Dia Internacional do Livro: dos pergaminhos aos e-[áudios]books
Há registros, na Wikipedia, sobre o Dia Internacional do Livro. O primeiro evento comemorativo, ocorrera “na Catalunha (Espanha), em 05 de abril de 1926, dia do nascimento do escritor espanhol Miguel de Cervantes.” Depois, a data “foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.” No final do Século XX, ocorreu nova modificação, assim definida naquela fonte: em 1995, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituiu em 23 de abril o “Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor“,[2] afim de estimular a reflexão sobre a leitura, a indústria de livros e a propriedade intelectual.[3] Além de Cervantes, nesta data ocorreu o falecimento de outros escritores, como o escritor catalão Josep Pla e o dramaturgo inglês William Shakespeare.[1] Mas, o que dizer, neste dia, sobre o Livro , ou melhor, sobre a Leitura, considerando-o como uma das revoluções da informação que é ? Assim, se é verdade que há muita informação divulgação pelos livros, não é menos verdade que há leitura de menos. A comprovação dessa afirmativa pode ser verificada nos dados da Fundação Lemann, inclusive, naqueles que mostram a Evolução da Média do Brasil no Pisa da Leitura. Desde os pergaminhos até os e-[áudios]books, a humanidade percorreu extenso caminho. Ambos são lembrados, no Dia Internacional do Livro, principalmente a inegável essencialidade das informações que carreiam: Ensinar! Ensinar! Ensinar! Nas citações seguintes, há indicativos de que o pergaminho [pele de carneiro, cabra, ovelha ou cordeiro preparada para nela se escrever] foi utilizado para propagar a informação. Isso aconteceu, no Século VII antes de Cristo e no Século I da Era Cristã, segundo os seguintes textos: (…) Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira Isaías 34:4 (ARA).(…) Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos 2Timóteo 4:13 (ARA) (…) e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar Apocalipse 6:14 (ARA). (…) Na era moderna, o Livro — comemorado neste Dia Internacional do Livro — é materializado com o advento da terceira revolução da informação, segundo as Lições de História para os revolucionários de hoje, de Peter F. Drucker, em Dominando Gestão da Informação. Aquele autor explica que a revolução da informação [ como a conhecemos nos dias atuais] é efetivamente a quarta do gênero na história humana. As outras três, nas lições daquele Mestre, encontram-se assim descritas: A primeira foi a invenção da escrita entre 5 mil e 6 mil anos atrás na Mesopotâmia — independentemente, mas milhares de anos depois —, na China; e, ainda, cerca de 1.500 anos ainda mais tarde, com os maias na América Central. A segunda revolução foi acarretada pela invenção dos livros escritos; primeiro, na China, talvez já no ano 1300 a.C; e, independentemente 800 anos mais tarde, na Grécia, quando Pisístrato, o tirano de Atenas, mandou em forma de livro os épicos de Homero — até então recitados. A terceira revolução da informação foi lançada pela invenção da xilografia e da imprensa e tipos móveis de Gutenberg entre 1450 e 2455. Quase não temos documentos as duas primeiras revoluções, embora saibamos que o impacto do livro escrito foi enorme na Grécia e em Roma, assim como na China. Mas, sobre a terceira revolução da informação, a imprensa e a xilografia, temos material abundante. E o Mestre da Gestão avaliou e expôs a importância da terceira revolução, comparada à quarta revolução, quanto às reduções de custos e ao preço, mediante as seguintes considerações: Na época em que Gutenberg inventou a imprensa, havia uma substancial indústria de informação na Europa. (…) era a que mais empregava pessoas naquele continente. Consistia em centenas de mosteiros, e muitos deles abrigavam quantidades enormes de monges altamente habilitados. Cada um trabalhava da madrugada ao anoitecer, seis dias por semana, copiando livros manualmente. Um monge industrioso e bem-treinado podia fazer quatro páginas por dia, ou 25 páginas durante a semana de seis dias, e ter um resultado de 1.200 a 1.300 páginas por ano. (…) As reduções de custo e preço da terceira revolução da informação foram pelo menos tão grandes quanto aquelas da atual, a quarta revolução da informação. Peter F. Drucker faleceu em 11 de novembro de 2015. Ouviu falar, ou viu algum dispositivo tecnológico caracterizador de um e-book. Se não, foi, certamente, professor de muitos dos idealizadores dos livros áudios-eletrônicos.