pontopm
Generic selectors
Somente correspondências exatas
Pesquisar no título
Pesquisar no conteúdo
Post Type Selectors

NÃO VOU FALAR SOBRE RACISMO E SIM SOBRE HISTÓRIA.

  A vivência na Europa, em período recente da humanidade, permitiu-me a mim, entender um pouco mais sobre a história das colonizações como um processo de exploração econômica. Não se iluda, em momento algum se tratou de um processo de ocupação para povoamento, foi e continua a ser dentro de um contexto puramente econômico. Alguém poderá dizer que as colonizações não existem mais e que a minha afirmação está errada. Poderia o ser, se e somente se, na hipótese de ser a abordagem, baseada na ocupação do espaço, ela vai além disso. Quando se trata do pacto mundial pelas migrações, não estamos falando de geração de renda para os países de onde provém aqueles que optam pela migração, como alternativa de vida. É e continua a ser – o pacto mundial pelas migrações – uma colonização para fins de exploração econômica. A maioria daqueles que compõem a corrente migratória é capacitada, no entanto, não vai ser inserida no mercado de trabalho qualificado, mesmo que seja inserida no mercado regular, fará parte da classe de serviços gerais não qualificados, ou seja, trabalharão nos restaurantes, bares, cafés, hotéis e serviços marítimos de travessias – os chamados navios de cruzeiros. Se alguém falar que trabalharão na construção pesada, estes certamente terão um salário melhor – é um serviço qualificado. O processo da exploração econômica qualificada, funciona com base na situação nativa, primeiramente os nativos do próprio país, depois os nativos da Europa Ocidental, em seguida os nativos da Europa Oriental, para em sequência os melhores qualificados brancos e só depois os melhores qualificados não brancos. O resto não conta. Os serviços da previdência social dos países europeus sabem que um trabalhador migrante qualificado tende a buscar melhores oportunidades e, portanto, vai gerar receita para os cofres previdenciários e raramente gerará despesas. Em muitas situações – observação própria da realidade – os migrantes não são registrados e a polícia administrativa dos órgãos trabalhistas faz vistas grossas. O nativo geralmente tem direito a determinado valor salarial, os não-nativos registrados outro valor e os migrantes, a par de um argumento de solidariedade e preocupação no acolhimento, além do não-registro funcional, recebem bem menos. Quase todos os países europeus que partiram para colonizações, como atividade de exploração econômica, tinham colônias na África Subsaariana, ou seja, onde há a incidência da raça negra. Para esses países o contato e as relações sociais com os negros fazia parte da vida em sociedade, mesmo que infelizmente, na forma como cativos. A raça negra fez, faz e continuará a fazer parte da formação da população daqueles países europeus e de suas ex-colônias, com exceção de um país: a Espanha. Infelizmente a Espanha é um país que não tem relação com a raça negra como formação da sua população endógena. Isso é visual, basta andar pelas ruas da Espanha, ou avance para mais distante e veja a quantidade de negros que existem nas ex-colônias espanholas na América. O máximo de miscigenação que ocorreu na Espanha, decorre dos séculos de ocupação moura. A Espanha é um conjunto de regiões com línguas nativas diversas, com uma língua oficial imposta e com viés antagônico em relação a eles próprios, onde o referencial de uma determinada região é uma afronta a outra e a adoção de ícones de forma negativa ou pejorativa é uma das manifestações da realidade da Espanha. Nem todos os espanhóis pensam assim, no entanto, a história demonstra o que vivenciamos nesse momento histórico e reforçando: NÃO FALEI SOBRE RACISMO E SIM SOBRE HISTÓRIA.

error: Conteúdo Protegido!