1. ENUNCIAÇÕES ACERCA DA REVISTA O ALFERES.

João Bosco de Castro.

A Revista O Alferes esplende com qualidade, autenticidade, legitimidade e consagração, ao longo de suas quatro décadas de valiosos e notáveis empreendimentos de garimpagem, sistematização e publicação de conteúdos científicos fomentadores das Atividades Policial-Militares, acentuadamente nos domínios da Polícia Militar de Minas Gerais. Esta importante Fornalha de Cientifização ─ gerida pela Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro e executada por respectivas Unidades-Escola, principalmente por seu Centro de Pesquisa e Pós-Graduação (CPP) ─ realiza incansável e reconhecida tecelagem de ideias tecnoprofissionais e saberes policiológicos, jurídicos, históricos  (historiográficos e historiológicos), doutrinários, filosóficos e afins com a vastíssima interdisciplinaridade dos procedimentos de sustentação e consolidação da Polícia Ostensiva, Preservação da Ordem Pública, Defesa Interna, Defesa Territorial e Defesa Social, como periódico difusor do pensamento, identidade institucional e experiências da mencionada Força Pública Mineira.

Comunitarista e coparticipativa, O Alferes (criada pela Resolução PMMG nº 628, de 10 de janeiro de 1979, mas efetivada apenas em 1983) alcança a autonomia amparada pela adultez pesquísica e editorial, e mantém-se acolhedora de textos produzidos por militares e civis, de Minas Gerais e outros recantos, cuja densidade metodológica, pesquísica ou ensaística ─ resguardado o nível superior de totalidade verbal vinculado ao fazimento dissertativo ─ seja aprovada por seu respeitável e zeloso Conselho Editorial e respectivos Editores-Associados.

A maturidade embutida nestes quarenta anos de inquietantes e transformadoras Publicações atesta haver a Fornalha Intelectual da Revista O Alferes contribuído para o desenvolvimento altaneiro e efetivo da Pesquisa Policiológica ou interessante ou necessária à Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública (necessariamente incrustradas nas Ciências Militares da Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública) e para a produção e divulgação dos Conhecimentos necessários à reformatação humana do Perfil do Militar de Polícia e ao melhoramento substancial da efetivação e efetividade dos serviços essenciais de estado oferecidos e assegurados ao Povo Mineiro pela Polícia Militar.

Para tal mister, a Revista O Alferes ousou, e muito bem o conseguiu!, entrelaçar Escola com Cidadania, Magistério com Investimento, Saber com Ascensão, Cultura com Humanismo e Conhecimento com Crescimento.

O Conúbio de Escola com Cidadania revigora o núcleo eticomoral de O Alferes, em busca do pensar crítico favorável ao comunitarismo e garantia dos direitos humanos. Esse facho sinfrônico permite ao Pesquisador indicar ao Militar de Polícia, a partir das primeiras luzes da Revista, ser necessário acreditar no poder das ideias, na liberdade de comunicação e expressão, e na capacidade fraterna de entendimento entre as Pessoas. Somente a Escola edifica o obelisco sociojurídico e gnosiológico da Cidadania, monumento portentoso da formação do caráter em plenitude e da consciência colaborativista do exercício e usufruto dos direitos e cumprimento das obrigações. Fora da Escola, a Cidadania fulmina-se nos horrores monstruosos da exclusão social.

O congraçamento de Magistério com Investimento ensina O Alferes a ver o Professor como cuidadoso e paciente cultivador e incentivador de potencialidades, bravo combatente de apatias e despertador eficiente e habilidoso de consciências, porque o Magistério tem a marca do idealismo e da autodoação, e precisa ser reconhecido e valorizado pela Pesquisa, pela Família e pela Sociedade. Somente o Magistério transforma em realidade as tão sonhadas políticas públicas e sociais de preparação do Indivíduo para a Vida e preparação da Vida para o Indivíduo, porque o Professor, insuperável e insubstituível em todo esse processo, dedica-se ao zelo da mais preciosa Riqueza deste País e abre a todos os Indivíduos novos horizontes para a vida, com o poderosos auxílio da Pesquisa produtora de Saberes e Sabedoria.

A parelha Saber e Ascensão alerta O Alferes contra o colonianismo do saber tecnológico, ou escravização pela ciência domesticada, gravíssima ameaça apenas controlada e prevenida pela indiscutível leitura sinfrônica (leitura crítica, leitura de profundidade, em vez da desastrosa leitura dinâmica, leitura transversal ou superficial). A leitura sinfrônica é aquela feita perquisitivamente, leitura escorada na consulta paciente, penetrante, intensa de cada Livro ou Fonte Textual. Isto se faz no cenário de explosão de novos Conhecimentos nutridos na Escola reflexiva e questionadora, somente confiável em Casas de Pesquisa. O Alferes tem de remultiplicar e fortalecer esta missão-convicção missionária do Educador-Pesquisador excelente. A verdadeira e única Ascensão na vida está no Saber: fonte fenomenal e factual de meios e modos para alargar os horizontes, sedimentar o senso ético, realimentar o sentimento de solidariedade e fazer enraizar os autênticos e legítimos valores humanos.

