o espaço de disrupção. “É difícil algemar um cibercriminoso localizado em outro país, mas podemos trabalhar com nossos parceiros internacionais para interromper suas atividades, apreendendo a infraestrutura que eles usam, derrubando seus domínios, ajudando a interditar o fluxo de dinheiro ou criptomoedas e ajudando as vítimas obter algum do seu dinheiro de volta.” Parcerias estratégicas e higienização cibernética. A Polícia 5.0 contém, em seu conceito básico, a integralização de todos rumo ao resultado comum. Nenhuma instituição, entidade ou agência de serviço soluciona sozinha o problema de proteção, física ou virtual, nos espaços, público ou privado. O trabalho é de todos! Nesse entendimento, Lynam ratifica: “Todos, desde o setor privado e setores não-governamentais, ao meio acadêmico, escritórios jurídicos e gigantes da tecnologia – precisamos que todos trabalhem juntos. Gastamos muito tempo e esforço construindo esses relacionamentos e descobrindo maneiras de colaborar.” A maioria das pessoas, físicas ou jurídicas, quando vítimas, relutam “em denunciar à polícia” esclarece Lynam, e explica: “O que muita