A Interpretação do Conhecimento Adjacente às Informações Visuais – Parte II
Na Parte II, sobre a Interpretação do conhecimento Adjacente às informações visuais, complementa-se o que foi apresentado na Parte I. Amplia-se o foco sobre as relações do espaço físico no planeta Terra, as convenções normatizadas e o contrassenso em relação às percepções visuais, que obrigam ao observador muito mais do que a simples aplicação de modelos matemáticos, mas a especulação como forma de acumulação do Conhecimento. Ao longo de toda a formação do Conhecimento, principalmente aquele que é transmitido nas cadeiras acadêmicas, fica a análise do espaço material como uma consequência da descrição dos fenômenos físicos, regidos por leis, teorias, tratados e enunciados. Numa visão interpretativa pura e simples da ciência, acaba por impor limites ao imaginário e obriga o cérebro a aceitar como verdade, enunciados descritos em momentos históricos em que a ciência não produzia uma leitura holística do planeta. Fomos sendo academicamente moldados de forma a entender alguns conceitos como relação direta de espaço planificados geometricamente. Quando buscamos compreender o espaço físico do planeta Terra, o medimos numa relação bidimensional, tratamos sempre as informações relativas à área na escala metro quadrado e desconsideramos outras variáveis por entender que a escala bidimensional dá respostas adequadas aos nossos questionamentos sobre áreas. Obviamente que a resposta para uma área é a relação metros x metros, sendo por convenção metros quadrados. Estamos nos ocupando apenas do revestimento da área e não do volume da área. A idéia que estamos acostumados a analisar é a relação lado vezes lado. Entretanto outras variáveis estão inseridas neste contexto, não especificamente as mais comumente descritas nas inclinações, mas as que fazem parte de um conjunto descrito nas curvas de níveis, uma função de 3º grau. Uma função x, y e z. A função x, y e z é facilmente entendida e qualquer pessoa tem em sua casa um objeto que exemplifica claramente essa função. Trata-se do copo cônico com a base plana. As paredes do copo são as coordenadas x e y. A linha que imaginariamente une o fundo do copo à sua boca, pelo ponto de interseção da coordenadas x e y, é a coordenada z. Essas são as curvas de níveis e são comumente utilizadas em gráficos tridimensionais. As curvas de níveis num determinado terreno, vão fazer a área do terreno aumentar consideravelmente. Quando se busca determinar uma área com uma inclinação qualquer, basta apenas calcular a hipotenusa – que é uma relação entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da área do terreno – multiplicado-a pelo lado adjacente. Isso quer dizer que um terreno de lado x que multiplica o lado y e que não tem qualquer inclinação, tem a sua área no produto de x que multiplica y. Num terreno que tenha uma inclinação qualquer, seja no lado x ou no lado y, para se determinar a área, é preciso que primeiro se calcule a real dimensão do lado que apresenta a inclinação – pela regra da hipotenusa – para só após calcular a sua área total. No caso de uma curva de nível, aprofunda-se o conhecimento e busca-se a área de recobrimento de um volume. As informações para cálculos de curvas de níveis não se restringem apenas às áreas sobre a terra e podem ser usadas para definir o tamanho, a área e por consequência o volume de água doce que existe num iceberg. Pode ainda dimensionar uma geleira e saber o impacto das transformações climáticas na elevação dos níveis de água do mar. Nestas hipóteses, área ou volume, a ciência dispõe de equipamentos e instrumentos de medição que propiciam uma resposta adequada ao homem, mas o homem consegue entender claramente o processo e o descrever de forma precisa. Isso é o que vamos demonstrar neste texto. Para se determinar uma área de contornos irregulares e determinar com a mais próxima hipótese acertada de resposta, é preciso compreender alguns pormenores e agregar Conhecimentos na discussão do tema. Pela impossibilidade de se tratar o problema num espaço real, o homem opta por proporções em escalas geométricas e a partir dessa opção o homem traz para o campo do experimento as suas observações e consegue produzir respostas mais precisas, uma vez que cria um ambiente controlado. Quando reproduz num ambiente de proporcionalidades controladas as informações de um terreno com curvas de níveis, ou mesmo de um iceberg, a lógica no emprego dos meios de validação são as mesmas. Na medição de um terreno com curvas de níveis, pode se reduzir a uma maquete a área tratada e definir a sua área total a partir de outro instrumento de medição: a balança de precisão. Mas como? A resposta é simples: imagine que fosse feito um corte superficial sobre toda a área, como que se extrai uma casca de uma fruta; sabendo a escala proporcional utilizada, corta-se um pedaço de um centímetro quadrado e o pesa-se; em seguida pesa-se o restante e soma-se ao peso do pedaço recortado; aplica-se uma regra de três, onde o peso de um centímetro quadrado apurado como x gramas equivale a y metros quadrados e o peso total vai valer exatamente a área total que se insere naquela curva de nível. Ainda neste terreno com curvas de níveis, se fosse necessária a sua remoção, o volume de matéria a ser removida será determinada através do produto x, y e z, em metros cúbicos. Para saber o peso total a ser removido é necessário saber o peso do material a partir da densidade da matéria, para isso, uma vez determinado o volume e para encontrar o peso tem-se o mesmo processo da balança, não com um centímetro quadrado, mas com uma correlação cúbica. Um corte cúbico no terreno; sua medição e sua correlação com o volume total a ser removido e o peso da matéria a ser removida. Aplica-se igual raciocínio para um Iceberg ou uma geleira. Assim compreendendo: a relação da área em curvas de níveis; o volume da matéria numa curva de nível; a medição do volume e o seu peso a partir da densidade