O casamento de Cultura (Erudição: soma de saber com fazer) com Humanismo injeta em O Alferes a reviçante seiva de Periódico Científico engajado na qualificação (preparação para a vida) de Talentos Humanos capazes de alçar o voo da reflexão e análise, usar a força da inteligência, articular o poder da palavra e pavimentar e calcorrear a estrada sublime da liberdade e melhor futuro. Com fundamento em tal evidência, cada Leitor de O Alferes pode retrabalhar a própria vida policial-militar e refletir sobre o conceito mais prático e a definição mais objetiva de Humanismo: rota de buscas e descobertas, crescimento humano pela força da solidariedade e do afeto, boa leitura (leitura sinfrônica, leitura de âmago: analítica, perquisitiva) e relflexões humanísticas e humanitárias, abertura de caminhos, estudo e perseverança, trabalho e construção, produção, captação e distribuição de Conhecimentos, crença na capacidade humana de confiar na Sociedade e torná-la mais justa e próspera.

O binômio Conhecimento e Crescimento faz O Alferes repensar a metodologia de suas realizações e reorganizar-se no alento inquietante do Construtivismo e Empreendedorismo, para o Militar de Policia aprender, apreender, compreender e empreender o Conhecimento produzido pela Pesquisa Metodológicca e Sistêmica, exatamente o Conhecimento legítimo e autêntico tutelado pela Revista O Alferes. Somente pela segurança garantida por esta senda se chega à Catedral do Saber, em cujo altar não se expõem as externezas dos títulos acadêmicos, mas se honram e louvam os frutos do mourejo diuturno e percuciente fundado na leitura sinfrônica, na curiosidade intelectual e tecnoprofissional, na pesquisa e na redação dos engenhos dissertativos de alta qualidade, para a formalização do Relatório de Pesquisa e do Ensaio Epistêmico. A raiz do verdadeiro Construtivismo Humano sacia-se na pesquisa metodologicamente sustentadora de imagens, conceitos, definições, desafios e teses, respeitadas as decepções, ambiguidades, analogias e controvérsias necessárias ao amadurecimento laboral do Pesquisador e indissociáveis da Humanização e Universalização do Conhecimento. O Crescimento Humano implica alguns atos de coragem e vontade de fazer. Ei-los! Abrir os livros e as mentes. Fazer da Escola, em todos os níveis (prioritariamente a Academia de Polícia Militar do Prado Mineiro e respectivas Unidades de Educação de Polícia Militar, notadamente a Escola de Formação de Oficiais e o Centro de Pesquisa e Pós-graduação), o espaço da transformação social e qualificação tecnoprofissional. Ampliar os horizontes do Saber. Edificar a plataforma do Progresso. Impelir as Pessoas para a decolagem da própria vida. Escrever e ler as páginas da esperança. Avançar… Percorrer os meandros do sonho e boas ideias. Reler os parágrafos do Compromisso com o Resultado. Içar a bandeira Educação (Ensino Recosntrutivo, Pesquisa Inovadora, Extensão Interativa e Reintegrativa,e Treinamento Atualizador e Incentivador) no mastro da Cidadania, Estudo, Investigação de Dúvidas e Saberes, Filosofia, Ética, Moral, Deontologia (Teoria dos Deveres e Atribuições), Ciência, Questionamento, Respeito à Dignidade da Pessoa Natural e Institucional. Estimular ao Homem a prática da Reflexão e do burilamento da Ação.

Em seus quarenta anos de honradas e prestantes Publicações, desde a atuação da Divisão de Pesquisa, Assessoria de Doutrina e Pesquisa (por mim implementada na Primeira Seção do Estado-Maior Estratégico da PMMG), Centro de Estudos e Pesquisas, Centro de Altos Estudos da mesma APM Pra.Min., até o Centro de Pesquisa e Pós-Graduação da mesma Escola, a partir de 24 de outrubro de 2001, a Revista O Alferes monda a terra fértil do Conhecimento e nela fertiliza a Árvore do Conhecimento Policial-Militar, segundo os viçosos preceitos da Educação de Polícia Militar de Minas Gerais sustentados pelo renome indestrutível dos Próceres do Sagrado Complexo Educacional do Prado Mineiro, assentado em 1912, reassentado em 1927 e estruturado em 1933 ─ quando o Precursor do Dê-I Tutor Decano João Batista Mariano, Professor Complementar da Força Pública Mineira, instalou o Curso Militar e Propedêutico, no saudoso Instituto Propedêutico de Cartotopografia, como embrião do Departamento de Instrução do Prado Mineiro, instalado no mesmo Torrão Sagrado, em 3 de março de 1934, data-prínceps da Nobre Escola do Prado Mineiro, treze dias após a qual o dito Professor Complementar da Força Pública foi promovido a Capitão-Professor.

Para a comemoração de seu Quadragésimo Aniversário de Mourejo em Favor da Pesquisa e Cientifização Policial-Militar, principalmente com o vigor das Ciências Militares da Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública (Parecer nº 1295/2001/CES/CNE, de 6 de novembro de 2001) e das Ciências Policiais (Parecer nº 945/2019/CNE/CES, de 11 de outubro de 2019), celebro a Revista O Alferes com meu Poema: